The Invincible – Review

the invincible review

The Invincible é um daqueles jogos que é a definição total de walking simulator, mas em muitos casos, isso não define se um jogo é bom ou ruim. E o The Invincible é o perfeito exemplo desta dualidade que o gênero pode ter. Mas o jogo é bem mais do que eu poderia imaginar, e vou te dizer o porquê.

Primeiro, vamos rapidamente atrás da origem do jogo, exatamente onde ele surgiu. Para início de conversa, The Invincible é um jogo de aventura jogado na perspectiva de primeira pessoa. No jogo, o jogador assume o controle de Yasna, tripulante da nave Invincible, que deve explorar o planeta Regis III em busca de seus tripulantes desaparecidos enquanto enfrenta uma ameaça desconhecida.

Yasna tem acesso a diversas ferramentas, como um scanner e um telescópio portátil que pode ser usado para identificar objetos e ajudá-la a sobreviver na paisagem alienígena. O desenvolvedor descreveu o jogo como uma “narrativa ramificada com ênfase na escolha do jogador”. Outros personagens incluem Novik, o navegador do navio que guia Yasna durante sua jornada no Regis III.

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Story-Driven Narrative

O foco na história é óbvio desde o início, e isso fica ainda mais claro quando descobrimos que o jogo é baseado em uma obra literária real. Se procura um jogo com uma boa história, pode ter certeza de que vai encontrar isso em The Invincible, mas se procura algo além disso… Bom, talvez devesse procurar em outro lugar.

Citei acima que podemos utilizar algumas ferramentas, que mudam a gameplay de certa forma, e até aí tudo bem. Porém, o jogo mantém um ritmo bem lento, quase parando, principalmente no início. Mas após terminar, é legal pensar que o jogo começou tão low-profile, e atingiu um nível de escala bem grande (com as devidas proporções orçamentárias).

Porém, é triste também que o jogo não consegue manter-se interessante em sua parte final. Mas talvez seja decorrente das minhas escolhas? Pois sim, este jogo possui um sistema de escolhas, que me fez sentir algumas diferenças bem perceptíveis. Creio que não seja suficiente para mudar totalmente o rumo da história, mas causa impactos bem visíveis.

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Personagens bem escritos

O início do jogo e até a sua parte final, somos encorajados a desbravar Regis III e todos os seus mistérios. E é exatamente este o ponto alto do jogo, o mundo e os mistérios que ele nos proporciona. Aqui temos elementos de suspense, terror, investigação, política, ciência, biologia e tudo o que uma boa história de ficção científica pode ter.

Os personagens presentes na história têm uma boa profundidade e complexidade, que os torna críveis, porém, isso acaba perdendo bastante força devido a limitações no orçamento. Ao assistir os trailers do jogo, imagina que seria mais um indie curto com uma historinha legal. E bom fui surpreendido de forma positiva neste sentido.

O jogo é bem grande em escala. Além daquelas ferramentas citadas, temos um grande mundo para explorar, com diversas ramificações e caminhos a prosseguir. Podemos atravessá-lo tanto a pé quanto utilizando veículos. Os cenários são bem grandiosos e bonitos dadas as proporções, e se mostram nas mais diversas variações.

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Altos e Baixos

O clima também muda em algumas fases, o que tornou quase sempre a experiência muito mais deslumbrante. Os gráficos não são nada de fazer o queixo cair, mas está tudo tão legal que me faz pensar que este jogo as vezes é maior que muitos AAA que temos por aí. Mas quando vemos as animações e as expressões, fica claro que o jogo possui uma grande pendência de orçamento.

Muitos jogos possuem este problema orçamentário, porém, eles fazem um bom trabalho ao camuflá-los. Porém, este jogo tem uma proposta de ser um jogo daqueles chamados “story-driven”, ou seja, pode esperar muito diálogos. Mas acaba sendo um pouco chato neste sentido pois por muitas vezes, nos pegamos lendo um diálogo com minutos de duração e com um personagem parado na tela.

Até parte do jogo onde tudo ainda estava meio confuso, os diálogos funcionavam. Mas conforme passa o tempo, mas personagens vão aparecendo, temos até mais ação (o que não é ruim), porém, o ritmo não parece funcionar da maneira que deveria. O jogo vai de “caramba, quero continuar jogando para entender tudo o que está acontecendo” para “caramba, esse jogo não acaba? Estes diálogos nunca terminam?”.

E outra coisa negativa que o jogo traz é o fato dele estar com diversos problemas de performance, o que atrapalhou (e muito) a minha experiência. A ponto de chegar aos momentos finais e pensar em desistir pelo fato de um bug me impedir de avançar na história. Isso fora a constantes quedas de frames, travamentos e crashs que o jogo possui.

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Mas afinal, valeu a pena?

The Invincible pode ser finalizado em menos de 10 horas, e em grande parte destas horas, foi um jogo que me impressionou muito. Tanto a sua história bem escrita quanto seu escopo ambicioso. Porém, graves quedas de ritmo acontecem no decorrer da história que simplesmente tiram todo o seu tesão. Pelo menos no meu caso.

Mas sei que existe um púbico que vai sair bem satisfeito com o jogo. Até mesmo no meu caso, eu consigo perceber que no geral a experiência teve mais pontos positivos do que negativos. O jogo não é perfeito, e nenhum jogo vai ser, cabendo novamente a nós decidir o que vale ou não a pena investir. E na minha opinião, vale sim.

Vale a pena citar também que o jogo está legendado em nossa língua nativa, o que possibilita uma experiência muito mais confortável ao jogá-lo. A trilha sonora, apesar de simples, é bem legal e faz um bom trabalho ao criar ainda mais imersão nesta história. Mas e aí? Se interessou no jogo? Diz aí nos comentários!

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