Slime Rancher 2 traz uma clara e carismática evolução em relação ao jogo original – Preview

O primeiro Slime Rancher está na minha memória como um dos jogos que mais me divertir (e viciei) jogando, então quando o segundo foi anunciado, a minha ansiedade não poderia ter sido maior. Assim como ocorreu no primeiro jogo, Slime Rancher 2 sairia em acesso antecipado, inicialmente apenas para Xbox e PC.

Bom, eu tenho um Xbox de nova geração e um PC bem potente, mas apesar disso, admito que minha plataforma principal é o PlayStation. Então tomei a decisão de esperar o jogo sair no console da Sony, na minha cabeça, em sua futura versão completa, que foi a forma que joguei o primeiro jogo.

Mas para a minha surpresa, ao dar uma olhada nos jogos anunciados para o PS5 no canal do PlayStation, dei de cara com este jogo que tanto aguardei. E outra surpresa é que o jogo continuava em acesso antecipado, o que não é muito comum de ser acontecer no PS. Apesar de minha intenção ser esperar o jogo sair completo, esse era o empurrão que eu precisava para entrar de cabeça nesse jogo.

Do que se trata a franquia?

Para aqueles que caíram de paraquedas aqui, Slime Rancher é uma espécie de jogo de fazendinha, mas com alguns elementos de sobrevivência bem interessante. Vivemos em um mundo dominado por criaturas chamadas slime, e sim, são aquelas gelecas que vez ou outra viram febre entre as crianças (vulgo amoeba).

E é destes slimes que vem nosso sustento, pois ao se alimentarem, eles liberam um item chamado plort, que pode ser trocado por dinheiro no jogo. Sim, o cocô dos slimes é o que põe nosso alimento na mesa (figurativamente).

Bom, o jogo possui todo um sistema econômico, bem interessante por sinal. Funciona da seguinte forma: podemos encontrar diversos tipos de slime mundo a fora, e cada um destes slimes, ao ser alimentado, libera um tipo único de plort. Cada plort possui um valor determinado na “bolsa de valores” do jogo.

Então podemos sair para explorar o mundo em busca de novos itens, mas principalmente em busca de novos slimes. Ao capturá-los, podemos cuidar deles, semelhante acomo criamos um gado, e assim, adquirir os plorts que eles produzem, consequentemente, ficando cada vez mais rico.

Mas o valor de cada plort varia muito dia a dia, levando em consideração diversos fatores como a quantidade disponível, a dificuldade na criação do slimes, a raridade do slime em si, entre outras coisas. E aí, levando em conta tudo isso, um dia o valor de determinado plort está em x, mas no dia seguinte o valor pode ser y, e no final do dia tudo isso faz bastante diferença.

Porém, para mim, o ponto forte do jogo é a sua exploração, que nos permite não só descobrir novos slimes, como também resolver os diversos puzzles disponíveis pelo mapa, que nos possibilitam finalizar o jogo. É bem divertido explorar o jogo, mas também é necessário sempre voltar a fazendo para verificar se está tudo certo.

Evolução

Em determinado momento, assisti alguns conteúdos relacionados ao jogo e em minha visão, o jogo não parecia ter evoluído tanto em relação ao primeiro. Bom, após jogar algumas horas, felizmente estava enganado e o jogo evoluiu bastante em relação ao seu antecessor.

A primeira evolução se encontra, obviamente, nos slimes que encontramos no jogo. Slime Rancher 2 introduz uma quantidade considerável de novos slimes, todos eles bem criativos e com muita personalidade. Além disso, alguns dos slimes do primeiro jogo retornam com alguns trejeitos que deixam a experiência bem mais interessante.

Temos um mapa inteiramente novo, com três ilhas, até o momento, cheias de conteúdo. Cada uma das ilhas possui alguns biomas bem diferentes entre si, e em cada um podemos encontrar umas fauna e flora bem característica. Há também uma verticalidade bem maior que a encontrada no jogo anterior e um senso de exploração igualmente maior.

Assim como no primeiro Slime Rancher, temos um ciclo de dia e noite no jogo, mas agora o jogo foi além e introduziu um clima dinâmico. Então é comum vermos o tempo começar a fechar no jogo, ocasionando algumas chuvas e até mesmo tempestades de raios, estes inclusive que podem nos acertar e causar um dano considerável.

E a gameplay?

Em termos de jogabilidade, muito daquilo que vemos no primeiro jogo está de volta, só que dessa vez com um pouco mais de complexidade. Nossa “arma” sugadora de slimes está de volta, com algumas melhorias visuais, mas em termos de funcionamento, é exatamente a mesma coisa.

Com o decorrer do jogo, podemos evolui-la, assim como os outros equipamentos que adquirimos, mas agora as coisas deram uma complicada. Antes, conseguíamos adquirir e melhorar os itens mais básicos por meio do nisso dinheiro, mas agora precisamos também coletar determinados itens que são utilizados nas construções e nas melhorias, e isso requer mais exploração.

Os slimes gordos voltam a dar as caras no jogo, e para quem não está familiarizado, são literalmente slimes maiores, mas sempre semelhantes àqueles que encontramos no jogo. Eles possuem a mesma dieta que seus semelhantes menores, então temos que enchê-lo de comida até ele estourar. Estourá-los é essencial pois é por meio deles que conseguimos acesso a outros mapas e a itens importantes no jogo.

