Granblue Fantasy: Relink é uma experiência que impressiona no seu visual e gameplay envolvente – Review

Mais um daqueles casos que eu caio de cabeça em uma franquia que eu não tenho conhecimento algum, só que neste caso, temos uma entrada bem diferente da franquia que eu conhecia. Granblue Fantasy é uma antiga, tendo sido lançada lá em 2014 como um RPG de turno 2D, que foi uma febre na época nos dispositivos móveis.

O jogo foi jogado por bastante tempo, mas a franquia ficou por muitos anos parada neste único jogo, desenvolvido pela Cygames. Até que em 2020, em parceria com a Arc System Works (aquele estúdio que desenvolveu Dragon Ball FighterZ, BlazBlue e Guilty Gear), foi lançado um novo jogo spin-off da franquia, de luta, com aquele visual irado que só a Arc System consegue fazer.

Sendo sincero, sempre imaginei que esta franquia era de luta, afinal, Granblue Fantasy Versus e Versus: Rising era o que eu tinha como referência. Até que agora, eu descobri que este jogo, Granblue Fantasy: Relink é basicamente o segundo capítulo principal da franquia. Isso mesmo, dez anos depois, te lembra alguma coisa? (A Cygames anunciou Project Awakening lá em 2018)

Após esta breve introdução, vamos ao que realmente importa, que é a análise deste novo jogo da franquia, mas antes, gostaria de agradecer a Nuuvem, que nos apoia e nos enviou este código para análise, obrigado! Agradeço ainda mais pelo fato de a experiência de jogar este jogo ter sido excelente, mas vamos por partes.

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Sem enrolação

Granblue Fantasy: Relink foi anunciado lá em 2016 e lançado este ano, e você pode estar pensando, deve ser um jogo imenso, não é? E a resposta é que não, este jogo não é imenso e para mim, isso é um dos seus maiores pontos positivos. Isto pois neste jogo não vemos um dos maiores problemas que vejo nos RPGs orientais disponíveis no mercado: a enrolação.

Final Fantasy XVI é um dos melhores jogos que já joguei na minha vida, meu jogo preferido do ano passado, que poderia ser um jogo impecável, se não fossem os momentos que o jogo dava uma enrolada entre os seus diversos momentos épicos. Não me entendam mal, estudei cinema, e uma das coisas que aprendi é que, entre os momentos de impacto, é necessário um respiro, para que a próxima cena tenha ainda mais impacto.

Muitos filmes pecam nesse sentido, e isso faz com que algumas cenas que poderiam ser muito boas fiquem escondidas por conta da falta de uma pausa para respirar. Uma das minhas franquias favoritas, Transformers, tem cenas de ação excelentes, mas que perdem peso devido a sequência de cenas sem uma pausa.

Sei que por mais que tenhamos coisas em comum, filme é filme e jogo é jogo, mas ritmo é uma coisa que pode se encaixar em ambos os materiais de entretenimento. Como citei, Final Fantasy XVI, apesar de ser excelente, tem este problema, e ele é mais comum em jogos bons do que você pode imaginar. Um dos melhores jogos que joguei este ano, Like a Dragon 8, sofre deste problema, assim como diversos outros jogos orientais.

Se não for um jogo de qualidade como estes, o jogo acaba tendo a sensação de ser muito inflado. Bom dito tudo isso, é possível terminar Granblue Fantasy: Relink em cerca de 15 horas, o que pode ser considerado curto para um RPG de ação, mas vocês não fazem ideia do quanto fiquei feliz ao saber disso.

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Exemplo de acessibilidade

O jogo tem essa duração pois ele segue a história sem nenhuma enrolação, cada momento do jogo é incrível, sendo até compreensível o tempo de produção que este jogo teve. Como disse, é preciso ter um momento de respiro entre as cenas de impacto, mas este momento não precisa ser monótono, e em Granblue, estes momentos ocorrem e passam rapidamente, dando um foco total na história principal.

Mas caso você seja daqueles que gosta de fazer missões secundárias, explorar os mapas etc., pode ficar tranquilo que temos isso aqui. Mas caso seja como eu, que prefere focar na história principal, pode ficar tranquilo também pois é totalmente possível. E isso não é o único ponto positivo neste quesito.

Alguns dos jogos neste gênero (quase todos) te obrigam a farmar bastante XP para avançar no jogo. Alguns deles te possibilitam selecionar níveis de dificuldade para aqueles que não gostam tanto deste momento tão presente nos jogos e que podem te fazer se sentir meio presos em determinados momentos. Bom, este é um dos jogos que te possibilita selecionar o nível de dificuldade, mas ele vai além.

Uma coisa que vem sendo cada vez mais comum, principalmente nos jogos de luta, que é um dos expoentes desta franquia, são os controles “resumidos”. O que isso quer dizer? Em jogos de luta, podemos fazer combos, dos mais simples aos mais complexos. Mas se você não é do tipo que consegue gravar todos os combos, alguns jogos possibilitam a realização de combos complexos com o apertar de poucos ou apenas um botão.

