Chegando agora para os consoles, Scarf é desenvolvido pela Uprising Studios e publicado pela HandyGames e THQ Nordic, e abraça o icônico gênero de plataforma 3D transportando o jogador para belíssimos cenários e uma jornada emocionante.
Em Scarf, você é um ser recém-nascido que sem rumo, está para o mundo. Você descobre ainda no início que é descendente de um dragão, cuja mãe foi despedaçada por invasores misteriosos.
Os invasores usaram os restos mortais da mãe para criar portais para novos mundos, usando o poder dentro dos fios deixados para trás. Então, você estará em uma missão de vingança, enquanto vaga por estonteantes cenários que remetem à muitos outros jogos como Journey, RiMe, Abzu e outros.
A curva de aprendizado em Scarf segue perfeitamente a progressão do jogo
A cada novo cenário, novos desafios são impostos para o jogador. Você e seu cachecol acabam progredindo conforme necessário para realizar os diversos puzzles presentes nos cenários.
No início, você é capaz apenas de andar para frente e pular, conforme o jogo avança, você poderá dar pulo duplo com suas asas, ou até mesmo planar por um certo tempo. Isso irá lhe ajudar a chegar em locais que antes não era capaz.
Deixando a exploração ainda mais completa, há alguns colecionáveis escondidos, e até mesmo em caminhos que nem fazem parte do principal dos cenários. Então, acaba sendo ainda mais gratificante você explora os cenários que Scarf lhe proporciona.
Os colecionáveis acabam sendo essenciais para sua jornada ser ainda mais completa
Diferente de muitos jogos onde, os colecionáveis são apenas um número gigantesco de itens que você pode resgatar. Scarf faz com que os colecionáveis acabe sendo prazerosos de serem encontrados.
Após você coletar as “Tintas”, você verá curtas cutscenes que adicionam ainda mais contexto à história do jogo, que por si só, acabaria sendo um pouco difícil de entender.
Enquanto alguns brinquedos são apenas itens para você completar sua lista de troféus, há também as ilustrações, que, apesar de estáticas (meio óbvio), também adicionam um contexto de história atrás de um pouco de reflexão.
Infelizmente, nem tudo são flores
Apesar de Scarf ser belíssimo visualmente, ter boas ideias e uma narrativa bem imersiva, o jogo não fica livre de problemas técnicos.
O que mais me incomodou foi, o polimento visual, que em inúmeros momentos você percebe que o seu personagem está deslizando no chão, ou então, meio desconexo com o ambiente, talvez até mesmo flutuando.
Isso acaba acontecendo inúmeras vezes durante a jornada, e, em um mundo tão belo, com uma trilha sonora calma e puzzles para pensar, acaba sendo uma forte distração. Mas, ainda é passível de ser ignorável.
O maior problema mesmo, ao meu ver, é a responsividade dos controles. Em muitos momentos eu saltava com o personagem, e tinha certa dificuldade em cair na plataforma em minha frente. É como se a física não fosse condizente com o que eu estava a realizar no controle.
Além disso, aconteceu algumas vezes de eu pular em uma plataforma adiante, cair bem na ponta do bloco, e acabar escorregando. Fazendo com que eu tivesse que voltar ao checkpoint e repetir novamente o puzzle.
Ainda assim, vale a pena jogar Scarf?
Sendo muito sincero para você, eu não sou um adepto dos jogos contemplativos. Tenho um certo problema para jogar algo como The Pathless, Abzu, Journey e outros. Não por achar ruim, mas porque o sozinho em um mundo, me dá sono.
Apesar de eu saber isso, eu decidi encarar Scarf, e de certa forma, não me arrependo. Claro que há alguns problemas aqui e ali, e a narrativa pode ser um pouco complicada de se entender. Mas, ainda assim, é um excelente jogo e que merece seu reconhecimento.
No PlayStation, que foi onde jogamos, ele custa R$ 53,90. Mesmo para um jogo do gênero, o valor é bem inferior que os demais. Então, acaba sendo uma excelente compra, e até mesmo uma porta de entrada para o gênero.
Há algo que definitivamente eu posso te garantir: Se eu que não sou fã de jogos contemplativos, adorei minha jornada, quem dirá você?
Scarf está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S. Nossa review foi realizada em um PlayStation 5, com uma chave cedida pela THQ Nordic.
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