É com muita satisfação que tive a oportunidade de analisar aqui no Save State o Dragon Ball Sparking! ZERO. Um dos jogos que mais joguei na minha infância foi o Dragon Ball Budokai Tenkaichi. Para mim, era a melhor representação da franquia na forma de games. Isso é verdade mesmo com uma infinidade de jogabilidades distintas que tivemos ao longo dos anos.
E jogar este jogo é simplesmente a realização de um sonho. Isso me fez até mesmo rever os episódios do anime inteiro. Eu queria matar a saudade e ansiedade que tinha desse jogo, principalmente após seu anúncio. Mas temos muita coisa para falar nesta review, então vamos começar! Após dezessete anos, finalmente estamos de volta.
Do que se trata o jogo?
Caso tenha caído de paraquedas nesta review, Dragon Ball Sparking! ZERO é um jogo de luta 3D, no qual temos um grande cenário que nos proporciona lutas simplesmente épicas. Esse é um termo que define bem as lutas na franquia Dragon Ball: épico. Independente da mídia que seja, e neste jogo, é apenas mais um exemplo disso.
Entre os muitos jogos da franquia disponíveis nos consoles, este é o primeiro que apresenta diversos personagens da série Super. A série Super foi o último anime que tivemos da franquia. Então pode esperar uma extensa variedade de personagens para controlar. E quando digo extensa, é extensa mesmo.
São mais de 180 personagens jogáveis neste jogo, de todas as séries da franquia. Você verá personagens do Dragon Ball clássico, Dragon Ball Z, Dragon Ball GT, e Dragon Ball Super. Também verá personagens de todos os filmes de Dragon Ball Z. Personagens é o que não falta nesse jogo, mas ter todos eles livres não será uma tarefa fácil.
Muitos personagens estão liberados desde o início, mas muitos precisarão ser liberados no decorrer do jogo. E como fazer isso? Bom, é simples. Basta fazer as lutas do modo “história” e das histórias adicionais. Também é possível adquirir personagens por meio de uma loja, que nos permite personalizar cada um dos personagens.
É um jogo de luta. O principal ponto no jogo são os combates. Nele podemos fazer tudo o que tem em jogos de luta e algumas outras coisas. Entre outras palavras, podemos golpear. Podemos andar de um lado para o outro. Podemos “atirar” e nos defender de golpes, como de costume. Mas também podemos voar, dar dash, desviar de golpes e contra-atacar. Podemos carregar o ki e, é claro, usar golpes especiais.
O HUD do jogo é bem simples, mas funcional. Ele nos mostra a barra de vida do personagem, a barra de ki, da qual utilizamos para os golpes especiais. Enquanto damos golpes, podemos ver um contador de hits (golpes). Também vemos um contador de habilidades. Há um contador de tempo e um ícone que nos diz se podemos nos transformar na partida.
Os mapas do jogo são bem grandes. Como já disse há pouco, isso possibilita batalhas de grandes proporções. Uma coisa que sempre foi presente na franquia e que está de volta são os itens destrutíveis no cenário. É possível destruir, literalmente, montanhas no jogo, edifícios, entre outras coisas. Mas existem também itens indestrutíveis, que são um bom lugar para recarregar o ki no meio das lutas.
A variedade de cenários disponíveis no jogo é bem grande. Em cada cenário, você pode alterar o horário do dia em que a luta ocorrerá. Isso é possível no modo de luta “normal”. Com exceção daqueles cenários onde não é possível observar o clima. Também podemos escolher entre diversas músicas para melhorar ainda mais a luta.
E para você que procura jogos desafiadores, este Dragon Ball pode ser uma boa escolha. O nível normal do jogo já é bem desafiador. Vai te fazer se esforçar bastante para conseguir vencer as lutas. E ainda exte um modo chamado desafios, que como o nome diz, é bem desafiador. Mas como entramos no tema, vamos falar deles…
Modos de jogo
O jogo nos proporciona diversos modos de jogo. Em grande parte, são as lutas como tem que ser. Porém, eles trazem as lutas com algumas diferenças. Desculpem a redundância, mas essas diferenças fazem bastante diferença.
