Leia logo abaixo o nosso review de Alien Rogue Incursion novo jogo da franquia Alien. Obrigado Nuuvem, por confiar em nosso trabalho e nos enviar uma chave de review.
Venho dizendo isso a algum tempo em algumas análises que fiz aqui para o site, mas este ano está sendo um ano excelente para aqueles que curtem jogar em realidade virtual. Tivemos grandes jogos como Metro Awakening, Skydance’s Behemoth, Batman Arkham Shadow, Arizona Sunshine Remake e agora tivemos a primeira parte de Alien Rogue Incursion.
Alien me surpreendeu bastante, devo admitir, tanto pelo estilo de jogo quanto pelo seu escopo e qualidade. Rogue Incursion foi desenvolvido pela Survios, um estúdio especializado em jogos em realidade virtual e que, neste jogo, mostra um pouco da sua expertise.
Dead Space em VR
O estilo de jogo me lembrou bastante Dead Space, tanto pela temática espacial quanto pela brutalidade que encontrei em Alien Rogue Incursion. Mas podemos citar outros jogos como Resident Evil e Silent Hill, que tem uma temática diferente, mas que compartilham algumas similaridades em termos de gameplay.
Para início de conversa, em Alien Rogue Incursion não encontramos apenas uma experiência imersiva, temos um jogo completo de verdade, em todos os sentidos. Neste jogo temos uma gameplay bem consistente, uma história que facilmente se encaixaria na franquia, uma protagonista forte e com personalidade e tudo mais que um jogo precisa. Mas vamos falar um pouco sobre aquilo que é mais importante em um jogo…
Do que se trata o jogo?
Temos aqui um FPS, jogo de tiro em primeira pessoa, no qual controlamos uma ex-fuzileira chamada Zula Hendricks. Explicando de forma resumida a história, Zula está dedicada a expor os experimentos secretos da Weyland-Yutani em uma missão bem perigosa no planeta de Purdan.
Mas não estamos sozinhos nessa jornada, temos a companhia do Davis, um companion sintético, e com a ajuda dele, precisamos nos infiltrar na instalação de pesquisa da Gemini Exoplanet Solutions. Porém, essa missão que já seria arriscada, consegue ainda mais um tempero. Sendo um jogo de Alien, é claro que vamos ter a presença dos xenomorphs.
Simples e divertido
Temos muitos jogos de tiro em primeira pessoa disponíveis no mercado de jogos em realidade virtual, alguns deles que vão mais para o lado do realismo enquanto outros são mais “arcade”. Alien Rogue Incursion se encontra no meio destes dois expoentes, e isso definitivamente me agradou bastante.
Temos acesso a algumas diferentes armas, que vão desde pistolas a rifles e espingardas. Cada uma delas tem uma forma diferente de se recarregar, que de certa forma é realista, mas não traz toda a complexidade que uma arma de verdade traria na sua utilização.
Dito isso, fica muito mais fácil de se adaptar ao jogo, trazendo um dinamismo muito maior, o que beneficia e muito a gameplay. O jogo possui alguns níveis de dificuldade, o que, obviamente, vai fazer a sua experiência mais tranquila ou mais difícil, porém, só de possuir uma gameplay responsiva, tudo funciona muito melhor.
Survival Horror
Disse mais acima que o jogo trazia muitos elementos de Dead Space, Resident Evil e Silnet Hill, e isso é evidenciado pelo leva e traz de alguns itens, na forma como acessamos áreas do mapa que inicialmente estavam bloqueadas, temos a famosa sala segura e se não salvarmos o jogo nela, perdemos todo o progresso feito.
Temos um mapa gigantesco no jogo, com diversos andares que se conectam de diversas formas, cheio de locais para explorar. Confesso que fiquei surpreso com o tamanho do mapa e o tamanho do jogo em si, Alien Rogue Incursion é um jogo bem ambicioso e um dos maiores que já vi em termos de proporção, dos jogos exclusivamente em realidade virtual.
