LES MILLS BODYCOMBAT é daqueles experiências que vão além do jogo – Review

les mills bodycombat

Após algumas boas horas de teste, venho dar meu veredito de LES MILLS BODYCOMBAT, mas antes quero agradecer a própria LES MILLS que atendeu a nossa solicitação de código de forma muito rápida. E quero deixar desde que, para mim, este jogo vai além de apenas um jogo.

Isto pois, este jogo foi a maneira mais confortável e prática que encontrei de me exercitar, coisa que tem sido muito difícil por diversos motivos e principalmente pelo tempo. Joguei diversos jogos em realidade virtual ultimamente, e muitos me trouxeram boas experiências, que sempre me fizeram pensar que talvez existisse uma maneira de fugir do sedentarismo por meio da realidade virtual.

Tive algumas experiências bem desafiadores em jogo como Horizon Call of the Mountain, Toss e Kaiak VR, mas nenhuma destas experiências foi suficiente para me manter preso como LES MILLS BODYCOMBAT, e ainda mais falando em exercícios propriamente dito. E este jogo, além de ser desafiado pelo conteúdo, me trouxe uma vontade que até então não tinha sentido, a vontade de desafiar a mim mesmo e até onde eu era capaz de chegar.



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BODYCOMBAT

Mas antes de entrarmos de fato no jogo, antes quero falar sobre o que é bodycombat. Assim como provavelmente ocorre com você, antes eu não fazia ideia do que se tratava o bodycombat. Como disse, eu vivi uma vida de sedentarismo muito grande, do qual eu ia (e ainda vou) para o trabalho, mantenho uma rotina de estudos e ainda tenho este segundo trabalho (privilégio) que é testar jogos e escrever posts informativos em nosso site.

O tempo para a academia sempre foi curto, pois além de conseguir encontrar um horário em toda essa rotina, ainda existia todo o trajeto para chegar no local. E ir para a academia também não é a solução pois, infelizmente, sofro de uma deficiência crônica que, ao mesmo tempo que dificulta minha capacidade de fazer exercícios, também me obriga a manter um peso que não me prejudique ainda mais.

E como me manter em um peso saudável sendo sedentário, sem tempo e com um problema que me impede de me exercitar sem uma fiscalização pesada? Bom, este foi um dos motivos que me fizeram investir uma boa quantia no PSVR2 e a conhecer LES MILLS BODYCOMBAT.

Como ia dizendo, bodycombat não era um termo que conhecia, e ao pesquisar um pouco, descobri que se tratava de uma forma de ginástica que combina elementos de diversas “artes marciais, como karatê, boxe, taekwondo, tai chi e muay-thai. Com exercícios de intensidades variadas, o treino ajuda a criar resistência cardiovascular e queimar calorias. Um treino completo, dinâmico – e que faz bem para a saúde.” – Segundo a Smart Fit rsrs. Mas chega de falar sobre mim e vamos ao que interessa…



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Como o jogo funciona?

Para aqueles que se interessam por jogos em realidade virtual, é bem provável que tenha algum conhecimento sobre o jogo chamado Beat Saber. Para quem não sabe, esse jogo é, literalmente, uma mistura de Guitar Hero com Star Wars. Nele, utilizamos duas espadas laser para cortar alguns quadrados que vem em nossa direção, sempre na direção indicada por ele.

E LES MILLS BODYCOMBAT segue mais ou menos essa mesma linha, porém, utilizando golpes de artes marciais. No caso do Beat Saber, temos as músicas (que inclusive custam bem caras) para guiar nosso ritmo, e em BODYCOMBAT também, porém, temos ainda a ajuda de alguns instrutores que fazem um trabalho excepcional ao nos colocar para cima.

Um ponto negativo neste sentido, e que infelizmente é muito comum, é o fato de o jogo estar totalmente em inglês. Os instrutores são muito bons, porém, para aqueles que não entendem a língua inglesa, vão ser só algumas pessoas falando nada com nada. Pelo menos as músicas são totalmente instrumentais, então não dá para perder nada neste sentido, mas as instruções são um ponto muito forte que não vai atender aqueles que não entendem a língua, infelizmente.



