A Supermassive Games estourou na geração anterior com Until Dawn, um jogo com foco narrativo de terror, onde as suas escolhas mudavam o rumo da história totalmente. Na época, o exclusivo do PlayStation impressionou por todas as possibilidades, seus atores e seu visual, e isso marcou o estúdio para sempre.
Não tivemos um Until Dawn 2 ainda, e se tivermos, não vai ser feito por este estúdio, mas isso não significa que eles ficaram parados desde este jogo. Foi exatamente o oposto, o estúdio desenvolveu uma antologia, chamada The Dark Pictures, e lançou uma quantidade bem grande de jogos desta franquia em um tempo muito curto.
Em quatro anos, quatro jogos da antologia lançados, jogos mais curtos é verdade (com exceção de The Quarry, que foi um jogo mais longo lançado por eles, mas que não faz parte da antologia), mas que cumpriam bem com aquilo que prometiam. Até que em 2023, o último jogo da franquia é lançado, este sendo apenas disponível para o PlayStation VR2.
Não é a primeira vez que essa parceria acontece entre a Sony e a Supermassive Games no âmbito de VR, lá em 2016 tivemos o Until Dawn: Rush of Blood, que era um jogo/simulador de montanha russa cuja temática era baseada no jogo do título. E Switchback VR pode ser considerado um sucessor espiritual deste título.
Do que se trata?
Conforme dito, Switchback, assim como Rush of Blood, é um jogo que se assemelha a um simulador de montanha russa, parecido com o Epic Roller Coaster, só que neste caso, temos duas armas para enfrentar os diversos inimigos que encontramos no jogo. Da mesma forma que Rush of Blood referência Until Dawn, Switchback é uma literal referência a antologia The Dark Pictures.
Cada uma das fases é inspirada em um dos jogos da antologia, inclusive, algumas fases possuem um “chefão”, e caso tenha jogado os jogos da franquia, você vai estar muito familiarizado a eles, o que foi o meu caso.
Tem história?
Bom, cada um dos jogos da antologia tem uma história única e funciona muito bem sozinho, mas este jogo tem um pouco de todos os outros, então como funciona? Bom, na verdade é bem simples. No jogo, nossa personagem sofre um acidente de trem, e está à beira da morte.
O jogo retrata isso da mesma forma que dizem que acontece com as pessoas quando estão à beira da morte: a vida inteira passa na nossa cabeça. E uma das coisas que tem um peso neste ponto, é a relação da protagonista com a sua irmã, que está bastante deteriorada neste momento.
E aí que entra a antagonista do jogo: Belial. Este é um dos nomes conhecidos do diabo, de acordo com o cristianismo, e no jogo, eles colocam a vilã como a Mãe da Mentira. Estamos na luta para sobrevivermos ao acidente, e para isso, precisamos sobreviver a todas as fases, onde entram os jogos da antologia.
Não sei como funciona no Rush of Blood, mas no caso de Switchback, eles tiveram o cuidado de explicar o porquê de estarmos em uma montanha russa. Isso torna a experiência um pouco mais palpável para os jogadores.
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Como está a performance?
Em termos técnicos, é um dos jogos mais impressionantes que tive a oportunidade de jogar no PlayStation VR2. E não digo em relação ao gráfico, pois temos alguns jogos bem superiores disponíveis no mercado, mas este é um dos jogos que melhor faz uso das tecnologias do VR2.
Novamente, ele não é o único jogo a utilizar bem o óculos de realidade virtual da Sony, porém, ele é um dos que faz as tecnologias se mostrarem bem mais presentes. Por exemplo, uma das tecnologias que o VR tem que é pouco explorada é rastreamento ocular.
Alguns jogos o utilizam bem para os menus, outros até bem em gameplay como foi o caso do Synapses, mas este jogo o utiliza de diversas formas muito legais. Por exemplo, existem inimigos que se movem apenas se piscarmos, ou se olharmos em outra direção, e isso é bem legal de se presenciar.
Todas as tecnologias que o VR2 proporciona, são utilizadas aqui, desde o rastreamento ocular, já citado. O Haptic Feedback está super presente, tanto no VR quanto nos PSVR2 Sense. Os gatilhos adaptáveis também se fazem presentes, assim como o rastreamento dos movimentos do headset.
Porém, nem tudo são flores. Switchback é o primeiro jogo de VR2 que testei que enfrentei problemas de performance que afetam a jogatina. Foram inúmeros bugs, o jogo crashou diversas vezes e a taxa de quadros caía de forma brusca.
Nunca tive problemas do tipo com jogos do VR2, e isso levando em consideração que estou jogando um ano depois do lançamento. A pouco tempo atrás, o jogo teve um update gigante que melhorou muita coisa em relação a performance e gráficos, dizendo ser este o jogo que queriam lançar originalmente. E mesmo assim tive diversos problemas, não consigo nem imaginar o estado do jogo no seu lançamento.
Valeu a pena?
Recebemos este código graças a Nuuvem, e apesar dos pesares, a experiência foi bem satisfatória. É um jogo curto, o que é padrão para jogos de realidade virtual, mas creio que seja o tempo ideal, ainda mais levando em consideração que é uma tecnologia que cansa bastante fisicamente.
Apesar disso, o cansaço é mais na visão, pois Switchback é um jogo que não requer tanto movimento braçal (apesar de existirem alguns momentos mais tensos). É um jogo indicado para se jogar sentado apenas, o que torna a experiência mais confortável. Uma coisa que sempre elogio é a localização, e este jogo está legendado e dublado em nosso idioma.
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