O primeiro modo de jogo, que aparece de cara, é o Episódio e Batalhas Personalizadas. Nele encontramos o modo “história” do jogo, no qual selecionamos entre diversos personagens e seguimos suas histórias. As batalhas personalizadas nos permitem entrar em histórias adicionais. Elas também oferecem batalhas com condições especiais. Essas batalhas podem ser criadas por nós ou pela comunidade do jogo.
Tem o modo Batalha e Treinamento. Nele, podemos fazer as batalhas livres entre os personagens que quisermos. As lutas podem ser tanto individuais quanto em equipe. É nelas que podemos selecionar os cenários e músicas. Podemos também treinar e entrar em um Torneio Mundial. Importante salientar que estes modos permitem lutas offline e online.
Todas as batalhas dos modos disponíveis nos dão dinheiro e XP, além de cumprir com alguns objetivos opcionais. Estes objetivos opcionais nos dão acesso a recompensas especiais. Elas podem ser acessadas no modo Desafios e Missões. É nesse modo que pegamos as recompensas das Ordens do Zen-Oh e dos Livros de Figuras do Whis.
Uma das recompensas possíveis são os Zenis. É a moeda do jogo. Com os Zenis, conseguimos comprar itens consumíveis, itens de personalização e, inclusive, novos personagens. Estes personagens vão aparecendo conforme avançamos no jogo. Estes itens podem ser acessados no modo Loja e Personalização.
E por último, temos os modos Galeria e Apareça… Nestes modos, podemos acessar a enciclopédia e meus dados, respectivamente. Eles exibem informações sobre os personagens do jogo e o filme. Aqui, vemos os replays salvos. Podemos invocar o Shenlong, o Porunga e o Super Shenlong. Para isso, precisamos coletar esferas do dragão.
Vivendo Dragon Ball
Voltando um pouco ao modo Episódio, podemos acessar a história de diversos personagens. Podemos presenciar e atuar nas suas lutas conforme vemos no anime. Temos vários personagens liberados desde o início. Conforme avançamos nas histórias, mais personagens são liberados. Ou seja, mais conteúdo de história.
Conforme avançamos nas histórias, nosso nível de jogador aumenta, assim como a proficiência com os personagens que controlamos nas histórias. Além disso, muitos dos personagens que enfrentamos neste modo são liberados posteriormente nos modos de batalhas tradicionais.
Não temos muitas custcenes no jogo. Não há muitos diálogos dublados e essas coisas. A maioria das interações são por meio de texto. Mas temos algumas cenas curtas mais produzidas, porém, as vezes parece que são menos trabalhadas que o próprio gameplay. Curiosamente, em algumas cenas, podemos colocar no modo de primeira pessoa. Podemos assistir a cena nessa perspectiva. Mas sinceramente, não vi muito sentido para isso.
Visual e trilha sonora
A melhor representação de Dragon Ball nos jogos, em termos visuais, era no jogo da Arc System Works até pouco tempo atrás. Para mim, o Dragon Ball FighterZ era essa representação. Porém, Sparking! ZERO para mim agora é referência nesse sentido. Eles conseguiram dar uma vibe 2D para o visual 3D que ficou simplesmente muito bom.
Conseguimos nos sentir dentro das lutas do desenho. Isso ocorre tanto pelo seu visual simplesmente sensacional quanto pelas trilhas sonoras retiradas do anime. Os efeitos sonoros estão iguais aos vistos no anime. Nesse sentido, não há o que reclamar, este jogo está simplesmente esplendido.
Valeu a pena a espera!
Após todos estes anos de espera, finalmente a série Budokai Tenkaichi voltou, e para mim, não poderia ser melhor. Este jogo entregou tudo aquilo que sempre esperei em termos de gameplay. É uma das melhores representações da franquia em todas as mídias disponíveis.
O modo história eu creio que tenha espaço para melhorias na forma que a história é contada. Ainda assim, atende bem aquilo que esperava. Dragon Ball: Sparking! ZERO é um grande retorno da franquia. Além disso, é um dos melhores jogos do ano. É daqueles jogos que nos possibilitam infinitas horas de jogo. Só senti falta mesmo da dublagem em português, mas infelizmente querer não é poder…
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