BLEACH Rebirth of Souls é a melhor adaptação de um anime em jogos. – Review

Realmente, este titulo reflete totalmente o meu pensamento em relação a BLEACH Rebith of Souls, mas o fato dele ser uma ótima adaptação também traz alguns pontos que podem incomodar algumas pessoas.

Sinceramente, eu sou meio suspeito para falar deste jogo, pois BLEACH é um dos animes que mais marcaram a minha infância e que assisto até hoje. Porém, logo antes do lançamento, vi diversas críticas ao jogo, que me deixaram um pouco preocupado sobre a qualidade dele. Vamos discutir…

Um jogo de luta fora do padrão

Desde seu anúncio, fiquei meio confuso em relação a gameplay e como ela era apresentada. Confesso que nunca realmente a entendi por completo, antes do lançamento. Mas após entrar no jogo, entendi como funciona, obviamente, e para mim acabou funcionando muito bem.

Por que estou falando isso? Pois a gameplay foi um dos principais pontos a ser criticado por parte da mídia especializada. Ao ter a experiência de jogar de fato, considero que as críticas são totalmente válidas. Porém, pelo menos comigo, em poucas lutas tudo acabou ficando normal para mim.

1X1

Todas as lutas do jogo estão no formato 1×1, sendo quase que sempre, combates bem diretos e agressivos, apesar de ter uma variação considerável. Uma coisa que é muito estranha no jogo, e o maior motivador de críticas, é a movimentação do jogo. Nossa câmera sempre está focada no nosso inimigo, independente de onde ele esteja.

Então, os movimentos que fazemos sempre estão vinculados a ele. Se colocarmos para a frente, vamos em direção a ele, para trás, nos afastamos, e para os lados, orbitamos o inimigo. A movimentação normal é muito lenta, e bem ruim, porém, facilmente contornada com um simples apertar de botão.

Sempre para frente (e as vezes não)

Quando pressionamos o “X”, o nosso personagem dá uma espécie de dash, e podemos controlar a direção que ele avança. E pressionando esse mesmo botão, o personagem “voa” em direção ao inimigo, que possibilita um alcance maior para os impulsos. E simplesmente substituí os movimentos lentos do personagem com essa movimentação por meio dos dashs.

Além de nos movermos mais rápido, isso faz com que as lutas sejam muito mais diretas e ofensivas, mas ainda assim, não impede de ter um combate mais defensivo. Gostei muito da gameplay das batalhas, pois permite uma variação muito grande no combate, independente do personagem selecionado.

Como funciona a luta?

BLEACH Rebirth of Souls é um pouco diferente dos jogos de luta normais, onde nosso objetivo é apenas zerar a vida dos inimigos. A barra de vida está lá, mas existe também uma numeração acima dela que é muito importante. Esses números são basicamente a quantidade de vidas que temos.

Quando zeramos a barra de vida, temos que apertar R2 o mais rápido possível para realizarmos um golpe especial, este que diminui a quantidade de vidas do inimigo. Dependendo do estado que nos encontramos e da força dos inimigos, estes golpes especiais podem tirar 1, 2, 3 e até mais quantidades de vidas de uma vez só. Quando elas zeram, aí sim ganhamos a luta.

Muita variação

Como disse, com um mesmo personagem, conseguimos criar variações de luta em termos de modo de lutar, sendo totalmente ofensivo, totalmente defensivo e até mesmo um misto destes dois.  Mas o jogo ainda vai além em termos de variedade.

Cada um dos personagens tem um estilo de luta próprio, alguns mais rápidos, outros mais lentos, alguns com combate a curta distância, outros com ataques de longe. E não podemos esquecer das bankais (tipo virar super sayajin no Dragon Ball), que mudam ainda mais a jogabilidade. É um jogo bem dinâmico, que esbanja variedade de combate.

Golpes padrão anime

Como um bom jogo de luta, existem algumas coisas que jogos de luta 3D tem como “pré-requisitos”, e muitos deles estão presentes em BLEACH. Podemos dar golpes fracos e rápido, golpes fortes e lentos (com maior alcance), podemos defender os golpes dos inimigos (de forma limitada), dar golpes de quebra de defesa e é claro, utilizar alguns combos.

 Em geral, é um jogo de luta que considero bem acessível, principalmente em termos de dificuldade. Existem momentos em que enfrentamos inimigos mais difíceis, mas em geral, o combate é bem simples e fácil. E o fato dele ser rápido e dinâmico fazem com que as partidas sempre sejam muito divertidas.

Um visual bem decente

BLEACH Rebirth of Souls é mais um daqueles jogos que tentam simular um visual 2D, como nos animes, mas com um combate e cenário totalmente em 3D. Não é o melhor de todos, mas é bem decente e não incomoda em momento nenhum. Os golpes especiais, inclusive, são belíssimos.

Os cenários também são bem característicos do anime, e alguns deles são destrutíveis, o que é muito legal. A destruição causada nos mapas permanece na luta até o final delas, o que é muito bom em termos de imersão. Mas a trilha sonora é um ponto que o jogo poderia ser melhor.

A melhor adaptação de um anime em um jogo

Geralmente os jogos de animes costumam mostrar a história dos animes de forma mais interativa, e BLEACH faz exatamente isso. Quando digo interativo é pelo fato de podemos lutar e não apenas ver a luta. Porém, impressionantemente, o jogo adapta quatro arcos por completo, de forma muito fiel ao produto original.

Eu adorei isso, porém, é um ponto que, em termos de gameplay, pode ser problemático. Lembra que disse que as lutas eram rápidas? Então, as cutscenes do jogo não. Existem alguns casos em que temos uma luta de 2 minutos e uma espera de 20 a 30 minutos para a próxima luta, preenchida pelas cutscenes do jogo. Eu gostei disso, me bateu uma nostalgia bem grande, mas entendo que possa ser problemático para grande parte do público.

Além da história

A campanha principal tem quatro arcos (para quem conhece o anime, vai até a luta contra o “super” Aizen), que nos trazem mais de 25 horas de conteúdo, bem grande para um jogo de luta. Mas o jogo não para por aí, pois existem também histórias secretas baseadas em cada um dos personagens do jogo, que agregam ainda mais horas de conteúdo.

E é claro, sendo um jogo de luta, não poderia faltar o modo versus e o modo de luta online. Apesar de ter poucos modos de luta, creio que seja o suficiente para uma experiência bem interessante. E pode ter certeza de que conteúdo não falta no jogo.

Valeu a pena?

Bom, depois de tudo o que falei, acho que ficou bem claro o quanto eu gostei de jogas BLEACH Rebirth of Souls. Mas, novamente, este anime tem meu coração, e minha opinião pode estar levemente sendo levada por conta da nostalgia. É um jogo que tem seus problemas, o ritmo, a gameplay diferentona, mas que são superados por sua diversão.

Espero que este jogo receba novos conteúdos de história no futuro, afinal, ele para a dois arcos do fim do anime de fato, e queria muito ver como seria o restante da história desta maneira. Não sei quanto sucesso o jogo fez, mas espero que ele continue de pé. Mas e aí? Jogou? O que achou? Diz aí nos comentários…

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