Esta é uma das análises mais tristes que eu já fiz na vida, de um jogo que é tão promissor, mas infelizmente, comigo não rolou. Estou falando de Subside, um jogo que é quase um simulador de mergulhos, mas não digo simulador pois ele claramente é um videogame, e isso é uma decisão muito acertada.
Subside é desenvolvido pela A2D Software, está disponível para PC e PS5, sendo um jogo exclusivamente em realidade virtual. Já fiz a análise do Kayak VR, e soltei alguns vídeos no canal (do Subside também), e esse era um dos jogos mais bonitos e realistas que já tinha testado até o momento.
Eu sou muito apaixonado pelo oceano e todos os mistérios que ele esconde, então ver um jogo como o Kayak VR me deixou louco. Agora, imagina como eu fiquei quando descobri a existência de Subside… Diferente do Kayak VR, Subside nos permite explorar o oceano por completo, tanto dentro quanto fora do mar, e é um dos jogos mais belos que já tive a oportunidade de testar, se não o mais belo de todos.
Como o jogo funciona?
Pelos trailers, o jogo parece uma experiência daquelas onde, principalmente, admiramos o fato de estarmos em um ambiente que talvez nunca tenhamos a oportunidade de estar. E é claro, nadar com várias espécies diferentes. E isso só já faria o jogo ser uma experiência sensacional, era o que eu esperava.
Porém, o jogo vai muito além disso. É de fato um jogo e não apenas uma “experiência”. Mas como é a estrutura do jogo? No universo do jogo, estamos em um futuro em que podemos entrar em algumas simulações bem realistas. E é disso que o jogo se trata. Estamos em um simulador que nos permite explorar diversos mapa aquáticos.
Neles encontramos mapas razoavelmente grandes, lindos e muito detalhados, e com uma imensa gama de vida animal, das mais variadas possíveis. E estamos totalmente livres para explorar estes mapas, tanto de dia quanto de noite, inclusive, essa mudança de clima horário é simplesmente incrível, dando uma experiência totalmente diferente, mesmo que em um mesmo mapa.
Mas a exploração aqui vai além de um hobby e se torna o cerne do jogo. Precisamos explorar, e muito, pois só assim conseguimos liberar outros mapas. Os mapas são liberados conforme adquirimos mais itens. E para isso, precisamos explorar cada cantinho dos mapas.
O que poderia ser chato, porém, o jogo faz com que isso seja divertido por meio de interações sensacionais com o mapa e com a vida marinha. Além disso, existem alguns puzzles no mapa que estão inseridos de forma orgânica e nos motiva a explorar ainda mais, e de forma surpreendentemente natural.
No mapa, também encontramos diversas moedas perdidas, que devem ser coletadas para adquirirmos o dinheiro do jogo. Por meio dele, podemos melhorar nosso personagem, comprar itens cosméticos e alguns itens que melhoram bastante a jogabilidade, tornando a experiência ainda mais prazerosa. Mas o nado não é totalmente livre, dependemos do nosso fôlego, o que torna a experiência um pouco mais realista.
Visual arrebatador
O gráfico do jogo é o melhor que eu já vi em um jogo de realidade virtual, e basicamente fica restrito ao mapa do jogo. Mas o mapa é simplesmente o melhor que eu já vi. Cada detalhe escondido torna o jogo mais impressionante, e são muitos detalhes, muitos locais escondidos para explorar, e novamente, tudo parece muito orgânico no jogo, explicitando o quão bom é o game design.
Outro ponto sensacional é a vida marinha do jogo, que além de vasta, é muito bem detalhada e realista. Cada um dos peixes, tubarões, e outras espécies são modeladas de forma impressionante, algumas inclusive se mesclam aos cenários, tornando-o praticamente vivo. E a sensação de proporção que o jogo passa, é simplesmente sensacional e poucos jogos conseguem fazer isso de forma tão boa.
Sendo um jogo com um cenário aquático, a água também é um ponto bem importante, e esse jogo faz isso muito bem. É impressionante o quão bem-feita é a água do jogo, a forma como ela se move, como ela reage quando saímos da água, a forma como a luz penetra o cenário e vai desaparecendo conforme vamos afundando.
Inclusive, mergulhos a noite são um espetáculo a parte, pois o jogo possui um efeito de iluminação muito realista e as texturas conseguem ficar ainda mais belas (isso geralmente ocorre em ambientes escuros pois as imperfeições ficam mais escondidas). Inclusive, existem espécies que só aparecem de noite, então o jogo ganha ainda mais profundidade e realismo.
Vale a pena, afinal?
Esse é o ponto mais triste desta análise, pois, pelo que vocês podem ler acima, não tem nada de negativo, não é? Eu realmente não consigo pensar em nada que Subside faça que seja ruim, além de o jogo não estar em português. Porém, este jogo simplesmente não funcionou para mim, e isso é mais culpa minha do que do jogo em si.
Já postei várias análises, vídeos, inclusive de jogos completos como o Alien Rogue Incursion. Este vídeo tem mais de 6 horas de duração, e eu fiz este vídeo numa jogada só, ininterrupta. Os jogos em VR do canal são, em maior parte, longos, e geralmente gravo de uma vez só, ou seja, eu tenho a capacidade de jogar longas horas sem muito problema.
Porém, em Subside, eu simplesmente jogava minutos e passava mal, não só jogando como também horas após finalizar o jogo. O que é muito triste, pois o jogo é simplesmente tudo aquilo que sonhei. Me permite explorar o oceano, este que é um dos meus maiores sonhos, e de uma forma quase perfeita.
É realmente muito triste, no caso, especialmente para mim, mas se tratando do Subside, não teria como eu não recomendar este jogo. É simplesmente sensacional e uma das melhores experiências que já tive a oportunidade de testar. Agradeço a Nuuvem por ter nos enviado o código do jogo. Seguirei explorando o jogo, aos poucos, mas creio que uma hora meu corpo se acostume. Veremos.
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