Sempre vi em vídeos e filmes diversos instrutores dando suas “aulas”, mas nunca entendi na prática a diferença que isso fazia. BODYCOMBAT conseguiu me provar o quanto isso é importante para melhorar a vibe do exercício e, claro, para nos motivar ainda mais. Curti muito essa parte!

Por mesmo dos PSVR2 Sense, podemos realizar diversos golpes durante os exercícios. Quase sempre vão ser golpes com as mãos, mas ele também permite alguns movimentos utilizando as pernas, e elas são muito importantes na gameplay. Mas vamos iniciar pelos movimentos das mãos.

Como disse, o bodycombat utiliza de algumas artes marciais para fazer a sua “mágica”, então espere dar muitos socos no ar. Em nossa direção vem alguns objetos com um tipo de mira neles, tendo as cores roxa e verde. Quando vir da cor roxa, devemos acertá-lo com a mão esquerda e, consequentemente, o verde acertamos com a mão direita.

Estes objetos também vêm em algumas angulações diferentes, que muda a forma como devemos acertá-los. Quando eles vêm direcionado para nós, devemos dar socos frontais (os famosos “jab” e “cross”), mas ele também pode vir virado para cima e para os lados. Quando virado para baixo na diagonal, precisamos dar um “gancho” ou “uppercut” e quando estiverem virados de lado, damos um “Hook”, Veja a imagem abaixo para ter uma ideia (retirada da internet).

Mas não espere ficar apenas parado enquanto os alvos vem em nossa direção, pois, em diversos momentos, paredes vem em nossa direção, das quais temos que desviar. Em alguns momentos ela vem do alto, nos forçando a ficar agachado (as vezes por bastante tempo ou nos fazendo realizar diversos agachamentos).

Quando ela vem por cima, inclusive, além de ficar agachado, alvos vem em nossa direção e temos que acertá-los enquanto nos mantemos abaixo das paredes. Existem também golpes que dos quais precisamos dar joelhadas, e o jogo calcula o acerto por meio do toque da perna nos controles.

E bom, dito isso, o jogo possui 3 níveis de dificuldade, que mudam principalmente em termos de tempo de exercícios, velocidades dos alvos e variações em que eles vêm em nossa direção. Ao realizar os desafios, sempre temos visível a pontuação de outros jogadores, que nos motiva a sempre dar o melhor para conseguir a melhor posição possível.

Ao terminar os exercícios temos também algumas estatísticas bem legais como a porcentagem do nosso estado ao realizar os exercícios, assim como a quantidade de calorias queimadas, record de golpes atingidos e o XP obtido no exercício, que nos possibilita subir de nível. No menu principal temos também informações da semana, como quantidade de exercícios feito em cada dia e quantas calorias foram queimadas em cada um deles.



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Além de apenas um jogo

Cada um dos níveis possui diversas fases, e com o decorrer das fases, cada vez mais os desafios vão crescendo. No fim de cada nível, temos uma fases derradeira que nos força ao máximo, e estas foram aquelas que me fizeram sofrer mais. E apesar do termo sofrer, jogá-las e superá-las foi extremamente recompensador, por saber que eu consegui concluí-las.

Mas não apenas isso, eu posso voltar e bater minha própria pontuação, ou então superar meu estado físico em cada uma das fases, superar a pontuação de diversos outros jogadores, superar a quantidade de exercícios e calorias queimadas nos dias anteriores. Independente do tipo de jogador que você é, LES MILLS BODYCOMBAT provavelmente vai te alcançar.

E não apenas isso, ele vai te manter se exercitando ao mesmo tempo que se diverte, e isso por si próprio é uma conquista e tanto, não apenas para o jogo, mas também para o jogador. Este jogo me mostrou que posso sim sair do sedentarismo sem precisar sair do meu conforto, e caso queira, com ele consegui a experiência que precisava para ter mais força para me exercitar em outros ambientes.

Novamente, agradeço a LES MILLS pelo envio da chave do jogo, e agradeço a experiência que tive e que planejo ter por bastante tempo. É claro que, por conta dos óculos VR, esta não é uma experiência acessível para todos, mas para aqueles que tiverem oportunidade, eu não poderia recomendar mais.

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