Como de conhecimento geral, a alguns dias o Phil Spencer, líder da divisão Xbox participou de um podcast sobre o futuro dos negócios da empresa. Um dos principais pontos a ser tocado foram os primeiros jogos a chegarem aos consoles rivais, inicialmente quatro deles.
E não se engane em relação a outros jogos, pois se estes quatro jogos piloto fizerem sucesso, com certeza outros também chegarão. Mas este não é o assunto principal, mas ele está relacionado pois vivemos em um mundo cujo parte da comunidade existe apenas para exaltar uma marca, e consequentemente, diminuir a outra.
Como acontece diversas vezes por ano, tivemos acesso a algumas informações referentes ao ano fiscal da Sony PlayStation. Um dos principais pontos que geraram comoção por parte da comunidade é o fato de a Sony diminuir a previsão de vendas de 25 para 21 milhões no ano fiscal.
Alguns caracterizaram tal fato como um fracasso da Sony, mas será que é mesmo? Recentemente a Rockstar Games liberou alguns documentos com algumas informações interessantes, uma delas dizendo que a geração atual teria vendido cerca de 77 milhões de consoles.
A Microsoft tem o costume de não revelar as vendas de consoles e nem diversos outros números, porém, isso acaba sendo um pouco inútil pois empresas como a própria Rockstar e a Sony liberam este tipo de informação. Fazendo uma subtração do valor total indicado pela Rockstar e o valor indicado pela Sony, é possível verificar que o total de vendas em todos os três anos de geração do Xbox Series chega entre 24 a 25 de unidades.
Levando em consideração que só neste ano fiscal a Sony tem como previsão vender 21 milhões de unidades do PlayStation 5, que é basicamente tudo aquilo que o Xbox Series vendeu em todo seu ciclo de vida, acho difícil pensar que este número se encaixaria em um fracasso.
Então, partindo para outro ponto, com o recente anúncio de que o Xbox partiria para um modelo mais multiplataformas, o presidente interino da PlayStation deu algumas declarações que poderiam indicar que a Sony talvez seguisse o mesmo caminho, como já está acontecendo com o PC.
É claro que alguns sites e canais oportunistas começaram a criar conteúdos indicando que os jogos do PlayStation também chegariam ao Xbox, fazendo com que algumas comunidades mais barulhentas engajassem no assunto e, consequentemente, gerasse cliques.
Mas com uma simples pesquisa, é possível encontrar na internet um documento liberado pela própria Sony que indica quais seriam estas plataformas e, pasmem, Nintendo Switch e Xbox explicitamente não são uma delas. E caso não confie neste documento aqui, é possível entender isto por meio de uma entrevista dada pelo próprio Hiroki Totoki.
Conforme indicado na entrevista, é possível que alguns jogos cheguem mais rápido no PC visando um crescimento nos lucros da empresa, exemplo disso é o próprio Helldivers 2 que está tendo um sucesso absurdo. E neste ano ainda teremos o Concord que também saíram para o console da Sony e PC simultaneamente. Mas caso queira um jogo PlayStation no Xbox, MLB The Show está aí, inclusive no Game Pass.
E bom, uma coisa que também pode ser frisada é que tudo o que o Totoki fala pode cair por terra, e isto pois, conforme dito, ele é o presidente interino na empresa. Daqui a um tempo, teremos um presidente em definitivo, e suas ideias podem tanto ir neste caminho como podem ir em um caminho totalmente contrário.
Outra coisa que bombou nos últimos dias foi uma frase que o presidente soltou dizendo que os estúdios deveriam “assumir a responsabilidade pelos prazos de desenvolvimento”. Logo, os barulhentos começaram a gritar, ainda mais com a informação de que não teríamos jogos grandes este ano.
Mas, mais uma vez, esta frase foi interpretada errada e não se tratava dos estúdios first-party da Sony, e sim um estúdio interno da empresa que se mantém independente de fato: a Bungie. Apesar da PlayStation ser dona do estúdio, a Bungie atua de forma totalmente independente e seus jogos, tanto atuais como futuro, estarão em outras plataformas, e isso inclui o Xbox. E é fácil entender o porquê desta frase, afinal, o estúdio adiou recentemente uma expansão de Destiny 2.
E como citamos o fato de o PlayStation não possuir grandes jogos first-party até março de 2025 (fim do ano fisca de 2024), diversos sites fizeram questão de não passar a informação completa para o público. Foi citado que não teríamos jogos de grandes franquias, como God of War Ragnarok ou Marvel’s Spider-Man neste período, o que é totalmente compreensível.
E nem é preciso falar que nos últimos anos tivemos vários jogos de sucesso que não eram de grandes franquias da Sony, como Ghost of Tsishima, Death Stranding, Horizon Zero Dawn, Returnal, Helldivers, Bloodborne e diversos outros jogos superinteressantes. E não é como se não tivessem jogos para lançar neste período.
Só neste início de ano o console da Sony teve jogos como Silent Hill: The Short Message, Helldivers 2, Granblue Fantasy: Relink, em breve vai ter o Final Fantasy VII Rebirth, Rise of The Ronin, Stellar Blade, Concord, Silent Hill, Until Dawn, Pacific Drive e muito mais, conforme indicamos no nosso post. E não apenas isso, conforme indicado nas imagens abaixo, um grande Insider diz que possivelmente a Sony terá um ano muitos grande no próximo ano fiscal.
Dito isto, é muito pouco provável que a Sony esteja em uma crise conforme alguns canais, sites e comunidades tentam colocar. Ela se mantém líder de mercado e pode se dar ao luxo de não ter um jogo de uma franquia grande por bastante tempo, mas pelo menos tem sido bem transparente em relação a isso.
Este ano possivelmente ainda teremos um anúncio do PS5 Pro que acompanha o início da segunda metade desta geração e já trabalha no console da próxima que chegará provavelmente em 2028. Isso sem contar que já possui um jogo em desenvolvimento com o Hideo Kojima, que caracterizou o jogo como a culminação de seu trabalho, ou seja, podemos esperar algo grande.
Se eu puder te dar um conselho, seria: veja bem quem são suas fontes e quem você acompanha para se manter em dia nos assuntos da indústria. Uma (grande) parte dos veículos só quer ver o circo pegar fogo para gerar cliques ou tentar compensar os erros de um lado tentando atacar o outro. As fontes das informações citadas estão linkadas no texto.
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