Leonard Menchiari, conhecido pelo belíssimo Trek to Yomi, retorna com uma nova experiência, mas desta vez mergulhando no universo da realidade virtual. Path of Fury – Episode I: Tetsuo’s Tower é uma homenagem direta aos clássicos do cinema de kung fu, como Operação Dragão e Fist of Legend, trazendo combates intensos, um visual estilizado e uma proposta que mistura ação com exercício físico.
Seja para quem busca um desafio marcial imersivo ou apenas um jeito mais divertido de suar jogando videogame, Path of Fury entrega uma experiência brutalmente satisfatória.
Uma Jornada de Vingança em Realidade Virtual

A premissa de Path of Fury é simples e direta: o jogador assume o papel de um guerreiro solitário que deve subir uma torre cheia de inimigos em busca de vingança. O jogo abre com um breve interrogatório de um membro de gangue, que serve como tutorial para os comandos básicos: socar e bloquear. A partir daí, é pancadaria sem trégua.
O que torna a experiência única é o peso que cada golpe carrega. Diferente de muitos jogos de luta em VR, Path of Fury sente a força dos seus ataques, tornando cada nocaute satisfatório. O impacto dos golpes é real, e ver os inimigos desabando no chão traz uma adrenalina que faz você se sentir dentro de um filme de artes marciais.
O jogo não te pega pela história – e nem precisa. Ele se vende pela experiência visceral de subir a torre a socos, enfrentando ondas de inimigos que testam sua resistência e reflexos. Não há diálogos longos ou interrupções, apenas você e um desafio físico e mental.
O Kung Fu Como Exercício Intenso

Além de um jogo de ação eletrizante, Path of Fury também funciona como uma experiência fitness inesperadamente eficiente. A combinação de socos rápidos, bloqueios e movimento constante transforma cada sessão em um treino de cardio de alta intensidade. Não é um simulador de boxe ou um jogo que ensina técnicas marciais, mas ele coloca o jogador para se movimentar tanto que poucos aguentam mais de 20 minutos sem sentir os braços queimando.
Com a ascensão dos jogos de VR focados em fitness, Path of Fury se encaixa perfeitamente nessa categoria, mas sem parecer uma obrigação. O jogo não força o exercício, ele simplesmente acontece de maneira orgânica porque a jogabilidade é envolvente o suficiente para te fazer esquecer do cansaço – pelo menos até os músculos começarem a doer.
A única limitação aqui é a falta de ajustes de dificuldade. Não há uma opção para reduzir ou intensificar o desafio, o que poderia tornar o jogo mais acessível tanto para novatos que querem uma experiência mais leve quanto para atletas que buscam um treino extremo.
Estilo e Imersão: Um Filme de Ação dos Anos 80

Se o combate é o coração de Path of Fury, o estilo visual é sua alma. Desde a arte promocional, o jogo já estabelece seu tom: uma estética VHS granulada, como um filme perdido dos anos 80 encontrado em uma locadora de bairro. Essa identidade visual permeia toda a experiência, desde os tons neon das ruas até a direção cinematográfica dos combates.
O jogo é linear e on-rails, o que significa que o jogador está sempre avançando e não tem liberdade para explorar o ambiente. Mas isso não é uma falha – pelo contrário, a escolha narrativa ajuda a manter o ritmo acelerado e evita distrações. Os ambientes são detalhados e evocam a atmosfera sombria e suja do submundo do crime.
Um detalhe curioso é que os inimigos possuem rostos sem expressão, o que pode parecer estranho no início, mas na prática funciona bem. Isso mantém o foco na ação e no impacto dos golpes, evitando que o jogo pareça cartunesco ou exageradamente brutal.
Conclusão: Um Soco na Cara do VR Tradicional
Path of Fury – Episode I: Tetsuo’s Tower é um jogo que entende o que quer ser e faz isso muito bem. Ele combina ação visceral, uma estética impecável e um sistema de combate que te faz sentir cada golpe, tudo enquanto te coloca para suar sem que isso pareça uma obrigação.
Se você gosta de filmes clássicos de kung fu e sempre sonhou em ser o protagonista de um, essa é uma experiência imperdível. Para quem busca um jogo de luta em VR que seja ao mesmo tempo imersivo e fisicamente desafiador, Path of Fury entrega exatamente isso – e ainda deixa você querendo mais.
Agora, se você prefere algo mais relaxado ou espera um jogo com uma progressão mais rica e variada, talvez ele não seja a melhor escolha. Mas para aqueles que aceitam o desafio de subir a torre a socos, essa é uma experiência intensa, estilosa e que coloca o VR em um novo patamar de imersão.
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