Essa review está chegando meio atrasada pois infelizmente não recebemos este jogo, mas graças a Nuuvem, pudemos ter acesso a ele e finalmente estamos aqui. Este início de ano tem sido movimentado para o PlayStation 5, com diversos jogos exclusivos do console de qualidade saindo, como Granblue Fantasy Relink, Final Fantasy VI Rebirth, Rise of The Ronin e Stellar Blade.
Mas um acessório que é único, no âmbito dos consoles, é o PlayStation VR2, que, ao contrário do que costumam comentar, recebe novos jogos o tempo todo. E um destes é o Synapse, jogo este que está disponível exclusivamente para o óculos de realidade virtual da Sony, sem uma versão para PC.
Do que se trata?
Desde o seu anúncio, o jogo me chamou bastante atenção por seu visual, que é quase que em preto e branco, mas com um destaque em cores para elementos interativos, inimigos etc. Como já disse, no lançamento, não tivemos acesso ao jogo, porém, vi muita gente falando bem dele.
Desde então, passou um mês e sempre tive a curiosidade de saber do que se tratava, mas tenho costume de não ir muito atrás dos jogos que me interessam para não perder muita a experiência. Bom, este meu costume as vezes pode ser uma faca de dois gumes, e no caso de Synapse, foi mais ou menos.
Ao entrar pela primeira vez, descobri que na verdade o jogo se tratava de um rogue like, que não é um gênero dos que eu me agrado. Mas beleza, peguei o jogo para analisar, então vamos para dentro nesta possivelmente árdua tarefa. Joguei uma, duas, três, quatro vezes, e uma coisa se mantinha: a vontade de continuar jogando.
Peguei para testar o jogo num sábado de manhã, e estava passando um jogo do Chelsea, time que torço desde pequeno (o que tem sido sofrido ultimamente). E surpreendentemente, o time estava goleando o adversário, mas nem isso me fez querer parar de jogar.
Então está aí o primeiro e maior ponto positivo do jogo: a sua diversão. No jogo, temos como objetivo sobreviver algumas “fases”, com o objetivo de, ao concluir todos os objetivos, encontrar um agente que havia se rebelado. Em cada “fase”, temos que derrotar um número “x” de inimigos para passarmos para a próxima.
Tiroteio frenético
E para isso, inicialmente temos uma pistola, com munição limitada, e o poder da telecinese. E aí partimos em buscar de derrotar o maior número de inimigos possíveis, para prosseguirmos com a história do jogo. E o loop de gameplay é muito interessante e divertido.
Eu sinto que muitos jogos em realidade virtual, em busca de maior realidade e imersão, tiram um pouco da dinâmica, principalmente nos tiroteios. Alguns jogos fazem você recarregar a arma passo a passo, tirando sua atenção da ação que você está imerso. E Synapse faz isso de uma forma bem simples e eficaz, com um simples movimento, sem tirar sua imersão.
Podemos agarrar alguns objetos do cenário por meio da telecinese, e usá-los para atacar os inimigos. Outros objetos são explosivos, e são uma ajuda e tanto para derrotá-los. Alguns inimigos soltam munição ao serem derrotados, além de umas pétalas, que servem como dinheiro durante as runs.
Com esse dinheiro, podemos utilizar alguns efeitos de status durante a run, reabastecer a munição, trocar de arma, entre diversas outras coisas. Mas de início, grande parte destas coisas não está liberada, e essa é uma das boas sacadas do jogo. Sempre que morremos, voltamos para uma área central, e nela temos duas árvores.
Muitas possibilidades na jogatina
Uma das árvores tem diversos desafios a se fazem nas fases, por exemplo, derrotar x inimigos com explosão, passar de x fases, entre outras coisas. Ao realizar um destes desafios, além de liberar os queridos troféus, também recebemos uma espécie de dinheiro, e por meio dele, podemos acessar a segunda árvore.
Essa segunda árvore é uma skill tree, ou árvore de habilidades, e nela podemos liberar diversas coisas que melhoram muito nossa travessia das fases. Temos “caminhos” relacionado com a vida do personagem, telecinese, armas, e cada uma das “folhas” da árvore liberada, fazem uma grande diferença na hora da jogatina.
Em cada fase, enfrentamos um número surpreendentemente elevado de inimigos, de início parece muito desafiador, mas conforme o tempo passa, as coisas vão se desenrolando muito bem. Os inimigos variam a gameplay, pois alguns atacam de longe, outros de pertos, uns tem uma arma x, enquanto outros tem y, isso sem falar nos chefões que encontramos no jogo. Ah, e não poderia deixar de falar que, conforme avançamos no jogo, os níveis dos inimigos vão aumentando, deixando tudo bem desafiador.
Recursos
Como disse, o jogo é exclusivo do PlayStation VR2, e por isso, ele aproveita de alguns recursos que só estão disponíveis no óculos de realidade virtual da Sony. Então, caso vá jogar, pode esperar utilizar todos os recursos que o headset disponibiliza para os jogadores, mas caso não seja do seu agrado, é possível desativá-los também.
A telecinese é ativada por meio do gatilho L2, e quando pegamos um item explosivo, o pegamos apertando o L2 metade do caminho, pois ao pressioná-lo completamente, o item é explodido. Caso não saiba, essa função se chama gatilhos adaptáveis, e estreou nesta geração com o console da Sony.
Para escolher os itens que vamos interagir com a telecinese, basta olhar para ele, e por meio da detecção do movimento dos olhos, o jogo interpreta corretamente qual item você quer interagir. Um recurso que sempre me impressiona, independente do jogo, mas que em alguns nem sempre é muito bem utilizado, mas não é o caso aqui.
E todos os outros recursos disponíveis também estarão aqui, sejam a resolução 4K, a vibração dos PSVR2 Sense e do próprio headset, o Tempest 3D AudioTech. E é claro, sendo um jogo financiado pelo PlayStation, além de todos estes recursos citados, temos também a localização em nosso idioma local, o que sempre é bem-vindo.
Vale a pena?
Se eu pudesse definir Synapse em uma palavra, seria diversão, conforme já dito. O jogo simplesmente não é cansativo, claro que se jogar de pá, seu corpo cansa, mas em termos de gameplay, não. É mais um jogo em realidade virtual que me surpreende positivamente, trazendo boas horas de conteúdo em um preço que não é tão caro como estamos acostumados.
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