Combates repetitivos
Mas apesar de todos os pontos positivos, ele pode acabar por se tornar um pouco repetitivo quando o assunto são os combates. No jogo, basicamente do início ao fim, enfrentamos os xenomorfos, de tempos em tempos aparece algum na sua frente, as vezes sozinho, outras vezes em grupo, mas não passamos muito tempo no jogo sem que um deles apareça.
Até existem outros tipos de inimigos, mas a quantidade de vezes em que enfrentamos os xenomorfos pode acabar por ser um pouco repetitivo. Eles têm uma inteligência artificial até que boa e vão tentar nos flanquear ou nos pegar desprevenidos. Porém, depois de um tempo, a forma que eles atacam se torna um pouco previsível. Com isso, podemos preparar algumas armadilhas que facilitam o jogo.
Muita exploração
Apesar disso, Alien Rogue Incursion não se resume apenas em combates contra os xenomorfos, ele tem também uma exploração bem forte, com diversos elementos que complementam a gameplay. O mais importante deles é um tablet que carregamos, que é literalmente multi-funções. Com ele podemos visualizar o mapa, exibir os itens do inventário, visualizar os objetivos e ele também nos permite acessar diversas centrais de controle no decorrer do jogo.
O jogo também possui algumas ferramentas disponíveis, sendo uma delas um maçarico que podemos utilizar para cortar ferro e desfazer a solda de alguns locais e portas. Temos uma espécie de alicate que nos permite realizar ligações elétricas. Um detector de movimentos que nos permite verificar onde o inimigo se encontra, além de um cartão de acesso que é passível de upgrades e nos permite acessar alguns locais que necessitam de credenciais maiores.
Ambientação convincente
Alien Rogue Incursion não possui uma grande variedade de ambientes, quase sempre estamos em um corredor metálico que lembra bastante aquilo que vemos nos filmes. Vez ou outra vamos para ambientes externos que são totalmente diferentes do que vemos no jogo inteiro. Mas apesar disso, o ambiente ser de certa forma repetitivo não cansa, pois a ambientação é muito boa.
Ela consegue te passar a sensação de tensão do início ao fim do jogo, e os aliens podem aparecer de qualquer lugar, o que nos faz estar sempre olhando para cima e para os lados o tempo todo, pois um golpe inesperado pode ser mortal. Os mapas são bem conectados e até mesmo complexos, a ponto de conseguir me deixar perdido enquanto jogava.
Gráficos e performance
Uma coisa que poucos jogos em realidade virtual costumam fazer é colocar os braços do personagem visível na gameplay. E menos ainda são aqueles que fazem isso bem. Alien Rogue Incursion, na minha opinião, é o jogo que testei que melhor faz isso, comparado com o Behemoth que joguei recenemente, é infinitamente superior. Podemos ver o corpo completo da Zula enquanto jogamos.
Os modelos dos personagens, inimigos e até mesmo do mapa são muito bem modelados, com uma qualidade de textura muito boa. Temos áreas com uma quantidade de partículas muito grandes, e mesmo nestes locais, o jogo roda de forma muito satisfatória. Temos diversos objetos interativos no jogo, com uma física muito boa inclusive.
Quando atiramos nos aliens, é visível o local onde o acertamos e o impacto da bala os acertando. Muito bom, porém, ao jogar, experimentei alguns bugs que chegaram a atrapalhar a minha experiência, e apesar de poucos, não dá para fingir que eles não ocorreram.
Vale a pena?
Alien Rogue Incursion foi uma das melhores experiências em realidade virtual que joguei esse ano, se não a melhor de todas. É um jogo ambicioso, complexo, divertido e com um escopo surpreendentemente grande. E essa aventura está apenas começando, pois está é apenas a primeira parte da história da Zula.
Temos uma história simples e direta, mas convincente, assim como a protagonista do jogo. Visuais incríveis, uma gameplay de fácil acesso e uma experiência que vale a pena ser vivida. Agora resta esperar pela próxima parte desta história, que seja ainda melhor do que vimos aqui, e se conseguir, podemos estar presenciando um marco para os jogos em realidade virtual.
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