Oxenfree II: Lost Signals – Review

Oxenfree II: Lost Signals Review

Oxenfree II, obviamente, é uma sequência, mas não foi um jogo que eu tive acesso, então entrei nesta jornada sem nenhum conhecimento prévio. Não sabia o que esperar do jogo, e talvez por isso saí tão satisfeito com aquilo que vi.

Este ano tivemos alguns bons jogos como Final Fantasy, Legend of Zelda e ainda vai ter alguns jogos como Starfield e Spider-Man 2, e como você pode ter notado, todos os jogos citados são jogos gigantes. E Oxenfree II vai totalmente contra essa maré de jogos cada vez maiores e traz um jogo bem simples. Mas um jogo muito bom.

Uma jornada simples e envolvente

É um jogo indie, mas nem tanto pelo fato de a Netflix ter adquirido o estúdio responsável pelo jogo, mas em termos de investimento, é sim um jogo indie. E apesar de o dinheiro ser um problema para os jogos indie, tem o benefício de ter uma liberdade criativa maior do que seria com jogos de maior orçamento.

Bom, o jogo é muito focado na história dos personagens e do universo, e para mim, é o ponto mais forte do jogo. Mas vamos falar então de como o jogo funciona. No jogo, basicamente andamos de um lado para o outro para realizar alguns objetivos. Temos um mapa que é bem criativo, que nos permite escolher a ordem das áreas que vamos acessar.

Do início ao fim, temos uma perspectiva de um jogo 2D, onde vemos os personagens de forma horizontal, mas os mapas possuem uma profundidade que permite aos personagens também se moverem de forma vertical. É confuso explicar, é confuso quando se vê acontecendo também, mas funciona.

 

Meio que um walk simulator

Além de andar, andar e andar, os personagens também são capazes de escalar paredes, subir em relevos mais altos, e fazer rapel. Mas tem também algumas mecânicas interessantes, como a possibilidade de acessar frequências de rádio, que possibilita captar algumas diferentes frequências, que aprofunda mais a história e até mesmo resolve alguns puzzles.

Além disso, temos alguns personagens que não vemos de fato no jogo, mas que podemos interagir por meio do rádio, alternando entre os canais disponíveis. O jogo até possui uma certa exploração, pois existem itens colecionáveis no cenário, mas nada que nos motive muito a sair a procura.

E além de andarmos de um lado para o outro e procurar os itens colecionáveis espalhados pelo mapa, o jogo ainda possui algumas missões secundárias que, novamente, não nos motiva muito a realizá-las. E é isso que podemos fazer no jogo, não muita coisa, o que tornaria o jogo bem repetitivo e monótono, não é?

Mas como citei, o ponto forte do jogo é a sua história, e ela está presente do início ao fim, principalmente por meio dos diálogos. Se você é daqueles que não gosta de jogos com muito diálogo, recomendo passar longe deste jogo. Mas se você gosta de uma boa história, cheia de camadas e mistério, esse jogo vai te prender do início ao fim.

História que te prende

Por mais que em termos de gameplay o jogo seja bem simples e repetitivo, a história está presente do início ao fim, literalmente, e ela preenche todo o vazio que o jogo teria. E não é uma história apenas linear, podemos escolher as respostas que a Riley, personagem que controlamos, dá.

Essas escolhas de respostas fazem diferença na história, mudando alguns acontecimentos no jogo, inclusive o final. E mais acima citei que as missões secundárias não motivavam muito a serem feitas, mas, talvez, ela afete um pouco na história. Digo talvez pois o jogo não explica muito bem o que é missão principal e o que é secundária.

Acho que faltou um pouco de clareza na interface do jogo neste sentido, pois muitas vezes eu me sentia perdido pois o jogo não explicava ao certo o que tinha que fazer. Mas entendo que isso é uma questão pessoal, e que muitas pessoas gostam de se sentir livres para trilhar seu caminho da história que quiserem.

Porém, apesar dessa falta de clareza, acabei não travando muito no jogo, ou seja, apesar de não indicar totalmente o que deve ser feito, o jogo te leva mesmo que involuntariamente para seu objetivo. Mas a história vale a pena, e explora elementos bem interessantes como viagem no tempo, coisas sobrenaturais e um monte de outros mistérios que fazem uma bagunça bem maneira.

Um mundo muito bem escrito

Além da história envolvente e cheia de mistérios, Oxennfree II explora bem a cultura e folclore da região onde se passa, e apresenta e desenvolve bem os personagens presentes na história. Os personagens não parecem soltos ali, eles têm seus objetivos e motivos, e o jogo dá o tempo necessário para que tudo isso seja mostrado da forma ideal.

Já ficou claro que a história é bem boa, não é? Mas outra coisa que o jogo tem de bom é o seu visual. Não espere gráficos realistas, nem nada muito elaborado. O jogo possui um visual cartoon bem simples, porém, os efeitos do jogo são bem interessantes. Ele tem uma temática meio anos 80, que apesar de não ser tão original assim, não é algo amplamente explorado no mundo dos jogos.

E no final, valeu a pena?

Bom, ao final do jogo, acredito que tenha valido a pena o tempo gasto, que foram umas 8 horas, mas que sabendo os objetivos, pode cair pela metade. A história é muito boa e nossas ações de fato afetam a narrativa, inclusive nos mostrando algumas estatísticas ao final, em comparação com a de outros jogadores.

Não esperava nada de Oxenfree II e recebi uma história muito boa, ótimos personagens e uma temática bem interessante. O visual do jogo é bem maneiro, assim como sua trilha sonora, que é simples, mas eficaz. Recomendo para quem gosta de uma boa história, mas se procura um jogo não tão parado, acho melhor passar longe.

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