A pouco tempo atrás, tive conhecimento de Karma: The Dark World, por meio de um trailer que veio em conjunto com outro focado nas melhorias do PS5 Pro. Na hora que vi o trailer, foi hype instantâneo, o jogo parecia bizarro, lembrava até mesmo o Death Stranding visualmente, e isso me chamou muita atenção.
Na mesma hora, procurei um contato e finalmente pude colocar as mãos nele, e com uma certa antecedência, diga-se de passagem. Felizmente, esse hype foi correspondido e Karma conseguiu entregar tudo o que esperava, e devo admitir que um pouco mais, inclusive.

Uma investigação diferenciada
No ano passado, um dos jogos que eu tive o prazer de analisar foi o Nobody Wants to Die, um jogo investigativo muito bom. Nele, por meio de elementos do cenário, conseguimos reconstruir os acontecimentos passados que levaram a alguma morte ou alguma tragédia. Karma: The Dark World segue um pouco essa linha, mas vai ainda mais longe.
Nele, controlamos Daniel McGovern, um investigador a serviço de uma empresa chamada Leviathan Corporation. Esta empresa toma conta de quase tudo na região em que o jogo se passa, inclusive das pessoas, de forma bem autoritária e rigorosa, com toque de recolher no dia inteiro, por exemplo. E todas as ordens dela são passadas por meio de uma ia, que se chama MÃE.

Indo a fundo nos casos
Como citei mais acima, o jogo tem esse elemento investigativo em comum com o Nobody Wants to Die, mas ele vai bem além. Existe uma máquina no jogo que permite que Daniel entre na cabeça dos suspeitos, revivendo algumas lembranças e busca de mais detalhes sobre os casos.
Podemos dizer que o caso que ele está investigando toma um rumo inesperado e o coloca no meio de uma história muito maior, que pode mudar tudo. E o enredo do jogo toma um rumo muito mais bizarro e criativo do que esperava, trazendo uma história com várias camadas, mesmo não sendo um jogo tão longo.

Uma mistura de gêneros
Como disse, muito da história do jogo é por meio de investigações, e isso obviamente está bem incorporado no jogo. Pode esperar muitos documentos para ler, alguns puzzles (inclusive, um deles foi complicado de uma forma…), ligar alguns pontos da história, entre outras coisas. Porém, o jogo vai além.
Em diversos momentos, vemos elementos de jogos de terror, bem variados, dos que vemos em jogos como Outlast, Siren, Silent Hill, entre outros. Além disso, é possível observar elementos de jogos menos comuns como jogos contemplativos e até mesmo momentos de temple run (for real). Uma mistura de gêneros, que devo admitir, deu muito certo.

Visualmente muito imersivo
Uma coisa que não esperava muito era em relação aos visuais, e pelo menos na versão que testei, que foi a do PS5 Pro, o visual me surpreendeu e muito. Existem alguns locais que tem visual pouco inspirados, mas em geral, tudo está muito bonito, bem modelado e com ótimas texturas.
Mas a direção de arte também tem um papel fundamental nisso, pois embora o jogo tenha um visual legal, não são gráficos tão impressionantes. Mas a direção de arte é tão bem-feita que consegue nos deixar imersos de uma forma impressionante, e com um design de ambientes sensacional.
E é claro, para uma imersão ainda maior, um bom áudio é necessário, e aqui o sound design cumpre bem o seu papel. Em alguns momentos tive algumas falhas nesta parte, e alguns bugs, mas tudo isso estava muito bem descrito no embargo e será ajustado antes do lançamento (espero eu). Para finalizar, a trilha sonora também é muito boa!

Vale a pena?
Karma: The Dark World é daqueles jogos indies que conseguimos enxergar todo o esforço e dedicação da equipe em sua produção. A história não é nada inovadora em termos técnicos, mas tudo o que vimos no jogo é muito criativo. É uma história que se leva a sério e que tem uma duração que pode ser curta nos padrões atuais, mas que para mim, tem a duração certa.
Me diverti muito jogando, e fui positivamente surpreendido neste jogo, na real não tenho pontos negativos a citar, além dos bugs, apesar de eles não atrapalharem em nada na jogatina. Recomendo demais, pois é uma experiência bem direta e muito competente, vale a pena demais jogar! Soltaremos o jogo completo em nosso canal, não perca!
Veja também:
- Assassin’s Creed: Shadows entrega tudo o que promete, mas tem alguns deslizes – Review
- Atelier Yumia é encantador e deslumbrante
- Path of Fury – Episode I: Tetsuo’s Tower – Um Punho de Aço no VR
- A gamescom latam anuncia a participação do Steam em sua edição 2025 para apoiar desenvolvedores e distribuidores
- gamescom latam abriu inscrições para o Pitch@gamescom latam e para a Abragames Pitch Arena
Aliás, não deixe de seguir o nosso perfil oficial no Twitter(X), Bluesky, no Instagram e no Threads.

Deixar uma Resposta
Ver Comentários