Não expliquei antes, mas cada um dos slimes possui uma dieta bem definida, geralmente variando entre legumes, frutas e carne, e outros tipos mais específicos. Mas vão além disso, pois cada um dos slimes tem um tipo favorito de comida. Por exemplo, podemos alimentar um slime que gosta de legumes com qualquer um tipo de legume, porém, se darmos o tipo favorito dele, ele gera plorts em dobro, e assim, mais dinheiro.

Temos inicialmente uma barra de vida, uma de energia e quatro “tanque” que podemos preencher com itens e slimes que encontramos no decorrer do jogo. Todos estes itens podem ser aprimorados conforme avançamos no jogo. A energia é drenada quando corremos e quando utilizamos o jetpack que adquirimos posteriormente no jogo.

Já a barra de vida pode ser drenada de diversas formas, e mais básica delas, por incrível que pareça, é por meio dos slimes. Alguns slimes podem causar danos em nosso personagem por conta do seu fenótipo, por exemplo, tem slimes que possuem espinhos, e caso nos acertem, causam danos.

Existem também slimes que emitem radiação, slimes que explodem, entre outras coisas. Alguns slimes também podem ficar furiosos a ponto de nos morderem, literalmente. Estes slimes furiosos geralmente são os largos, que são slimes ligeiramente maiores. Eles se tornam maiore ao comer plorts de outros tipos de slimes, gerando uma fusão entre os dois tipos.

Também existem os Tarr, que são slimes malignos, geralmente gerados por slimes comuns e furiosos famintos. Os Tarr atacam tanto a nós quanto aos slimes espalhados pelo mapa. Mas é possível morrer também ao sair do mapa, e é esta a forma mais comum de acontecer, e quando isso acontece, perdemos todos os itens que adquirimos até este momento.

Em Slime Rancher 2, assim como no primeiro, podemos refinar e criar diversos itens que facilitam nossa jornada, mas este segundo inclui alguns novos itens de crafting, tanto úteis como decorativos. Podemos colocar estes itens criados em qualquer parte do mapa, seja dentro ou fora da nossa fazenda.

Há alguma evolução visual/performance?

O primeiro Slime Rancher tinha um visual bem carismático, nada muito impressionante, mas era um mundo bem bonitinho. Dito isso, o segundo jogo segue a mesma linha, porém, ele evolui sim em alguns pontos.

Um primeiro ponto que é bem perceptível é que neste segundo jogo há uma presença ainda maior de cores, o que é bem impressionante visto que o primeiro jogo já tinha muitas. E isso também levando em consideração os slimes que são ainda mais variados aqui.

O jogo cresceu consideravelmente em termos de proporção, e jogando é perceptível como os mapas são mais abertos que no jogo anterior. Mas ainda assim, eles funcionam de forma bem parecida estruturalmente, com caminhos bem confusos interligando-os e portais que nos levam para outras ilhas. Mas no decorrer do jogo, conseguimos criar alguns atalhos que fazem toda a diferença.

Uma coisa que impressiona de verdade é a quantidade de slimes e coisas acontecendo em tela ao mesmo tempo. Isso evoluiu e muito em relação ao jogo anterior, então espere muitos efeitos em tela. Os gráficos também são ligeiramente superiores ao primeiro, com novas animações e texturas melhores, o que sempre é bem-vindo.

Mas dentre as coisas impressionantes, o que me chama atenção mesmo é o jogo conseguir se manter em 60 frames com todos esses elementos em tela. O jogo tem um gráfico bonito, mas nada impressionante em relação a jogos AAA que temos no mercado, mas ainda assim, são poucos os jogos multiplataforma que conseguem se manter estáveis nesta taxa de quadros. Porém, sempre há quedas nos momentos em que o jogo está salvando.

Vale a pena ou melhor esperar o jogo completo?

Bom, minha ansiedade me impediu de esperar o jogo sair em sua completude, porém, em nenhum momento isso foi motivo de arrependimento. Muito pelo contrário. O jogo, mesmo ainda incompleto, tem uma quantidade de conteúdos que, em minha opinião, é maior e de mais qualidade que o jogo anterior.

Estou com algumas horas de jogo, rapidamente liberei todas as ilhas disponíveis, mas ainda não tive tempo de explorar todas pois a quantidade de conteúdos é tão grande que me prendeu bastante nos mapas iniciais. Também é perceptível que algumas áreas estão vazias e futuramente terão conteúdos nela, mas não fazem tanta falta na real.

Um ponto meio chato é que, pelo jogo não estar completo, ainda não temos os troféus, mas, já é confirmado que quando os troféus forem liberados, tudo o que já fizemos será levado em consideração. Para mim, valeu muito a pena, e mesmo concluindo esta review (ou preview), minha vontade de jogar continua firme e forte.

Uma última coisa que quero citar é que o jogo de padrão está em inglês, mas é possível alterar para português no menu do jogo. E caso tenha curiosidade em ver como é o início do jogo, fizemos um vídeo para nosso canal no YouTube, e você pode acessá-lo clicando aqui.

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