Desenvolvido pela Ubisoft Montpellier, a equipe por trás de Rayman Legends e Rayman Origins e dirigido por Mounir Radi, que esteve envolvido em grandes jogos da Ubisoft como Valiant Hearts, ZombiU e até mesmo Beyond Good and Evil 2, Prince of Persia: The Lost Crown é o novo jogo da franquia, que visa levar os jogadores para as origens e que iremos destacar neste review.
Antes de mais nada, precisamos citar que este texto será totalmente livre de spoilers. E, que ele só é possível graças a uma chave de review cedida pela equipe da Ubisoft Brasil.
Ansioso para saber se vale a pena jogar The Lost Crown, e como ele conseguiu reinventar o metroidvania? Então leia nosso review de The Lost Crown logo abaixo!
Uma história original para a franquia Prince of Persia
Prince of Persia: The Lost Crown trás uma nova e envolvente história para a franquia. O reino da Pérsia está sob a proteção de um grupo de guerreiros de elite, que são chamados de Imortais.
Este grupo é liderado por Vahram, e os 7 irmãos e irmãs do grupo lutaram e venceram inúmeras batalhas juntos, em nome da Rainha da Pérsia, Thomyris.
Entretanto, em um fatídico dia, o filho da Rainha Thomyris, Ghassan, até então Príncipe da Pérsia, é sequestrado. Com isso, Thomyris convocou os Imortais e os enviou até o Monte Qaf e sua Cidade Antiga.
O Monte Qaf é o lar do Simurgh, o Deus do Tempo e do Conhecimento, o protetor dos Persas. Entretanto, ele está desaparecido há pelo menos 30 anos.
Em busca do Príncipe Ghassan, você percebe que o Monte Qaf está repleto de mistérios, e que algo não está funcionando como deveria. O tempo não está seguindo o seu fluxo natural, e as linhas do tempo estão se entrelaçando.
Um novo rosto nas mãos dos jogadores
Ao contrário dos jogos anteriores da franquia Prince of Persia, The Lost Crown não te coloca nas mãos do Príncipe, e sim de Sargon, o mais jovem dos Imortais e que possui uma extraordinária agilidade e combate com suas duplas espadas.
Durante sua jornada no Monte Qaf, Sargon adquire algumas habilidades sobrenaturais, tal como poderes do tempo. Utilizando dessas habilidades e poderes, Sargon – agora nas mãos do jogador – precisa restaurar o equilíbrio do mundo e salvar o Príncipe Ghassan em um formato inédito para a série, e que leva os jogadores para as origens.
A progressão de The Lost Crown
Diferente do que alguns jogadores imaginaram à primeira vista, The Lost Crown não é um rogue-like, e sim, um metroidvania puro. Apesar da progressão ser baseada em clássicos do metroidvania, acredito que não só os jogadores, mas também os estúdios irão olhar para o gênero com outros olhos.
A progressão de The Lost Crown consiste em explorar em busca de seu objetivo e, conforme você encontra novas habilidades, conseguir acessar novos locais. Pontos de salvamento que permitem você alterar seus poderes e amuletos são encontrados no mapa, além de pontos de viagem rápida.
Também há a possibilidade de aprimorar seus amuletos, armas e a quantidade de vida que Sargon possui, além de completar alguns desafios ou treinar golpes com o personagem Artaban em uma espécie de base.
No caminho, você irá encontrar inúmeros puzzles que são extremamente divertidos e que necessitam de um pouco de lógica antes de serem concluídos. Iremos falar um pouco mais sobre isso no tópico de acessibilidade.
Simples mas reinventando a roda
Bem, acredito que o que mais deve ter chamado atenção em nossa review é o fato de que The Lost Crown reinventa o gênero metroidvania. De fato, The Lost Crown consegue fazer isso e de uma maneira bem simples.
O que já precisamos destacar de antemão é que The Lost Crown não é (mas também é) como os outros jogos da Ubisoft, onde indicam para onde você deve ir e o que fazer. O Monte Qaf é um local repleto de direções, inimigos e objetivos principais e secundários, e certamente irá deixar os jogadores perdidos.
Mas, caso você seja do público mais casual, ou gosta do formato de exploração dos jogos da Ubisoft, saiba que também há essa possibilidade. O modo guiado permite com que você saiba onde estão os próximos objetivos no mapa. Além de também informar quando é possível você retornar a um local antes bloqueado.
Agora, o que realmente reinventa a roda é a opção de você poder capturar a tela para voltar a um local. Não, você deve ter entendido errado, você não tira um print no seu console. O jogo faz uma captura de tela e deixa ela marcada no mapa do jogo, permitindo que você olhe quando quiser, e saiba se já é possível retornar ao local.
Acessibilidade não deixa a desejar
A acessibilidade em Prince of Persia: The Lost Crown não deixa a desejar. São cinco opções de dificuldades, Fácil, Normal, Difícil e “Muito Difícil”, além de uma personalizada. Na personalizada você pode mudar a dificuldade de cada coisa individualmente, como a janela de parry, dano dos inimigos e mais.
Também é possível você alterar de Modo Exploração para o Guiado, como citei anteriormente. Mudar o estilo da fonte, o esquema de cores do jogo e mais algumas funcionalidades.
A opção de acessibilidade de maior destaque, ao meu ver, é a opção de abrir um portal para pular puzzles difíceis. A abertura do portal não é manual, sendo então colocado em locais estratégicos.
Essa funcionalidade, junto da captura de tela, faz com que The Lost Crown brilhe em acessibilidade e no abraço aos jogadores casuais. Mas, vale lembrar, isso tudo é opcional.
Vale a pena jogar The Lost Crown?
Prince of Persia: The Lost Crown me surpreendeu. Eu esperava um jogo sólido e que levasse os jogadores às origens, mas The Lost Crown fez mais que isso. Ele reinventou a roda e me fez sentir jogando um Prince of Persia.
Em nenhum momento me senti desconexo com o que estava jogando. Não estava controlando o príncipe, mas era alguém tão poderoso e importante quanto. Sargon é um personagem que gosta da batalha, que está na prateleira dos Imortais.
As batalhas contra os bosses são inimagináveis. Enquanto o início pode parecer um pouco lento, conforme você avança, mais épico sua jornada fica. A junção das cutscenes, trilha sonora e dificuldade das batalhas fazem tudo ser inesquecível.
The Lost Crown é um dos melhores jogos da franquia Prince of Persia. E, um dos melhores jogos que a Ubisoft lançou nos últimos anos. Se você esperava a franquia Prince of Persia de volta, saiba que ela voltou. Voltou em sua melhor forma.
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