A Fisherman’s Tale é um daqueles jogos que conseguem no fazer lembrar o quanto videogames podem ser mágicos, e isso sem ter que apelar para gráficos realistas ou uma história complexa. O que este jogo consegue entregar em uma hora é uma experiência que alguns jogos não conseguem com centenas de vezes mais duração.
A pouco tempo atrás, assim que adquiri o meu PlayStation VR2, uma das primeiras experiências que tive com o headset de realidade virtual, foi com o Another Fisherman’s Tale. E eu lembro de ter sentido essa sensação também, de ser um jogo mágico, porém, aqui a experiência é um pouco diferente.
Agora jogando o primeiro jogo, após o segundo, percebo o quanto esse jogo evoluiu, em termos de gameplay, história, visuais etc. E ainda assim, jogar A Fisherman’s Tale foi uma experiência incrível, que funciona de forma isolada do segundo, e faz isso muito bem.
Um jogo mágico
O segundo jogo tem aquela sensação de magia que comentei, mas ele tem uma complexidade muito maior. A história tem seu peso, sua maior dramaticidade, entre outras coisas. A gameplay mesmo tem muito mais elementos que o primeiro jogo. Mas surpreendentemente, o jogo parece não sentir falta destes elementos.
Por meio das limitações, o jogo encontra como seu ponto mais forte a criatividade. Aqui temos muitos puzzles que utilizam principalmente a perspectiva, de forma sempre criativa e inusitada. Precisamos passar basicamente por alguns puzzles em alguns diferentes cenários, e a resolução deles é em geral bem simples, mas não chega a ser cansativo, afinal o jogo é bem curto, e mesmo que se baseiem na mesma lógica, a aplicação funciona de forma diferente.
No jogo, podemos fazer poucas coisas, mas é suficiente para a experiência que o jogo propõe. Podemos basicamente nos mover pelos cenários e pegar os objetos que nele existem. O pescador que controlamos é um boneco de madeira, e isso o concede algumas habilidades sobre-humanas. Por exemplo, podemos respirar de baixa d’água sem nenhum problema, e temos a habilidade de esticar nosso braço, fazendo com que seja possível alcançar objetos em uma distância maior.
O poder da simplicidade
Em termos de história, também não temos nada muito grandioso aqui. O que temos é basicamente um objetivo, chegar em tal local, por exemplo. E nessa pequena jornada para alcançar esse objetivo, vamos conhecendo mais sobre o personagem e a história de seu pai. Tudo muito simples, diferente do segundo jogo por exemplo que tem o dobro de duração pelo menos. Mas essa falta de enredo não faz falta.
Em termos de visual e trilha sonora, tudo se mantém na simplicidade. É um jogo com um visual cartoon, com cenários bem coloridos e chamativos. E ainda assim, o jogo consegue apresentar uma beleza muito grande, existem cenas que impressionam pela beleza, ainda mais quando estamos dentro daquele mundo. E mesmo essas cenas que impressionam, tem uma composição muito simples.
Vale a pena!
Tudo em A Fisherman’s Tale é muito simples, e não só está tudo bem ser assim como é ótimo que ele seja assim. Foi uma experiência mágica, assim como o segundo jogo, e sua simplicidade torna o jogo muito mais leve, e posso dizer até relaxante. Este port permite ter essa experiência no headset de nova geração da Sony, e recomendo fortemente este jogo!
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