Anunciado despretensiosamente este ano, Nobody Wants to Die surpreendeu a todos por ser um anúncio inesperado e por apresentar um visual muito bonito, ainda mais levando em consideração a falta de marketing e o fato de ser o primeiro jogo deste estúdio, o Critical Hit Games.
Eu, sendo um sommelier de gráficos e de uma história envolvente, fiquei imediatamente hypado para colocar as minhas mãos neste jogo. E este hype ficou ainda maior quando vi muita gente comentando positivamente sobre a gameplay do jogo que foi liberada posteriormente, que não vi como de costume.
Solicitei o jogo e fiquei aguardando ansiosamente pela sua chegada, em dúvida se de fato ocorreria, mas com esperança. Bom, e o momento chegou, recebemos ele, e entrei nele o mais rápido possível. Ao entrar no jogo, não precisei nem de muito tempo para perceber que Nobody Wants to Die era…
Impressionante
Como disse, não houve muito marketing relacionado ao jogo, e isso fez com que a experiência fosse ainda mais impressionante pois o seu visual é uma coisa absurda. Tudo nos mínimos detalhes é impressionante, num visual noir que brilha em tela. Tanto os cenários quanto os personagens que vemos em tela são muito bem-feitos.
Os cenários, inclusive, sempre que possível, tentava nos passar a proporção daquele mundo que o jogo nos colocou. E Nobody Wants to Die passa bem a magnitude desse universo que adentramos, mas nem só de visual um mundo sobrevive, e o jogo conseguiu criar um mundo bem convincente construindo uma história para ele bem original.
Um futuro criativamente assustador
Neste mundo, a morte não é necessariamente o fim para as pessoas. Neste futuro, os humanos conseguem transferir suas consciências de um corpo para o outro, de forma que, caso uma pessoa morra, é possível transferir sua consciência para o corpo de outra para que assim continue a viver.
Todo mundo ali pode fazer isso, mas aí entra o capitalismo, que também permeia este universo. Existem diversas classes de corpos neste mundo, e é claro que os ricos conseguem corpos melhores, no sentido de corpos com certas habilidades ou diferenciais.
Enquanto aqueles que não possuem tanto dinheiro disponível tem que se contentar em adquirir um corpo de um viciado ou de alguma pessoa com algum problema. E lidar com os problemas de um novo corpo acaba sendo uma coisa comum para aqueles que não tem condições de investir em um corpo de uma pessoa jovem, por exemplo.
Mas existe uma maneira de lidar com estes problemas, pelo menos amenizá-los, que é por meio de um remédio, chamado Ambrosia. Nosso personagem é o James, um policial afastado que tem que lidar com um corpo problemático e com seus fantasmas interiores. Porém, ele quer voltar a ativa, e para isso aceita uma missão teoricamente simples, mas que mexe bastante com sua cabeça e o envolve mais do que ele esperava.
Aqueles que morrem neste mundo e não tem condições de pagar um novo corpo, tem a sua consciência armazenada em um tipo de banco. Lá ela ficará até o fim dos tempos, a menos que alguma pessoa consiga dinheiro suficiente para conseguir um corpo para ela.
Como o jogo funciona?
Em termos de perspectiva, este jogo é totalmente em primeira pessoa, o que ajuda em termos de imersão, e este jogo manda muito bem nisso. É um jogo com uma narrativa muito forte, que nos permite tomar decisões que afetam o rumo da história. Não é um jogo cheio de ação, é uma história clássica de detetive, mas que nos prende pelo seu enredo envolvente.
Nobody Wants to Die é bem futurista, e por isso, as ferramentas que temos disponíveis nas investigações são bem avançadas. Uma coisa que temos, e que já existe, é uma lâmpada UV, que nos permite localizar rastros de sangue e até mesmo dizer a quem o sangue pertence (essa segunda parte não existe ainda, eu acho).
Outra coisa que não é tão inovadora é uma câmera, que nos permite tirar fotos das provas para analisá-las melhor. Agora, sendo um pouco mais inventivo, temos uma ferramenta da raio-x que nos permite ver rastros de bala, localizar o atirador e até mesmo visualizar a icorita nos corpos, sendo ela a forma de armazenar a consciência das pessoas.
Mas de todas as ferramentas, a mais interessante é o reconstrutor, que permite reconstruir totalmente a cena do crime para saber exatamente o que aconteceu. Mas não é simples assim, para reconstruir totalmente a cena, precisamos alcançar determinados momentos e procurar por provas que nos levem ao próximo momento, e seguir assim até que cheguemos à conclusão da cena.
Ao finalizar estas cenas, recolhemos as provas e vamos a um “local seguro” para analisar cada uma delas e entender como cada uma delas se liga. E com esta análise, podemos entender o que aconteceu ali, quem foi o responsável e como isso nos ajuda a prosseguir na investigação final.
Como é a história?
Como já disse, o grande foco do jogo é a imersão, que é alcançada por meio do seu visual muito bonito, a perspectiva em primeira pessoa muito bem-feita, mas principalmente pela história do jogo. O universo em geral do jogo é muito interessante, com um mundo bem plausível e criativo, mas acima de tudo, com personagens muito bem escritos.
A história do jogo não é exatamente original, já a vimos sendo contadas de diversas formas no cinema, em séries e na literatura, porém, isso não tira o brilho do jogo. Acompanhamos o assassinato de um ricaço, que está profundamente envolvido com o mundo do crime. E nesta investigação, percebemos que estamos muito mais ligados aos fatos do crime do que imaginamos.
E as escolhas que fazemos no jogo fazem diferença na história, a ponto de por exemplo chegarmos ao final do jogo sem ter resolvido o crime, que foi o que aconteceu comigo por exemplo e que você poderá ver em breve no nosso canal do YouTube, onde postaremos a minha jogativa no início ao fim.
Valeu a pena?
Bom, como disse, vi apenas o trailer de anúncio do jogo e nada mais, e por isso, entrei neste jogo sem saber exatamente o que poderia encontrar. E assim, encontrei em Nobody Wants to Die uma experiência muito imersiva e impressionante principalmente por conta do seu incrível visual.
O jogo possui uma jogabilidade sólida, um universo muito bem elaborado, e uma história que, apesar de clichê, ainda assim muito interessante. Não é um jogo longo, sendo possível terminá-lo em cerca de 5 horas, e não é difícil, pois não há muitos desafios por aqui.
E ainda assim, a experiência foi extremamente satisfatória. E apesar de sua curta duração, o seu valor também é um atrativo pois não é aquele preço cheio que costumamos ver em muitos jogos. Na minha opinião, a experiência que Nobody Wants to Die me proporcionou valeu muito a pena. Se quiser ver o início do jogo antes de embarcar nele, você pode ver clicando aqui.
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