Star Wars Jedi: Survivor – Review

Quatro anos após o lançamento do blockbuster da Respawn, Star Wars Jedi: Fallen Order,  um novo capítulo da série Jedi chega exclusivamente para uma nova geração. Jedi: Survivor traz  Cal Kestis e sua equipe para uma nova aventura emocionante, embora haja alguns pequenos contratempos ao longo do caminho.

Uma nova esperança

Poucos universos na literatura, no cinema ou em outras mídias possuem um universo tão rico quanto Star Wars. Na mesma galáxia, existem vários personagens, histórias e lendas das mais diversas possíveis, unidos por uma ideia que pode unir todas as partes: a Força. Star Wars tem uma história que ocorre em uma linha do tempo que abrange milhares de anos, mas a Força é a única coisa que permanece, independentemente de quando a história ocorre.

E embora algumas das histórias não se concentrem fortemente nos conflitos entre os Jedi e os Sith, seu conflito molda o universo, seja a República contra os Separatistas ou o Império contra os Rebeldes. E o clássico conflitos que todo Jedi deve enfrentar é a batalha contra o lado oculto da Força, que é um dos temas centrais de Jedi: Os Sobreviventes e, claro, o fardo que todo Jedi deve carregar.

A jornada por um refúgio

Neste novo episódio da série Jedi, Cal Kestis se vê sozinho em uma batalha impiedosa contra o Império, sem os aliados que criou no jogo anterior. Porém, essa luta sem fim para exterminar os inimigos tem grandes consequências, perdas intransponíveis, e faz de Cal uma pessoa solitária, o que parece ser um dos fardos que os Jedi terão que carregar após a queda do Conselho Jedi.

Mas a busca por formas de derrotar o Império coloca Cal em conflito com um novo grupo, os Chaos Raiders, e no meio desse conflito, um planeta escondido e protegido pelo Império é descoberto: Tanallor. Este planeta foi projetado para ser um possível lar para aqueles que sofrem bullying e, portanto, uma causa pela qual vale a pena lutar. Mas para isso, Cal, seus amigos Merrin, Greez, Cere e seu novo aliado Bode devem enfrentar Dagan Gera, um Jedi da Alta República que deu o poder ao lado oculto e está procurando por Tanallor para reivindicá-lo.

No meio desse conflito, Cal continua a lidar com a tentação do lado negro e a mudança que vem com isso. Essa é a premissa da história do jogo, que leva a uma trama bem satisfatória que demora para ficar emocionante. O jogo dura cerca de 20 horas falando apenas sobre a história principal, horas que acho que poderiam ser cortadas pela metade. Parece que o jogo foi feito por mais tempo às custas de uma história melhor. Mas primeiro, darei meu veredicto sobre o jogo. Primeiro vamos falar…

Do que se trata o jogo?

Como o primeiro jogo, Jedi: Survivor apresenta jogabilidade em terceira pessoa e o combate é principalmente corpo a corpo, com os famosos sabres de luz, é claro. Este é um jogo que pode ser enquadrado no gênero soul-like, mas é um pouco mais acessível a todos os gostos.

Assim como os jogos da saga Souls, existem pontos de meditação semelhantes aos encontrados nos jogos de software. Quando meditamos, nossa vida acaba, mas todos os inimigos derrotados no caminho renascem, ou seja, voltam à vida exatamente onde estão. E se  Cal for derrotado em qualquer ponto, seja em uma luta conjunta ou em uma luta de chefe, voltamos ao ponto final de meditação.

Como é o combate?

O combate é bem cadenciado e requer  estratégia, você não pode simplesmente apertar um botão  para derrotar todos os inimigos. Nosso personagem, assim como os inimigos, tem uma barra de resistência, e para desferir golpes e realmente danificar os inimigos, é necessário esgotar a barra de resistência do inimigo.

E como você faz isso? Além de ser destruído quando o inimigo defende, bloquear os ataques inimigos é a maneira mais rápida de reduzir a resistência e, assim, derrotar os inimigos. No entanto, existem ataques que não podem ser defendidos e esses ataques só podem ser evitados.

É simples na teoria, mas o jogo tem uma variedade de inimigos, cada um com um padrão de ataque único, então você tem que se adaptar a cada um. Mas o verdadeiro problema é que enfrentamos muitos inimigos ao mesmo tempo, com variedades e exigindo diferentes estratégias.

É um jogo difícil?

Eventualmente, torna-se um jogo mais difícil. No entanto, mencionei acima que, apesar de ter alma, o jogo é mais acessível do que a maioria dos jogos do gênero. Isso porque, além de várias opções de acessibilidade, é possível escolher o nível de dificuldade do jogo, o que facilita a adaptação de qualquer jogador ao jogo.

Outra coisa que é um novo fator de customização no jogo são as posturas. O primeiro jogo tinha dois estados possíveis, mas o segundo jogo tem ainda mais estados diferentes. E o jogador tem que experimentar qual se adapta melhor ao seu estilo de jogo.

O jogo também possui uma árvore de habilidades muito extensa, que vai desde habilidades ativas, como alguns combos para cada posição, além de habilidades passivas, como aumento de força, vida. Essas habilidades podem ser adquiridas com pontos, que são liberados ao preencher algumas barras, essencialmente o XP do jogo.

Resumindo…

Acho que já ficou compreensível, mas vou resumir exatamente o que podemos fazer com o personagem: basicamente, podemos atacar, bloquear, desviar de ataques, pular uma ou duas vezes, puxar ou arremessar violentamente objetos e inimigos. Tudo isso já era possível no primeiro jogo, mas esta sequência traz algumas novidades, como um traço que controla certos tipos de montarias, entre outras coisas.

