Dragon’s Dogma 2 não se parece com uma continuação do clássico (agora considerado cult) Dragon’s Dogma de 2012. Esse novo capítulo parece mais uma reimaginação, com visuais aprimorados, uma expansão do mundo e ajustes nos companheiros de IA. Isso tudo sem perder a essência que tanto nos agradou anteriormente.
A proximidade com o jogo original não só preserva o encanto como amplia a grandeza da aventura, agora ambientada em um mundo ainda mais imersivo e regido por uma física caótica e a inexorável passagem do tempo.
Confira logo abaixo, o nosso review de Dragon’s Dogma 2!
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Parecido mas nem tanto
Dragon’s Dogma 2 cumpre o que promete, trazendo de volta a história cativante do jogo anterior. Você é um indivíduo comum que tem seu coração arrancado por um dragão divino, concedendo-lhe semi-imortalidade e amnésia, além do título de Nascen (Arisen).
Mas, enquanto o jogo anterior focava na reconquista do seu coração, este se concentra mais nas dinâmicas de poder e no seu papel dentro desse contexto. Ao acordar, você descobre que um Arisen falso tomou controle do exército de peões e uma rainha está bastante insatisfeita com sua chegada para interferir em seus planos.
A trama que envolve a política mais ampla e as facções como os Elfos e os Beastren, cada um com suas próprias crenças sobre o despertar do Arisen, acrescenta uma camada interessante ao jogo. Embora as conexões com personagens possam não ser profundas e as conversas não se equiparem à complexidade de “Game of Thrones”, a história é suficiente para manter a curiosidade e o avanço pelo jogo.
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Exploração é o coração
A verdadeira essência da aventura em “Dragon’s Dogma 2” está na jornada que transcende a conveniência das viagens rápidas. Exigindo a criação de uma rede própria de teletransporte, um detalhe importante porém não muito conveniente na minha opinião, visto que até o diretor do jogo recentemente fez uma crítica a respeito de como os jogos atuais utilizam fast travel. Entretanto, acredito que a solução de Dragon’s Dogma 2 ainda não seja bem a ideal.
A sobrevivência é um elemento chave, com a saúde máxima sendo lentamente consumida pelo tempo na estrada e a escuridão noturna limitando a visibilidade. Preparar acampamentos, viajar durante o dia e manter o óleo da lanterna sempre no topo se faz necessário, reforçando a sensação de responsabilidade e planejamento em suas explorações.
A exploração é incentivada por meio de missões dadas por personagens importantes ou por encontros casuais nas cidades. Embora a maioria dos NPCs ofereça pouco mais do que frases de efeito, as missões principais apresentam tarefas mais elaboradas. Como infiltrar-se em terrenos reais sob o manto da noite ou participar de um baile de máscaras.
A forma como você chega às conclusões dessas missões, seja revivendo um jovem com uma Pedra da Ressurreição ou adquirindo um traje elegante para enganar os guardas, acrescenta variedade e profundidade à experiência.
Chega de soulslike!
“Dragon’s Dogma 2” se destaca não apenas pela sua combatividade pesada e acessível, reminiscente de Monster Hunter em sua execução de ataques. Mas, também pelo sistema de peões, que retorna enriquecido. Esses companheiros de IA podem ser recrutados e trocados, acrescentando uma dimensão estratégica e um charme peculiar às batalhas e explorações, com suas personalidades e ações que muitas vezes surpreendem e divertem.
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O jogo brilha quando combina o peso do combate, a companhia dos peões e os desafios das viagens em uma experiência coesa. Seja enfrentando um grifo que destrói seus planos de acampamento ou sobrevivendo a embates surpresas sob a lua.
“Dragon’s Dogma 2” é uma máquina de gerar anedotas, onde sistemas de IA, combate e ciclos diurnos se unem em caos controlado que testa sua capacidade de improvisação sem nunca esgotar sua paciência. Apesar de manter alguns aspectos desatualizados do design de missões e exploração do mundo aberto do jogo original, esses elementos são facilmente superados pela profundidade da descoberta e aventura.
Gráficos vs Performance
Talvez o maior defeito de Dragon’s Dogma 2 seja em um nos quesitos que ele mais brilha que é em sua apresentação visual. Apesar de ser um jogo lindo com uma iluminação que impressiona por utilizar Raytracing para a iluminação global, a performance nos consoles de nova geração deixa muito a desejar.
Não sou muito de reclamar de jogar em 30 fps porém o problema está na inconsistência da cadência de frames. Muitas vezes o jogo cai abaixo disso tornando uma batalha cheia de inimigos e efeitos, algo muito bagunçado e sofrível em alguns casos.
Talvez Dragon’s Dogma 2 seja a prova de que uma atualização de hardware seja mesmo necessária nessa geração. E, ao que me parece pelos desenvolvedores terem optado por deixar o frame rate desbloqueado, seja um sinal de que assim que chegarem esses novos consoles, talvez a Capcom nem precise lançar um patch para otimiza-lo.
Dragon’s Dogma 2 impressiona em muitos pontos. E, definitivamente, é uma experiência em que os jogadores vão compartilhar muitos momentos incríveis de suas jornadas no decorrer deste ano. E, sem sombra de dúvidas, já é um concorrente forte ao prêmio de jogo do ano.
Dragon’s Dogma 2 já está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series.
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