A Ubisoft Brasil tem sido uma parceira de longa data, e mais uma vez tivemos um privilégio de testar um de seus jogos antes do lançamento, e por isso agradeço! Mas este não é um simples jogo, é talvez o maior jogo que a Ubi lançou nos últimos anos e com certeza a sua maior franquia.
Como já deu para perceber, estamos falando de Assassin’s Creed: Shadows, o tão sonhado AC no Japão, e devo dizer, talvez o mais ambicioso deles. Caso não conheça a franquia, resumidamente, estamos falando de um jogo em terceira pessoa, de mundo aberto, onde (quase) sempre tomamos controle de um membro do Credo dos Assassinos, onde principalmente enfrentamos os inimigos de forma furtiva, mas este jogo vai além.
Este jogo foi adiado por diversas vezes, e eu creio que foi uma decisão acertadíssima, pois a Ubi tem fama de lançar jogos bugados, porém, presenciei poucos nestas dezenas horas que joguei. Teve um ou outro bug bizarro? Sim, como de costume, mas nada que atrapalhe o desenrolar do jogo, na verdade alguns eram até mesmo cômicos.
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Vamos ao maior acerto…
Tenho muitas coisas para falar sobre este jogo, mas com certeza existe um ponto que é um grande diferencial aqui, em comparação com o que tínhamos no passado. Este é o primeiro jogo da franquia a sair exclusivamente para a atual geração, e isso nos traz alguns pontos muito positivos.
O primeiro ponto é o seu visual, que tem uma clara evolução em relação aos jogos anteriores. O mapa possui diversos ambientes muito denso, que podem mudar totalmente de acordo com a estação que estiver. As texturas estão muito boas, e a quantidade de partículas que vemos nos ambientes é sensacional.
O jogo do gênero que tínhamos como referência em termos de beleza é o Ghost of Tsushima, e Assassin’s Creed: Shadows chega perto, de verdade. Mas uma coisa que ele peca um pouco é na direção de artes, enquadramentos, movimento de câmera e coisas do tipo. Ele evoluiu e muito em relação aos jogos anteriores, mas ainda falta uma direção mais pesada.

Boas evoluções
Shadows vem com uma novidade para a franquia: uma espécie de HUB, onde podemos entrar direto em jogos mais antigos da franquia (a partir da mudança para RPG) e devo admitir que funciona, apesar de não fazer tanto sentido na minha opinião pois é quase o mesmo tempo de ir à lista e procurar o jogo.
E testando jogos mais antigos, fica escancarado o quanto este jogo evoluiu, o mundo está muito mais vivo, com mais NPCs (Unity ainda ganha nessa) realizando tarefas individuais específicas dos ambientes que eles se encontram. Existem diversas espécies de animais (apesar de eu sentir falta de animais hostis) e diversas atividades secundárias interessantes.
Porém, existe um ponto que evoluiu, mas acho que é necessário evoluir um pouco mais, que são as expressões faciais. Houve uma clara evolução, muito perceptível, porém, ainda assim ela deixa muito a desejar em relação a outros jogos recentes que vemos na indústria. Mas uma coisa que preciso elogiar é o efeito de cabelo do jogo, muito bonito, ainda mais em cenas não jogáveis.
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Gameplay também evolui
Como já deve ser de conhecimento geral, Shadows segue a linha dos jogos RPG da franquia, com uma dificuldade bem elevada de acordo com o nível selecionado, ou até mesmo um jogo bem fácil (levando em consideração enfrentar inimigos de nível igual ou próximo).
Em termos de estrutura, a Ubisoft mantém aquela mesma que fomos apresentados em Ghost Recon Wildlands, do qual temos diversos alvos, que vão nos dando informações para os próximos alvos até chegar no grande chefe. O que diferencia aqui é que temos uma quantidade imensa de alvos, de diversas organizações diferentes.
A variação das missões secundárias também aumentou bastante, apesar de ainda existir aquela sensação de “encher linguiça” vez ou outra. E o jogo meio que nos obriga a jogá-las pois para enfrentar certos inimigos, precisamos de um certo nível que não conseguimos alcançar apenas jogando as missões principais. E também, precisamos deles para evoluir nossas habilidades.

Jogue da forma que quiser!
Originalmente, Assassin’s Creed veio como uma série de jogos onde a furtividade era a principal maneira de se lidar contra os inimigos, mas ainda era possível lutar, porém, mais arriscado também. Com o passar dos anos, com a chegada dos elementos de RPG, a furtividade e a pancadaria começaram a dividir cada vez mais o espaço.
Em Shadows, ainda podemos jogar das duas formas, porém, temos que escolher qual dos dois personagens utilizar. Temos o Yasuke, que é focado no combate, muito pelo fato dele ser um samurai. Já a Naoe, uma shinobi (ou ninja para os mais intímos), tem seu foco na furtividade, apesar de ainda ser possível um bom combate.
A mudança de personagens é bem gritante, além da jogabilidade, vários elementos de gameplay mudam. Cada personagem pode equipar uma grande gama de armas, e cada uma delas única para cada um deles, assim como as armaduras. As habilidades seguem a mesma linha.
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Tudo muda
O Yasuke é bem grande, enquanto a Naoe é mais magra e esguia, e isso muda tudo em termos de gameplay. O samurai não faz muita coisa, é mais o combate mesmo, a capacidade de exploração dele é muito limitada. Já a shinobi é totalmente o contrário, ela consegue escalar de forma inigualável no jogo, fazer parkour, consegue localizar inimigos que não estão visíveis, entre outras coisas.
A apesar de ser mais focada na furtividade, a Naoe consegue lutar também, e muito bem, diga-se de passagem. Porém, os golpes dela causam uma fração do dano que o Yasuke causa, além de possuir uma vida muito menor e com uma quantidade de itens que restauram a vida igualmente inferior.
Então, no final, a exploração é muito melhor com a Naoe e o combate é muito, muito melhor com o Yasuke. O bom é que o jogo nos possibilita trocar de personagens em diversos momentos, além de existirem algumas fases em que controlamos os dois personagens.