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Combate satisfatório

O mesmo acontece aqui, por meio de uma das assistências disponíveis. Já entrando no combate, podemos dar o golpe padrão, com o quadrado, e dar golpes mais fortes com o triângulo. Por meio de um combo de botões, podemos selecionar até quatro habilidades ativas. Além destes golpes, podemos ainda nos defender de ataques também realizar desvios e saltar.

Falando das habilidades, variedade é o que não falta neste jogo. De início, temos seis personagens, do qual quatro deles ficam no nosso grupo, ou party para aqueles com mais afinidade com o gênero. Além destes quatro, é possível liberar dezenas de outros personagens, cada um deles bem únicos.

Cada um deles possui uma imensa quantidade de habilidades ativas e passivas, imensa mesmo. Eles não possuem apenas uma quantidade absurda de novas habilidades e atributos, possuem duas árvores de habilidades, uma focada no ataque e outra focada na defesa, além de uma terceira focada nas armas (que podem ser criadas e aprimoradas no decorrer do jogo).

Resumo da ópera: após tudo isso dito, o primeiro modo de assistência nos permites resumir todos os estes golpes, tanto fraco quanto forte, além das habilidades, apertando apenas o quadrado. E não satisfeito, o jogo também nos permite não apertar botão algum. O segundo modo de assistência no permite guiar os personagens e tudo se resolve automaticamente.

Mas é importante deixar claro que, estes modos de assistência só estão disponíveis no nível fácil, mas isso não vai te acarretar nenhuma desvantagem e o nível pode ser alterado a qualquer momento no decorrer do jogo.

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Um combate literalmente brilhante

Outro fator do combate que me impressionou, e que pode ser dito em relação a todo o jogo em si, foi o seu visual. Ano passado, o combate de FFXVI era muito divertido e visualmente muito incrível. Granblue Fantasy: Relink me traz essa mesma sensação, com um gráfico mais estilizado, mas ainda assim impressionante.

Quando disse mais acima que cada momento era muito bem-feito nas sessões de jogo, isso inclui também os combates, assim como os cenários. Em todos os momentos que estamos em combate, é uma explosão de luzes e partículas para todos os lados, tantos nos golpes normais como nos especiais, tudo muito lindo, literalmente lindo.

Nos combates, temos uma sinergia muito interessante entre os personagens. Além dos golpes especiais citados acima, ainda temos um golpe “super” especial, ativado por meio do L3+R3, que causa um dano muito grande. E cada um dos personagens do grupo possuem este tipo de golpe, e quando ativados em sequência, ocasionam um super golpe final caracterizado pela união de todos os ataques.

Estes ataques podem ser muito úteis principalmente nas lutas contra os chefes, que estão presentes em uma quantidade bem grande. Digo que são muitos, mas isso é muito bom, pois cada uma das lutas é sensacional e visivelmente foi feita com muito carinho. Os cenários foram desenhados conforme e luta, e isso faz com que tudo corra de forma muito satisfatória.

Os chefes possuem ataque incríveis, capazes de ocupar a tela inteira, possuem evoluções no decorrer da luta e em nenhum momento temos uma quebra de ritmo. Fora que em termos de gameplay, sempre temos uma novidade.

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Cinema!

Realmente, tudo o que se trata de visual neste jogo é impressionante. Os gráficos têm aquele visual que nos acostumamos a ver nos jogos de luta da franquia, mas que foram transportados para um visual mais 3D presente neste jogo. Cada cenário, por mais variado que seja (e são muitas variações), é muito belo.

Como já disse, sempre tem algo acontecendo, seja as gramas se movendo, a lava explodindo, entre outras diversas coisas. Tudo dá a impressão de que foi desenhado a mão de tão perfeito que é, não atoa, tirei diversas capturas a ponto de ser muito (mas muito) acima do que poderemos colocar nesta análise.

A direção de arte também fez um bom trabalho aqui, pois não adiantaria o jogo possuir um visual incrível se não houvesse uma boa direção. Neste jogo, temos alguns enquadramentos que não poderiam ser definidos de forma diferente: cinema. Muito deles vocês já estão vendo aqui nesta análise.

E se o visual está bom, o que falar então da trilha sonora? O nível de qualidade nos dois quesitos audiovisuais está bem equilibrado, com uma trilha sonora igualmente épica em todos os momentos.

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Veredito

Após elaborar tudo isso para você, não seria possível eu não recomendar este jogo, exclusivo do PlayStation, que é uma das grandes surpresas deste início de ano. A História do jogo tem seus momentos, mas no geral é bem simples, cheia de reviravoltas como de costume nos jogos orientais. Mas você não terá nenhuma dificuldade em entender o que está acontecendo pois o jogo está legendado em português.

O combate, o visual e a trilha sonora são os principais pontos positivos do jogo, mas cito também a acessibilidade que torna a experiência satisfatória para todos os públicos. Uma história direta, sem enrolação e com muita diversão. Granblue Fantasy: Relink é um jogo sensacional!

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