Cada vez mais temos tido bons jogos em realidade virtual, e este ano tem sido um ótimo ano, com jogos de alto nível como Batman Arkham Shadow, Metro Awakening e até o vindouro Alien: Rogue Incursion. Porém, um jogo vem se destacando a um tempo, e finalmente tivemos a oportunidade de testá-lo.
Skydance’s Behemoth é um jogo com uma temática medieval, onde enfrentamos diversos inimigos, humanos e não humanos. Sua inspiração é clara e óbvia, mas será que ele consegue ser original? E ser bom? É o que vamos discutir, mas já deixando claro, a expectativa não era pequena.
Inspiração inesperada
O principal chamariz de Skydance’s Behemoth, em todos os trailers que saiam, eram os monstros gigantes que iriamos enfrentar. Não notei nenhuma semelhança quando vi pela primeira vez, afinal, existem algumas mitologias que contam com a presença de trolls gigantes, imaginei que poderia ter a ver com isso. Mas a inspiração, jogando, é muito mais familiar.
Quando falamos em enfrentar criaturas gigantes, qual o primeiro jogo que vem na sua mente? Bom, não sei você, mas o primeiro que penso é o clássico Shadow of The Colossus, vulgo melhor jogo que já joguei na vida. Behemoth se inspira em SOTC de forma clara, para não dizer descarada, tanto em gameplay quanto em história.
Qual o enredo do jogo?
A história se inicia com Wren, o protagonista, chegando em uma terra desconhecida com um objetivo muito claro: Caçar os Behemoths, as criaturas gigantes que vemos nos trailers. Ele precisa fazer isso pois sua família e sua vila foram amaldiçoadas, e a única forma de reverter isso, é derrotando as criaturas, que são três ao total.
A premissa é bem parecida com a de Shadow of The Colossus, só trocando a Mono por sua vila. E quando entramos na gameplay, a inspiração fica ainda mais óbvia. Porém, existem alguns elementos que vão além dessa inspiração. No jogo do Fumit Ueda, enfrentamos apenas os Colossus, mas aqui, a maior parte dos combates são contra inimigos humanoides.
Como funciona a gameplay?
A maior parte dos jogos em realidade virtual que temos no mercado são em primeira pessoa, e o Skydance’s Behemoth não foge dessa estatística. E isso não é ruim, pois este foi o mesmo estúdio responsável pelos jogos da série The Walking Dead – Saints & Sinners, que é uma das melhores séries que temos em realidade virtual.
Porém, aqui trocamos as armas de fogo por armas brancas, obviamente, poir se trata de um jogo medieval. Podemos carregar até 4 armas ao mesmo tempo, duas embainhadas na lateral do nosso corpo e duas nas costas. Temos uma boa variedade de armas, desde espadas de diversos tamanhos e formas, adagas, machados, arco e flecha e escudos.
Muitas destas armas podem ser adquiridas enfrentando os inimigos, mas existe um arco e uma espada especiais que viram itens fixos no jogo, pois estas são as únicas armas capaz de derrotar os behemoth. Logo, sobram apenas dois espaços para outras armas. Mas devo dizer que, com essas duas armas, é quase que desnecessário utilizar outras, com exceção de escudos.
Algumas variedade existe…
As espadas (com exceção das de duas mãos) e adagas podem ser seguradas com a lâmina para baixo e para cima. Quando ela está abaixada, nos permite derrotar inimigos de forma furtiva, e para isso precisamos nos agachar e andar lentamente para que os inimigos não percebam nossa presença. Mas isso não rola para todos os inimigos.
Outro item fixo no jogo é uma espécie de arpéu que carregamos. Por meio dela, conseguimos atirar em objetos distante e nos puxar na direção deles, possibilitando acessar lugares que não seriam possíveis a pé, por exemplo. Ela serve também para puxar objetos e vai ganhando outras funções conforma avançamos no jogo.
O Wren ainda tem uma habilidade especial, semelhante ao que vemos em God of War, por exemplo, onde o Kratos entra em um modo de frenesi e desfere ataques mais rápidos e poderosos. Podemos fazer isso tanto para derrotar inimigos de forma mais rápida quanto para abrir caminho destruindo paredes, entre outras coisas.
Inimigos variados
Enfrentamos diversos inimigos no jogo, desde guerreiros e arqueiros mais simples, até inimigos com armaduras gigantescas e bruxas. O jogo também possui uma grande variedade de batalhas contra chefes, que variam bastante, mas o grande chamariz aqui são as batalhas contra os Behemoths.
O jogo tem um total de três destes inimigos, cada um deles com um cenário único, e é aqui que a inspiração em Shadow of The Colossus fica descarada. Cada um do Behemoth possuem pontos fracos que devem ser atacados para que eles sejam derrotados. Precisamos escalá-los para acessar alguns destes pontos fracos.
Ao derrotar os Behemoth, algumas linhas pretas saem deles e nos acertam, trazendo a tona algumas lembranças, exatamente iguais ao que vemos no jogo da Sony. Até os itens que utilizamos para melhorar as armas são chamados Coloss, um nome bem sugestivo, não acha?
E o visual?
A parte visual, apesar de também pecar em alguns sentidos, é talvez uma das melhores partes do jogo. Não espere gráficos de outro mundo como vistpo por exemplo em Horizon Call of The Mountain, mas podemos encontrar um visual de jogo realmente grande por aqui.
É bem perceptível o fato deste jogo ter um orçamento superior ao que costumamos ver em outros jogos em realidade virtual. A direção de arte funciona muito bem por aqui, nos dando visuais incríveis e composição de cenas muito bem produzidas.
Os modelos de personagens não acompanham tanto esse nível de qualidade, mas encontramos diversos itens no decorrer do jogo que são bem detalhados, apesar de não serem tanto interativos. Mas em questão de física dos objetos, o jogo deixa bastante a desejar, poucos são os objetos que realmente possuem alguma física.
Veredito
Skydance’s Behemoth passou de um grande hype para uma experiência bem decepcionante, na minha opinião. Vi pessoas o colocando como o jogo do ano, e respeito as opiniões, mas neste caso estou muito longe de concordar. O jogo tem diversas boas ideias, mas simplesmente não as executa bem.
A história é muito básica e não consegue sequer passar nenhuma emoção, e devo admitir que já vi jogos bem mais simples fazendo isso com maestria. A gameplay funciona, porém, nos trava em diversos momentos. O jogo está longe de ter a mesma qualidade dos jogos do The Walking Dead.
A ideia de jogarmos um Shadow of The Colossus em realidade virtual é muito boa, devo admitir, mas ela simplesmente não é bem aproveitada aqui. Em alguns momentos, passei por diversos momentos de raiva simplesmente pelo fato de a gameplay não funcionar da forma que deveria. Infelizmente esse jogo deixou muito a desejar…
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