Avatar: Frontiers of Pandora – Review

Depois de muito tempo de espera, nós da Save State finalmente colocamos nossas mãos em Avatar: Frontiers of Pandora, novo título da bilionária franquia da Fox/Disney. O jogo foi desenvolvido pela Ubisoft, mais especificamente pela Massive Entertainment, que nos trouxe jogos como The Division.

Quero desde já deixar claro nesta análise que não finalizei o jogo, e o motivo de isto acontecer é pelo simples fato de que o jogo é bem fraquinho. Muito fraco. Pensei que talvez pudesse ser por questão de gosto, mas eu e outro colega do site nos esforçamos para avançar no jogo, e mesmo que tenhamos gostos diferentes, o resultado foi o mesmo.

Mas isto não quer dizer que não tenhamos o que falar sobre o jogo, afinal, jogamos e jogamos bastante, então é possível considerar esta análise como uma análise conjunta. Dito isso, vamos para o que importa, que é

Como o jogo funciona

Bom, se você tem um mínimo interesse no jogo, deve estar sabendo que se trate de um jogo de tiro em primeira pessoa, com alguns momentos em terceira. Já jogou algum jogo da franquia Far Cry? Caso sim, a experiência de Avatar é bem semelhante, só que bem inferior em diversos aspectos.

A primeira coisa que achei bem ruim foi a interface do jogo, que tentou emular aquela sensação que a franquia traz, um negócio mais orgânico, com um brilho suave que nos remete a natureza de Pandora. Porém, apesar de ter sido uma boa ideia, a execução não é das melhores. A vontade de deixá-la bonita acabou fazendo-a perder sua praticidade. E em termos de resolução, também deixa a desejar, ainda mais se tiver um bom display com um alto pico de brilho.

Mas apesar disso, achei o início do jogo bem promissor, com uma história que poderia ser bem interessante. Em relação a história, acompanhamos uma família de Na’Vi do clã Sarentu que foi privada da natureza de Pandora e obrigada a viver e aprender os costumes dos humanos.

Conhecemos um pouco de cada membro da família, cada um dos irmãos, de forma bem rápida até que um acontecimento forte muda o rumo da história. Os irmãos ficam em uma câmara de hibernação e acordam 13 anos depois, e muita coisa mudou nesse tempo. Assim como no Far Cry, essa primeira cena também serviu para nos apresentar ao vilão da história, porém, não de forma tão impactante pois a violência aqui nem é comparável.

Após isso, a história de fato se inicia, que é basicamente aprendermos a cultura dos Na’Vi e lidarmos com o perigo que os humanos trazem. E bom, é basicamente a história dos dois filmes da franquia e agora do jogo também. Então, a história da franquia nunca foi um ponto forte, e o mesmo continua acontecendo, mas o que é forte na franquia é forte aqui também. Estamos falando do seu

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Visual

Nesta parte, o jogo é incrível, não perfeito, mas incrível. No início que citei, começamos em cenários internos, tudo muito cinzento e metálico, sem vida, mas isso aconteceu para que o impacto de quando sairmos para um ambiente externo fosse maior. E este objetivo foi alcançado com muito sucesso.

O primeiro momento que damos de cara com as florestas é incrível, pois tudo parece muito bonito, a quantidade de cores e formas que vemos nos ambientes é impressionante. Muitas plantas disponíveis nos cenários reagem de forma bem legal ao personagem, mas nada novo neste sentido já que muito disso já vimos nos filmes da franquia.

Depois de um tempo as coisas deixam de causar essa impressão, afinal, acostumamos com este visual, mas ainda assim, a beleza do jogo se mantém. E isso acontece em todos os tipos de ambientes, sejam em terra, água ou no ar.

Mas se tem algo que eu melhoraria neste sentido são as reações do cenário em relação ao clima. Seja em um dia de sol ou com uma forte tempestade, grande parte das folhas do cenário se mantém intactas, tirando um pouco da vida daquele ambiente, e isso é algo que é possível melhorar, um exemplo disso é o Horizon Forbidden West que faz isso muito bem.

Muito Far Cry

Mas há outras formas de dar vida aos ambientes, e uma dela é a presença de animais, e em Avatar temos muitos deles, dos mais diversos tamanhos, cores e formas. Muitos deles são agressivos, atacando sozinho ou em bando, então é bom sempre ficar de olho.

Outra coisa muito Far Cry é que podemos caçar animais e retirar deles itens que nos ajudam a evoluir de diversas formas, e o mesmo acontece com plantas que podem ser usadas para várias coisas, como criar itens de cura, flechas, entre outros. Mas o jogo possui um diferencial, o clima influencia na qualidade do item. Por exemplo, um item x vai ter mais “qualidade” se for pego em um dia chuvoso, ou em um dia de sol, e assim por diante.

É uma feature legal, mas que mais para frente acaba atrapalhando um pouco, citarei melhor daqui a pouco. Voltando as inspirações em Far Cry, aqui em Avatar também temos a presença dos famosos pontos de controle distribuídos pelo mapa. Estes pontos poluem a natureza, então é nosso dever destruí-los. Para isso, teremos obviamente que matar muitos inimigos (ou não), hackear coisas e depois explodir tudo. Ao finalizar, a natureza retoma o controle.

Bom, como acabei de citar, matamos diversos inimigos que são basicamente humanos com ou sem armadura (basicamente um mecha). Para isso, temos diversas armas de fogo, assim como arco e flecha. Mas o tiroteio desenfreado não á a única maneira de lidar com as coisas, podemos agir de maneira furtiva também.

Progressão precária

Mas um dos grandes problemas do jogo é a progressão. A Ubi continua inserindo diversos elementos de RPG em seus jogos, e em Avatar não é diferente. E com isso, muitas vezes nosso progresso é impedido por conta de nível, o que acaba sendo um pouco chato, pois para zerar este jogo específico, temos que realizar todas as missões secundárias praticamente.

A caça de itens também é um fator muito importante que faz grande diferença na progressão, mas lembra que citei que alguns itens para serem coletados de maneira correta precisam de algumas condições climáticas específicas? Bom, na progressão isso se torna um problema muito grande. E é basicamente isso que faz todo o hype do jogo cair exponencialmente. Tira toda a vontade de zerar, ainda mais quando a história não te prende.

E bom, acho q vale a pena mencionar que a travessia dos cenários também é um dos poucos pontos legais do jogo. Isso pois podemos tanto atravessar o cenário a pé, com a possibilidades de dar saltos mais altos, pulo duplo, entre outras coisas, como podemos atravessar por meio de animais terrestres e voadores, podemos inclusive entrar em combates nos céus.

Valeu a pena?

Entretando, acredito que seja bem claro que o jogo não é dos melhores, o que para mim é uma decepção pois era um dos jogos que mais tinha interesse. E nem era por ser Avatar, mas por ser um jogo da Ubisoft, pois curto muito os jogos da empresa (apesar de saber que sou minoria nesse sentido).

É um jogo que vai ter custar no mínimo 15 horas para finalizar, o que convenhamos, não é um tempo muito grande.  E isso não seria um problema, pois muitos jogos curtos são bons, porém, este jogo parece que do início ao fim fica girando em círculos. A história até melhora com o tempo, mas o ciclo de gameplay é simplesmente muito chato. Mas é a minha opinião e não necessariamente a sua, se está interessado, só pagando para ver.

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