As montarias são muito importantes porque neste segundo jogo as cartas são bem maiores que no jogo anterior e ainda mais confusas. São seis mapas no total, alguns maiores, outros menores, mas todos com diferentes vias de acesso.

Tal como no primeiro jogo, temos acesso ao holomapa, o “pequeno mapa” do jogo, mas é um mapa 3D que, apesar de ser mais fácil de compreender do que o primeiro jogo, ainda é muito confuso.  É fácil se perder no jogo, tanto por causa do mapa confuso quanto porque o jogo não te diz exatamente o que fazer.

Um UI que merecia mais atenção

Algumas pessoas até gostam quando um jogo não dá tudo de graça, mas acho que esse jogo às vezes precisava reconhecer melhor as coisas, mesmo que fosse acessibilidade. Admito que fiquei preso algumas vezes porque eles tinham itens interativos, mas simplesmente não encontrei. Uma IU mais reconhecível é algo que melhoraria muito minha experiência de jogo.

Uma coisa que melhorou muito do primeiro jogo para o segundo são as personalizações. Podemos customizar cada parte da roupa de Cal Kestis, assim como seu cabelo e barba, e são essas customizações que realmente mudam o personagem. Mas, além disso, podemos personalizar o BD-1, bem como o sabre de luz e o blaster e, novamente, personalizações muito profundas.

 Audiovisual e performance

Como já mencionado, o jogo está disponível apenas para a atual geração de consoles, ou seja. Xbox Series S|X e PS5 e, claro, para PC. E assim esperar melhor desempenho e gráficos melhores do que o que já tinha na geração anterior. Mas não é bem assim que acontece.

Primeiro, falando em desempenho, temos um modo que prioriza os gráficos e outro que prioriza o desempenho, como é padrão nos jogos hoje em dia. No entanto, nenhum desses modos funciona corretamente. Hoje, após algumas melhorias, o jogo está bem mais estável, mas não é incomum experimentar quedas de quadros ou quedas de texturas em resoluções mais baixas, principalmente em cenas com mais elementos na tela.

Além desses problemas recorrentes, o jogo ainda possui alguns bugs que me obrigaram a reiniciar o jogo algumas vezes. Todos os jogos possuem bugs, mas isso pode ser um grande problema em jogos de anime como este, pois se você não salvar o jogo depois de fazer muito progresso, e se o jogo tiver um bug que exija que você reinicie o jogo, tudo o progresso é perdido esta é uma questão muito problemática. Mas pelo menos o jogo tem muitos save points e em alguns casos o jogo salvo automaticamente.

Um visual nada além do aceitável

No entanto, quando se trata do visual do jogo, é difícil defender o fato de que o jogo é exclusivo da geração atual, pois é muito semelhante ao primeiro jogo. Existem algumas cenas ou outras que realmente não pareciam possíveis na geração anterior, mas os visuais estão longe de serem impressionantes.

Dito isso, acho que os jogos deveriam focar mais na geração atual e deixar a anterior, porque é mais provável que os desenvolvedores usem uma boa criatividade. Como eu disse, há poucas cenas que parecem realmente um jogo de próxima geração, mas essas poucas cenas são muito boas e se  Respawn tivesse permanecido na última geração, provavelmente não teríamos visto essas cenas.

Mas mesmo que seus visuais não sejam dos melhores, os controles são muito bons. Não vemos técnicas de enquadramento ou escrita muito bem direcionadas, nada revolucionário, mas a direção do jogo é daquelas que cumpre bem o básico. Não é o ponto alto do jogo, mas conta.

Já a trilha sonora…

Quando se trata de trilhas sonoras, se há algo em que a franquia Star Wars é muito boa é em trilhas sonoras. Não temos aqui música de John Williams ou de algum compositor conhecido, mesmo assim este jogo tem todo o tom épico que vemos na franquia, o que faz a sua parte para dar mais peso às cenas. decisão judicial

 Vale a pena?

Antes do meio do jogo, eu realmente não estava gostando do que estava vendo, tanto na jogabilidade quanto na história. No entanto, ao ajustar um pouco a jogabilidade com os recursos de acessibilidade, a jogabilidade se tornou muito mais agradável. Dito isto, existem jogadores diferentes, cada um tem os seus gostos, e o meu foi uma experiência mais normal e menos punitiva.

No meio do jogo resolvi esse problema de jogabilidade, mas foi só um pouco mais no meio que a história do jogo realmente começou a se mover. E a partir desse momento o jogo ficou muito mais interessante e a história realmente começou a se firmar. Mas demorou muito para chegar a esse ponto.

Mais longo do que devia

Se eu não escrevesse esta resenha, poderia pular o jogo e perder algumas cenas realmente boas. Isso aconteceu porque os desenvolvedores decidiram estender a história, talvez trazer um jogo mais longo que fosse mais lucrativo para o jogador. Algo que considero um erro.

Apesar de todas as reclamações, a história é muito boa. Muito direto, sem complexidade, mas que explora cada detalhe das relações dos personagens e desenvolve bem suas personalidades. Esses personagens me deram vontade de ver outra jornada protagonizada por eles.

Mas se você quer uma experiência com menos problemas técnicos, recomendo esperar um pouco para investir no jogo. Além disso, o jogo ainda é um pouco caro no momento, mas se os problemas mencionados acima não me incomodam, acho que Star Wars Jedi: Survivor vale o investimento.

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