Call of Duty Black Ops 6 decepciona mesmo evoluindo – Review

Virou quase que uma tradição minha, e acredito que de muitas outras pessoas, jogar Call of Duty no fim do ano. Confesso que fico esperando por esse momento, pois costuma ser bem divertido, mas quase nunca inovador (é o clássico feijão com arroz). Porém, no último ano tivemos um “jogo” bem abaixo do que a franquia costuma entregar.

Na verdade não considero nem mesmo um jogo, na minha visão, Modern Warfare 3 se encaixa mais como uma DLC, e sinceramente, bem decepcionante um jogo com esse nome entregar algo tão ruim. Mas outro nome da franquia que faz muito sucesso é o Black Ops, que teve seus altos e baixos, mas que recentemente tem encontrado seu caminho. Mas isso se mantém? É o que vamos discutir agora…

Como segue a história?

Uma das coisas que eu mais curto nos últimos anos (e que também curtia no passado) são as sequencias de histórias de Call of Duty. Vemos os personagens das franquias em suas histórias, enfrentando algumas novas ameaças e se desenvolvendo. Isso é algo que eu sinto falta em Battlefield, por exemplo, que costumava ser meu favorito no passado.

Em Black Ops 6, vemos novamente os personagens do jogo anterior enfrentando um novo inimigo, em uma missão que pode ditar o futuro das nações mundiais. Como todo bom Call of Duty. Tomamos o controle de Case, e alguns outros personagens no decorrer da história.

Black Ops 6 tem uma das maiores (se não a maior) campanhas da franquia nos últimos anos, e isso significa uma história mais complexa e desenvolvida? Na realidade, não. Mas com certeza uma das mais diferentes. As campanhas do Black Ops tem sido as mais corajosas, pois explorar temas que vão além do militarismo ultra real dos outros jogos.

Então espere encontrar alguns elementos sobrenaturais neste jogo, conforme já vimos no passado, é verdade. Mas resumidamente, sem muitos spoilers, o jogo se passa na guerra fria e uma nova arma química é descoberta pela equipe do Woods. Nossa missão é encontrar e destruir esta arma, mas para isso, iremos enfrentar o Panteão, um exeército privado bem ameaçador, e fazer isso sem a ajuda do governo.

Como disse, a história não tem nada de inovador, as vezes parece até uma cópia de outros jogos, mas nela temos momentos bem diversos que tornam a experiência divertida e pouco cansativa. Mas, sinceramente, não me senti cativado por ela como já me senti no passado, porém, em termos de gameplay ela vai muito bem. Inclusive, vamos falar sobre isso agora…

Uma grande evolução (mas necessária?)

Disse que Black Ops 6 tem uma campanha bem diversa, não é mesmo? E isso passa um pouco pela gameplay. Esse jogo é meio que um catado de diversos outros jogos, condensado em um Call of Duty. Nesta análise, irei comentar apenas sobre a campanha, falaremos de forma isolada sobre o multiplayer em outra análise.

Mas algo que é de conhecimento de todos, é que Black Ops tem um modo zombie, bom, ele basicamente faz parte da campanha também. No jogo passado, tivemos diversas fases com cenários mais abertos, nesse jogo temos uma ou duas igualmente dessa forma.

E onde eu quero chegar com isso? Basicamente é que não há muita inovação por aqui, porém, temos alguns elementos de gameplay novos inseridos no jogo. Confuso, não é mesmo? Bom, é exatamente assim que me senti ao jogar Black Ops 6, foi um grande misto de emoções.

Mas vamos por partes. Falando dos elementos base de Call of Duty, teremos todos eles aqui. Esse jogo é mais um da franquia que é meio tratado como um DLC sistemicamente. Ou seja, antes de entrar no jogo, vamos ter que passar pelo menu principal (onde também tem os outros jogos da franquia), selecionar o jogo e entrar nele.

Inclusive, que jogo chato de se iniciar. Toda vez que eu entrava no jogo, tinha alguma atualização que fazia ser necessário reiniciar o jogo. E o jogo inicia rapidamente, claro, se ignorarmos essas reinicializações. Então o que seria um início muito rápido da dash do console para o jogo, acaba sendo muito demorado pelas inúmeras reinicializações que ocorrem no jogo. O que é um saco.

Voltando para a gameplay em si, temos os bons em velhos elementos de COD de volta, podemos carregar duas armas ao mesmo tempo e diversos outros arremessáveis. Se você jogou algum dos Call of Duty recentes, é basicamente tudo igual. Podemos mirar e atirar, correr, nos agachar, deitar no chão, arremessar granadas e outras coisas do tipo, equipar peças de armadura, entre outras coisas.

O movimento no jogo está bem mais rápido e fluído, e assim como na campanha, temos a presença do ominimovimente, do qual podemos dar sprints em praticamente todas as direções. Porém, em alguns momentos, o jogo dá uma diminuída na velocidade, e são nestas partes que alguns novos elementos de gameplay são incluídos.

Por exemplo, tem momentos em que precisamos agir furtivamente e roubar algumas pessoas de forma a não ser detectado. A presença de puzzles também está mais presente do que nunca neste jogo. Uma nova mecânica incluída foi a utilização de ganchos que nos puxam a longas distancias. Podemos também controlar alguns veículos.

Mas mesmo com algumas novidades, parece que estamos jogando o mesmo jogo por muito tempo. Disse que sempre espero o momento em que temos um novo Call of Duty, mas nos últimos anos, a experiência com estes jogos não tem sido muito satisfatória. Pelo menos os modos multiplayers têm sido bem consistentes.

Black Ops 6 tenta, de certa forma, emular alguns momentos em que entramos em gêneros de outros jogos, como por exemplo jogos de terror. Mas estes momentos, além de ficar explícito a forma como outros jogos foram copiados, a implementação no jogo nos dá a sensação de uma falta de complexidade. Porém, é inegável que dá uma variada na jogabilidade, pena que isso acaba não sendo nada demais.

É um jogo bonito?

Em termos visuais, não tenho muito o que falar, pois novamente temos um visual que é muito bom, mas que é muito “igual” ao que temos visto nos últimos anos. Atualmente as franquias Modern Warfare e Black Ops compartilham do mesmo motor gráfico (antes utilizavam motores diferentes), o que é bom, pois este é o melhor motor gráfico das franquias.

Porém, aquela sensação de impressionante que o motor tinha na geração passado por exemplo, foi perdido. Compreensível se levarmos em consideração que é um jogo que ainda sai para a geração passada, mas um pouco triste pelo fato de ser um motor gráfico com muito potencial, e que, se focado nesta atual geração, poderia causar um impacto ainda maior.

Bom, temos um jogo bonito, mas é basicamente uma repetição dos assets que vemos em outros jogos da franquia. Não dá para esperar nada de revolucionário neste sentido da franquia enquanto ainda estiver vendendo na geração passada, mas ao menos em termos de vendas, parecem poucas, o que pode levar a franquia a evoluir neste sentido.

Valeu a pena?

Bom, a campanha de Black Ops 6 tem seus altos e baixos, com alguns momentos bem maneiros e outros bem nada a ver. Acho que a parte sobrenatural perdeu um pouco a linha neste jogo, mas no geral, temos um jogo bem medíocre (mediano) que entrega aquilo que prometeu. E é isso, não há muito o que falar, infelizmente.

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