Construção de personagem
No início do jogo, que você pode ver em nosso canal, vemos um resumo sobre a história dos nossos personagens, que é mais do que suficiente para nos inserir naquela história. Porém, conforme vamos jogando, temos mais e mais informações sobre sua história e origem.
Mas nesta jornada não estamos sozinhos, conhecemos vários outros personagens que também possuem um background. Alguns deles possuem uma história interessante, mas em geral, não são muito aprofundados em termos de história. Uma coisa legal é que conseguimos encontrá-los em uma espécie de QG.
É mais uma nova mecânica do jogo, que nos permite criar a personalizar diversos cômodos, no melhor estilo The Sims. Nesses locais, podemos realizar diversas tarefas e melhorias, mas para construir, é necessário procurar itens para montá-los.
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E a história?
A narrativa sempre foi um ponto focal nos jogos da franquia, mas conforme o tempo foi passando, ela começou a perder um pouco do peso que tinha anteriormente. Mas para a minha surpresa, Shadows é bem mais narrativo que o esperado, e isso é uma novidade excelente.
Porém, ele não é perfeito. Shadows conta, principalmente, uma história de vingança para os dois personagens, porém, para chegar a resolução desta história, precisamos passar por diversos núcleos secundários com algumas histórias ainda mais simples.
Dos jogos mais recentes, sem sombras de dúvidas, e o que mais possui “cutscenes”, o que contribui bastante para a experiência. A história e a vibe do jogo são mais sombria do que vimos nos últimos jogos, a apesar da enrolação em alguns, entrega uma boa narrativa.

Cultura bem desenvolvida
Uma coisa que sempre tem em Assassin’s Creed é todo o contexto cultural da época e local onde os jogos se passam. Em Shadows, não poderia ser diferente, inclusive, sendo alvo de muitas críticas por parte dos habitantes nativos dessa região, os japoneses. Mas sinceramente, eu gostei bastante.
Exploramos diversos locais e temos acesso a vários elementos culturais dessa região, e eu senti que estes elementos foram colocados no jogo com muito cuidado e respeito. E muitas destas coisas fazem parte da gameplay, mesmo na história principal, e são inseridas de forma bem colocada.
Os cenários são bem florestais, e temos a presença de estações, que mudam totalmente o mapa. Apesar de alguns erros históricos nesta parte do jogo e uma repetição muito grande de cenários florestais, dá pra sentir que o jogo se passa no Japão, com diversos locais muito característico, além da presença de personalidades que realmente existiram.
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Ótima performance
Testamos este jogo tanto no PS5 base quando no PS5 Pro, e nestes dois consoles, a performance foi bem convincente. Como disse mais acima, é um dos jogos menos “bugados” que já joguei da Ubisoft. Realmente, os adiamentos deste jogo foram necessários.
O jogo possui três modos de jogo, um focado na performance (taxa de quadros), um nos gráficos e um modo intermediário. Cada um dos modos possui ray-tracing, porém, a sua aplicação é aumentada ou reduzida, de acordo com o modo selecionado. Joguei em maior parte do tempo no modo qualidade, e a diferença visual é bem perceptível, diga-se de passagem.
Mas presenciei alguns bugs, que apesar de estarem presentes, não chegaram a incomodar, porém, não dá para ignorar. O mais presente foi a lentidão para carregamento de texturas, mas também presenciei alguns NPCs bizarros, o cavalo não aparecendo quando chamado e até mesmo inimigos voltando a vida sem explicação. Curioso que os bugs só começaram a aparecer depois da metade do jogo.

Afinal, valeu a pena a espera?
Bom, depois de todas a horas que joguei Assassin’s Creed: Shadows, é difícil não o colocar como um dos melhores jogos desta fase RPG. Ele possui uma gameplay única em comparação com os antecessores, e uma quantidade de elementos de jogabilidade muito grande.
Mesmo após zerar, existem muitas atividades extras para fazer e novas organizações para descobrir, o que significa novos alvos. Demorei cerca de 35 horas para finalizar a história principal, que poderia ser um pouco mais curta se não houvesse a necessidade de farmar XP em diversos momentos.
No fim, Shadows é um jogo muito competente, lindo, com uma história interessante e uma jogabilidade muito satisfatória. Ainda é muito cedo para falar, mas até o momento, este é um dos melhores jogos do ano, e olha que já saíram jogos muito bons.
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