No exato momento em que comecei a escrever esta review, foi quando eu finalizei Neva, emocionado, diga-se de passagem. Meus amigos, que jogo… Bem curto, é verdade, demorei cerca de 4-5 horas para finalizar, bem simples, o que deve impactar no tamanho desta análise, mas com muito coração.
E isso não é uma novidade vindo da Nomada Studio, seu projeto anterior, primeiro projeto inclusive, Gris, é um dos jogos mais bonitos que já tive a possibilidade de jogar. O jogo possui um visual simplesmente único e uma história incrível que não precisa de uma única palavra para ser passada. Neva segue o mesmo caminho, trazendo algumas melhorias em relação ao título anterior.
Como o jogo funciona?
Neva é um jogo de plataforma 2D, no qual podemos percorrer os cenários horizontalmente. Nossa protagonista consegue dar pulos simples e duplos, dar cambalhotas no chão e dashs no ar, além de conseguir golpear os inimigos. Como disse, bem simples.
Porém, essas habilidades, mesmo que poucas, em conjunto com os desafios que encaramos nos cenários, tornam a experiência de jogar muito divertida e completa. O jogo é dividido por estações (verão, outono, inverno e primavera) e cada um desses momentos nos proporcionam experiências jogáveis incríveis.
Teremos momentos onde a perspectiva do cenário muda, o tempo funciona de forma diferente, entre outras coisas que faz tudo ser sempre incrível. A curta duração do jogo é justificada pelo fato de não existir nenhum momento mais ou menos no jogo, do início ao fim, este jogo está em seu ápice de qualidade.
Mas neste jogo, não vamos encarar esta jornada sozinho, teremos a companhia de Neva, uma espécie de lobo misturado com cervo, e que dá nome ao jogo. A presença dessa adorável e carismática criatura traz uma experiência muito acolhedora, e conforme as estações passam, vemos também o seu crescimento, tornando essa relação ainda mais especial.
Este jogo não é apenas contemplativo, se está com esta dúvida, é um jogo de verdade, tanto com os seus momentos de travessia de cenário quanto nos combates que temos no jogo. A jogabilidade dos combates é muito bem-produzida, com combates rápidos e ágeis, nos possibilitando tanto ataque de curta distância quanto de longa.
Enfrentamos diversos inimigos no decorrer do jogo, que exigem diferentes estratégias para serem superados. Além disso, temos diversos chefes no decorrer do jogo, com maneiras de enfretamento bem variadas. Um combate muito completo, e que foi meticulosamente implementado em Neva.
Como é a história?
Como disse anteriormente, não espere diálogos te dizendo tudo o que está acontecendo, na verdade, não espere nenhuma informação de texto na gameplay, além das informações de tutorial. E para quem jogou o Gris, isso não é em si uma novidade e funciona muito bem. Mas temos um contexto fora do game que nos explica melhor sobre a história, veja abaixo a sinopse oficial do jogo:
“Neva conta a história de Alba, uma jovem mulher que, após um encontro traumático com forças das trevas, cria um vínculo com um curioso filhote de lobo. Juntos, eles embarcam em uma jornada perigosa por um mundo, outrora belo, em lenta decadência.
Com o tempo, a relação deles evoluirá enquanto aprendem a trabalhar juntos, ajudando um ao outro a enfrentar situações cada vez mais perigosas. O lobo, antes um filhote rebelde, se tornará um adulto imponente buscando forjar a própria identidade, testando o amor de Alba e a lealdade que existe entre eles.
À medida que o mundo amaldiçoado tenta oprimi-los, Alba e seu companheiro corajoso farão o que for necessário para sobreviver e criar um lar, juntos.”
Mesmo a sinopse não diz sobre o que se trata de fato a história do jogo, mas no meu entendimento, este jogo se trata de ciclos, que estão presentes em todos os momentos de nossa vida, e estão muito bem explicitados na história do jogo.
Uma obra de arte
É impressionante o trabalho da Namada Studio em transmitir tantas emoções e sensações por meio de imagens em movimento, de uma sensibilidade e delicadeza única no mundo dos games. Neva é um jogo único, assim como Gris foi, me lembro até de jogos que fizeram algo parecido no passado, a sua forma, como os jogos do Fumito Ueda (Ico, Shadow of The Colossus, The Last Guardian), Journey, Abzu, entre outros.
Jogos desse tipo são raros e únicos, conseguindo nos trazer tanta coisa, sem precisar ficar nos guiando pela mão. E isso, na minha opinião, é a definição de arte. Uma pintura por exemplo, consegue expressar tanta coisa por meio de uma imagem, sem precisar gastar uma única palavra, e estes jogos fazem isso, com Neva sendo mais um desse seleto grupo.
E se levarmos em consideração a incrível arte e a igualmente incrível trilha sonora que temos aqui, não há uma outra definição para este jogo que não seja “obra de arte”. O gráfico do jogo, seus traços, sua animação fluída, suas músicas que nos imergem neste universo, e até mesmo todos os elementos do dualsense, tornam essa uma experiência única.
Recomendo encarar Neva, principalmente se tiver curtido Gris, pois assim como o jogo anterior, esta é uma experiencia única em diversos sentidos. Ao iniciar o jogo, só consegui para depois de ter finalizado o jogo e confesso que estaria disposto a jogar muito mais, porém, ele tem uma duração perfeita e fico igualmente feliz de tê-lo finalizado.
Você pode assistir o início de gameplay e o jogo completo em nosso canal do YouTube, inscreva-se!
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