Seguindo a minha longa jornada em busca de novas experiências em realidade virtual no PlayStation 5, eis que me deparo com Last Labyrinth. Pelo nome, imaginei que se tratasse de algum jogo do qual teríamos que escapar de um labirinto de alguma forma, não fui atrás do jogo para preservar minha experiência.
E bom, ao entrar no jogo, meio que é isso, mas muito mais. A minha primeira impressão foi bem positiva, pois apesar de ter um pouco daquilo que eu imaginava, era também um pouco diferente, e confesso que também um pouco desesperador. Mas vamos por partes.
Boas possibilidades
Algo que não esperava neste jogo era que ele poderia ser jogado tanto por meio da realidade virtual quanto por meio do controle tradicional. Em termos técnicos a experiência é bem semelhante, mas em termos de imersão, não tem nem comparação.
Por meio do VR, a experiência fica bem mais suave e dinâmica, natural, mas ser possível jogar de forma tradicional é uma boa adição. Isto pois, jogar em VR é muito legal, mas por vezes, pode ser mais cansativo fisicamente falando. E este jogo nos possibilita dar uma descansada neste sentido sem precisar parar de jogar.
Porém, este Last Labyrinth é um dos jogos em realidade virtual dos menos cansativos fisicamente pois este jogo tem que ser jogado sentado, exclusivamente. E pelo tipo de jogo, faz o total sentido que ele seja assim. Ah, e outro ponto que sempre elogiarei é o fato de o jogo estar localizado em português.
Início chocante
Ao entrar no jogo, me dei de cara com um cenário muito escuro e uma luminária. E ao mirar no local onde acende, uma pequena menininha que é literalmente o core do jogo. A personagem possui um visual bem legal, muito bom em termos visuais. Não é um gráfico realista neste caso, mas estilizado de uma forma bem bonitinha.
É bem claro que em termos técnicos, a maior parte dos esforços da equipe foi nesta personagem, pois a diferença gráfica dela em comparação com os cenários é bem grande. Mas se o cenário é simples em termos gráficos, quando se fala em modelagem, é muito bom. Não que os modelos sejam lindos, longe disso, mas existem em uma variedade bem grande.
Um breve resumo
Antes de falar o motivo de o jogo ter me chocado, vou falar um pouco sobre como é a estrutura do jogo. Bom, acima citei que a garotinha é o core do jogo, e a razão disto é porque sem ela, o jogo não acontece, literalmente.
Nosso personagem se encontra preso em uma cadeira de rodas, inclusive com seus braços presos. E nos sobra apenas a indicar os locais onde a menina deve interagir para dar seguimento ao jogo. E está é a estrutura do jogo. Vamos para diversas salas nas quais precisamos resolver puzzles para passar para a próxima e, enfim, sair daquele local.
Em termos de jogabilidade, como disse, apontamos para os locais onde a menininha precisa interagir, e serão vários locais possíveis, restando apenas raciocinar e escolher os corretos para prosseguirmos com a fase. Ao apontarmos para um local, a menininha vai lá e indica o local, e neste momento precisamos acenar a cabeça positiva ou negativamente para ela então prosseguir com a ação.
Um pouco pesado
Mas o que me chocou mesmo são os momentos em que as coisas dão errado. Ao resolver os puzzles, passamos para outra fase e tudo certo, mas ao errar, temos sempre uma cena de morte para a garotinha. Não temos nada super sangrento, mas o jogo a coloca em situações bem pesadas, e mesmo que não tenha sangue, o desespero dela e consequente morte são bem desconfortáveis.
E o desconforto aumenta quando vemos essas mortes brutais acontecendo com uma criança, e em seguida com o nosso personagem. Mas apesar de desconfortável, a gente acaba acostumando-se com o tempo, e é possível não ver pois o jogo indica para gente quando um puzzle foi resolvido com sucesso ou não (mesmo assim, espere alguns sustos pois o jogo adora brincar com nossa expectativa). Mas a primeira morte, que é a mais chocante para mim, não tem jeito.
Este início é muito bem pensado para nos chocar, e o próprio puzzle vai de encontro a esta sensação pois, este puzzle que causa a primeira morte da menina, à primeira vista é supercomplexo, cheio de elementos que causa um certo desespero. Porém, sua resolução é muito simples.
O jogo gosta de nos colocar em situações desesperadoras, que são amplificadas pelo fato de estarmos praticamente indefesos ali e não podermos nem ajudar a menininha direito. Em alguns momentos, enfrentamos alguns inimigos, e a sensação de desespero para resolver aquelas situações é bem intensa.
Valeu as horas gastas?
Last Labytinth é bem curto, tendo cerca de quatro horas de duração, que em termos de um jogo em realidade virtual é um tempo bom. Ele tem uma historinha de fundo, que inicialmente não faz muito sentido, mas com o decorrer do tempo, as coisas começam a fazer sentido e ficam bem legais.
Novamente é uma experiência diferenciada, e que eu não esperava ter, que realmente mexe com a nossa ansiedade. Gostei muito da experiência, mas não sei se recomendo para todos, pois pode ser um pouco chocante demais para certos públicos, ainda mais tendo toda esta imersão do VR.
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