Atlas Fallen - Review

Atlas Fallen Review

Serei bem claro, desde o início. Atlas Fallen, para mim, foi uma grande decepção, por diversas razões que explicarei mais a frente. Porém, isso não é necessariamente o fim do mundo, pois para você, pode ser diferente. Mas então, vamos a análise!

Atlas Fallen é jogo de RPG de ação desenvolvido pela Deck13 Interactive e publicado pela Focus Entertainment com data de lançamento no dia 10 de outubro deste ano. Um jogo que foi anunciado a pouco tempo e que já vai ser lançado, o que definitivamente é uma coisa boa.

Além deste rápido lançamento, ao jogá-lo, não encontrei nenhum tipo de bug que atrapalhasse a experiência ou algum problema de performance grave. No sentido de polimento, o jogo está bem “redondinho”, e isso sem a necessidade de um patch day one ou algo do tipo.

Ao entrar no jogo, temos uma breve introdução do “universo” do jogo, e somos introduzidos ao sistema de batalha do jogo, que comentarei mais a frente. Após isso, criamos nosso personagem, que pode ser homem ou mulher, obviamente.

Criação de personagens limitada

O sistema de criação de personagens é bem simples, podendo alterar basicamente o rosto dos personagens. Bem limitado, porém, no jogo em si, pouco vemos os personagens por conta das armaduras que cobrem o corpo por completo.

Após isso, somos introduzidos ao universo do jogo, que tem muita inspiração em algumas outras obras de entretenimento. Religião é um tema muito presente no jogo, onde grande parte da população adora deuses que fazem apenas o mal, porém, as pessoas cegas pela crença não veem. Um tema interessante, mas hoje um pouco batido, não é? Bom, este é um dos pontos negativos, mas vamos seguindo.

Acredito que a maior influência que o jogo possui seja em Duna, primeiro porque o tema religião é igualmente relevante na franquia. E segundo pois o jogo e os cenários que vemos nele são quase em sua totalidade, desérticos, inclusive os inimigos são feitos parcialmente de areia.

Assim como acontece com alguns outros jogos, inicialmente somos prisioneiros, e recebemos a missão de encontrar uma pessoa fora do ambiente onde eles estão. E nesse meio tempo, encontramos uma manopla que nos concede alguns poderes sobre-humanos, além de armas, e dentro desta manopla está a consciência do ser que controlamos lá no prólogo do jogo. Vamos, então, entrar na gameplay para comentar mais sobre isso…

Role-Playing Game

Bom, o jogo é de fato um RPG de ação, e isso significa que temos bastante diálogos no jogo, e o ser na manopla é responsável pela maior parte deles. Porém, eles acontecem em todos os lugares, nas missões principais, secundárias, nos itens que encontramos no jogo, entre outras coisas. O estilo dos diálogos é bem semelhante com o que encontramos em Skyrim, por exemplo.

Mas ter muitos diálogos, ainda mais sendo um RPG, não costuma ser um problema, afinal, é isso que torna o jogo deste gênero, praticamente. Porém, o problema é que os diálogos do jogo não parecem levar a lugar algum. Lendo os diálogos ou pulando-os, dá quase no mesmo, pois além de não serem muito interessantes, são bem cansativos.

O jogo evolui a passos lentos, e os diálogos são bem vazios, e levando em conta que são muito presentes no jogo, isso contribui para que o jogo seja igualmente cansativo. Existem outros fatores que tornam o jogo cansativo, mas a velocidade que o jogo evolui é bem lenta.

Mas se tem algo que deixa qualquer jogo cansativo, é a repetição, e neste jogo ela é mais presente do que nunca. O jogo segue basicamente o roteiro de enfrentar inimigos, procurar partes da manopla, enfrentar mais inimigos, ir para outro cenário, e depois reinicia o roteiro.

Existem alguns jogos que são repetitivos, mas que não são ruins, e eles se sustentam por meio da diversão que o jogo proporciona. Atlas Fallen é repetitivo, e é divertido, porém, no caso dele, a repetição acaba tendo um valor maior do que a diversão.

E o combate?

O combate, desde o anúncio do jogo, parecia ser o ponto positivo do jogo, e foi o que me trouxe um certo interesse, mas este é um dos motivos deste jogo ser decepcionante, como disse no início desta análise. O combate é divertido de fato, mas até ele chegar ao ponto da diversão, demora bastante tempo, tanto de jogo quanto de adaptação.

A configuração do controle é um pouco confusa, com alguns comandos para ações completamente diferentes localizadas de forma bem próxima. E isto, falando em relação aos combates, pode ser bem frustrante, pois em vários momentos, ocorreu de eu apertar o botão errado e morrer.

