Oceanhorn 2: Knights of the Lost Realm é um pequeno jogo que se encaixa num gênero que podemos chamar de Zelda-like. É um videogame de ação e aventura em mundo aberto desenvolvido pelo estúdio finlandês Cornfox & Bros.
Originalmente, o jogo estava disponível apenas para usuários de iPhone, por meio da Apple Arcade, uma assinatura semelhante a que encontramos no PlayStation Plus Extra / Deluxe ou no próprio Game Pass. E se olharmos por este lado e levarmos em consideração que Oceanhorn 2 é desenvolvido por um pequeno estúdio, temos aqui um jogo que tem muito potencial.
Apesar de ser desenvolvido para mobile, a versão que testamos foi a de PlayStation, mas o jogo também já está disponível para Xbox, PC e Switch. Mas vamos ao que interessa:
Como o jogo funciona?
Como já dito, temos aqui um mundo aberto que é bem amplo, ao mesmo tempo que limitado, cheio de inimigos e puzzles para resolver. Para aqueles que gostam de The Legend of Zelda, principalmente os mais antigos, este jogo pode ser um prato cheio, é claro, levando em conta as devidas limitações orçamentárias que o jogo possui.
No sentido de mecânicas, podemos fazer muitas coisas em diversos âmbitos. Em nível de combate, podemos bater, obviamente, nos esquivar, correr, agarrar e jogar objetos, nadar, escalar, nos defender com o escudo e utilizar armas de longo de médio / alcance. O destaque aqui vai para a quantidade de acessórios que podemos utilizar, que vai além de apenas um para cada uma destas sessões.
E muitos destes acessórios, apesar de serem na teoria apenas para combate, tem outras funções. Por exemplo o escudo também pode ser usado para empurrar pedras, ou as armas podem ser utilizadas para acionar alguns locais específicos etc. E uma coisa importante que também muda a dinâmica do jogo são os fatores elementais, por exemplo armas de fogo, elétrica etc. Além disso, o jogo também possui alguns minigames bem divertidos.
E o combate?
Já que estamos falando de combate, temos uma boa quantidade de inimigos em Oceanhorn 2, mas poucos são aqueles que oferecem algum nível de desafio, se desconsiderarmos a não correspondência das ações do personagem que acabam atrapalhando em alguns momentos. A maioria dos inimigos tem poucos tipos de ataques, o que os torna bem previsíveis, mas alguns inimigos são bem legais e impressionam pelo escopo do game.
Mas não estamos sozinhos nesta história. Em muitos momentos, temos alguns companions que nos ajudam no combate, e acaba por facilitar um pouco a resolução deles, mas que em nenhum momento passa a sensação de ser incômodo. Eles têm um papel importante tanto na jogabilidade quanto na história.
Muita exploração
O jogo possui um pequeno mundo aberto que é razoavelmente explorável e que nos possibilita adentrar em diversas missões, tanto principais como secundárias. E a exploração não ocorre apenas a pé. Podemos navegar pelo oceano, utilizar alguns tipos de veículos, entre outras coisas. Mas a exploração não é simplesmente sair andando de um lado para o outro.
Muitos dos cenários estão inicialmente bloqueados, sendo necessário resolver alguns puzzles para que eles se tornem acessíveis. Os puzzles são divertidos o suficiente para não serem extremamente cansativos nas pelo menos 12 horas de conteúdo que o jogo tem, que pode chegar até a 20 levando em consideração missões secundárias e exploração.
Explorar também faz com que nós encontremos alguns itens que possuem diversas funções. Por exemplo, podemos encontrar itens para encher a vida, munições para diferentes tipos de armas, alguns itens consumíveis que permitem melhorar nossas armas, entre outras coisas. Sempre aparece alguma novidade no jogo, e isso é bem importante para o fator diversão.
É válido comentar que o jogo está totalmente em português, o que é louvável para jogos menores como este. Os personagens são dublados (não em nossa língua), e a dublagem é bem fraquinha, mas temos muitos exemplos por aí de jogos que nem isso tem, então é algo que se pode elogiar. Além do fato de que o jogo está ostentando 60 frames por segundo.
Qual a história do jogo?
Oceanhorn 2: Knights of the Lost Realm, ambientado mil anos antes dos eventos do primeiro capítulo, leva você em uma jornada mágica pelo vasto mundo de Gaia, repleto de mitologia e folclore. Um jovem cavaleiro enfrenta um desafio impossível quando o bruxo Mesmeroth retorna com um temível Exército Sombrio. Será que o nosso herói conseguirá unir os Owrus, Gillfolks e os homens em uma luta pelo destino do mundo?
Você não fará essa jornada sozinho. Trin, a neta de Arquimedes, líder de Arcádia, e Gen, um misterioso robô que carrega uma antiga arma de samurai, juntarão forças com você e lutarão ao seu lado contra o Exército Sombrio de Mesmeroth. Comandos contextuais permitem a você direcionar esses aliados em batalha, ou fazer com que eles o ajudem na solução dos quebra-cabeças mais difíceis do jogo!
E o visual? O jogo Vale a pena?
Bom, em termos visuais, não tem nada que impressione, mas também não é nada horroroso. O jogo possui um gráfico cartoon, novamente, semelhante ao que encontramos em Zelda, mas bem mais simples. Aos olhos, é bem agradável, mas quanto mais fundo olhamos, mais vemos as imperfeições. Porém, isso não tira os méritos do jogo.
Os cenários são bem montados, muitos dos itens presentes nele podem ser destruídos, alguns simplesmente pelo fato de ser divertido, enquanto outros podem nos liberar alguns itens. Os inimigos até tem um visual bonitinho, mas as animações estão longe de serem agradáveis. Alguns inimigos parecem se mover pelo cenário sem animações, principalmente nos combates.
Mas estes defeitos podem ser derivados da falta de orçamento, que é o principal defeito do jogo. E é ais fácil pensar dessa forma pois o jogo é sim bem-feito, e é perceptível que a equipe que o produziu colocou muito carinho ali. No final, temos sim um jogo que precisa aparar muitas arestas, mas que em termos gerais, é divertido, com uma historinha legalzinha, um combate muito simples, mas legal e um visual que segue a mesma linha.
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