Com o tempo, a adaptação chega e as coisas começam a funcionar melhor, porém, como disse, isso leva tempo, e nesse tempo, o jogo se torna estressante. O jogo possui alguns níveis de dificuldade, porém, mesmo no nível mais fácil, o jogo é bem desafiador.

Os inimigos têm níveis, assim como nós, e para o nível aumentar, é necessário desbloquear novas armaduras. Cada armadura agrega alguns status diferentes, e cada uma delas pode ser evoluída até três vezes. Cada vez que evoluímos, a armadura sobe um nível e isso implica em aumentar dano, vitalidade, defesa, e diversas outras coisas. Mas cada armadura evolui essas coisas de formas diferentes.

Como é o arsenal de armas?

Temos algumas armas disponíveis no jogo e cada uma é diferente da outra em relação ao combate, mas o jogo é basicamente apertar os botões sem parar. O jogo nos permite carregar uma arma principal e uma secundária, que muda o estilo de ataque, mas não muda muito a execução.

Além destes ataques, o jogo possui também um tipo de dash, que auxilia no combate e deixa as coisas mais dinâmicas. Também temos um botão de defesa, que não repele nenhum tipo de ataque, mas que, com uma sequência de defesas, faz com que os inimigos fiquem congelados, e assim, expostos a ataques.

Atlas Fallen também possui alguns tipos de ataques especiais, três que são acionáveis conforme a barra de ímpeto é preenchida. Estes ataques especiais podem ser substituídos caso encontre algum que se adeque melhor ao estilo de gameplay desejado. Além dos ataques especiais, existe um tipo de ataque muito poderoso, que também, utiliza a barra de ímpeto.

Em relação aos inimigos, é outra coisa que se torna muito repetitiva, pois enfrentamos os mesmos inimigos várias e várias vezes, as vezes menores, as vezes maiores, mas sempre os mesmos. Existe alguns tipos diferentes de inimigos, com diferentes tipos de ataques, mas que para derrotá-los, é basicamente a mesma estratégia.

Como falei mais cedo, os inimigos são feitos basicamente de areia, mas com algumas partes semelhantes a armaduras, e apenas estas partes causam danos neles. Cada uma destas partes possui uma barra de vida própria, e quando todas elas chegam a zero, o inimigo morre. E isso vale para todos os inimigos, desde os mais simples que encontramos no mapa, até os chefes.

Como é o mapa do jogo?

Bom, em relação ao mapa, eles são como sandboxes. Passamos por vários cenários abertos, alguns deles até bem trabalhados, com algumas cidades diferentes. Mas como já disse, o jogo é quase sempre desértico, o que pode torná-lo o que? Isso mesmo, repetitivo, mas em relação ao mapa, talvez tenha a parte mais divertida do jogo: sua travessia.

Podemos planar pela areia, semelhante ao que ocorre com Duna ao utilizar os vermes gigantes para se locomover. É tipo um jogo de skate, e isso é bem divertido, pois traz uma sensação de adrenalina bem interessante, e os dashs que citei no combate também podem ser utilizados nas travessias, possibilitando saltar em longas distancias.

Conforme evoluímos no jogo, desbloqueamos algumas habilidades que possibilitam explorar novas partes dos cenários. Em relação a isso, apesar de ser visualmente repetitivo, até que é bem legal, porém, temos que falar um pouco sobre o visual do jogo.

Um jogo de PS3/360 na nova geração

Em estrutura de gameplay, o jogo, como pode ter percebido, é bem datado. Em relação aos diálogos, citei como exemplo o Skyrim, um jogo de 2012, ou seja, também é bem datado. Bom, depois de toda essa estrutura datada, os gráficos também seguem essa mesma linha e são bem datados.

Os personagens basicamente não possuem nenhum tipo de expressões faciais faciais. Os gráficos dos cenários estão longe de serem de nova geração. Os inimigos até possuem uma modelagem interessante, mas com a repetição, acaba ficando meio chato também. Já a trilha sonora, é tão fraca que nem vou comentar muito. É um jogo bem datado, em todos os sentidos.

E então, valeu a pena?

Bom, essa reposta eu já dei desde o início. Para mim, foi uma experiência bem frustrante e decepcionante em vários sentidos. A jogabilidade na travessia dos cenários é muito divertida, no combate até é divertida também, mas só quando funciona. E para funcionar, demora bastante e com essa demora, tem diversos estresses no caminho.

A história é bem fraca e bem lenta, os diálogos são bem vazios e cansativos. O jogo em geral, é bem datado em diversos sentidos, é mais longo do que necessário. É um jogo cansativo, e frustrante, mas que pode ser divertido, se você aguentar chegar ao ponto em que ele se torna assim, de fato. O jogo também possui um modo cooperativo que adiciona uma camada extra de diversão, e se procura um jogo pra se divertir com seus amigos, pode valer a pena. Além de que o modo cooperativo libera bem rapidinho.

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