Atomic Heart: Trapped in Limbo é basicamente um Mario de tiro – Review

Chegamos na segunda DLC de Atomic Heart, das quatro prometidas, e estas DLCs são realmente importantes pois este jogo é um daqueles casos em que o jogo termina, mas a história não. E ao jogar a DLC, entendo o motivo de elas existirem de forma separada.

Na primeira DLC e nesta segunda, chamada de Trapped in Limbo, vemos o estúdio buscar novas e criativas maneiras de desenvolver esta história. A primeira DLC, Annihilation Instinct tentou ser criativa, mas no fim, trouxe uma experiência muito repetitiva, apesar de trazer novas armas, inimigos e habilidades.

Em Trapped in Limbo, em comparação com a primeira, não traz nenhuma novidade em si, nenhuma arma nova, nenhum inimigo novo, nenhum poder novo, porém, ainda assim, consegue ser mais inventiva e criativa que a primeira expansão. E desta vez não temos o problema da repetitividade.



Um jogo de plataforma

Cai de cabeça direto nesta DLC, sem ter visto nenhum tipo de trailer, imagens ou nada do tipo, pois assim, costumam ser experiências bem mais surpreendentes, inclusive, recomendo fazer isso e não apenas com jogos. Então, ao entrar no jogo, tive a primeira surpresa: o layout tinha mudado, mas até aí, nada demais.

Até que entrei na Trapped in Limbo de fato e a primeira coisa que pensei foi: “WTF?!”. Do nada estávamos em um mundo fantasioso onde tudo era feito de doces, biscoitos etc. Apesar de bem maluco, existe uma explicação para isso, relacionada totalmente com o final do jogo que, inclusive, por meio desta DLC, fica claro qual é o final verdadeiro.

Ao começar a jogar de fato, fui surpreendido por uma gameplay totalmente diferente e totalmente inesperada, basicamente sendo um jogo de plataforma com mecânicas bem inspiradas em jogos como Mario, Sonic e até mesmo Subway Surfers.



Gameplay inesperada

Obviamente, não era isso que eu esperava ao entrar em um jogo de tiro em primeira pessoa como esse, e em Trapped in Limbo, as partes em que atiramos de fato são mínimas. A real é que podemos terminar esta DLC sem darmos um tiro sequer, mas não foi isso que aconteceu na minha jogatina. Inclusive, vocês podem ver toda a gameplay no nosso canal do YouTube.

E se você assistir o vídeo, vai perceber que eu morri e morri e morri, várias e várias vezes, pois o jogo te explica o que fazer, mas a curva de aprendizagem, pelo menos comigo, foi um pouco longa. Não que o mesmo aconteça com você, pois as mecânicas não são difíceis em si, mas diferentes daquilo que o jogo traz originalmente.

Esta DLC é dividida em algumas sessões, sendo basicamente três tipos de “gameplay”. A primeira é como se fosse um escorregão infinito, onde temos que pular de plataforma em plataforma escorregando em coletando alguns itens.

Falando dos itens, temos basicamente dois tipos, um que está em uma quantidade mais abundante, semelhante a uma maça, e que serve para girar umas roletas que pode dar boas recompensas e outras nem tanto. E o outro item é basicamente uma moeda e que serve para comprar armas, porém, este é bem mais difícil de coletar. Porém, se tiver sorte, é possível conseguir armas nas roletas.



Sempre para cima

Outro tipo de gameplay são as fases literalmente de plataforma, onde temos como o objetivo chegar ao topo daquele local e voltar ao mundo real. Neste tipo de fase, temos que pular de plataforma em plataforma, pular por pontes em movimento, utilizar plataformas de salto, ventiladores gigantes que nos jogam longe, realizar escaladas e todo o tipo de coisa que jogos de plataforma possuem.

Podemos até mesmo pular em cima de tijolos que liberam moedas a cada salto, como um jogo de um certo baixinho com um bigodão que temos disponível no mercado. É uma inspiração bem clara e os devs não tem medo de deixar isso bem explícito. Estou separando estes tipos de sessão só para fins explicativos, mas isso não significa que veremos “fases” em que teremos estes dois tipos de gameplay.



Subway Surfers russo (sensacional)

O último tipo de sessão que temos no jogo é basicamente uma forma deste famoso jogo de celular, mas bem mais complexo e com muitas novas mecânicas. E mesmo sendo bem diferente destes outros dois modos citados anteriormente, isso não que dizer que não veremos um pouco deles aqui neste modo.

E ao final de cada sessão, temos uma batalha, seja contra um boss ou contra hordas de inimigos que serve para coroar esta experiência que tivemos. Após finalizar a Trapped in Limbo, mesmo que em alguns momentos eu tivesse dificuldade para pegar as mecânicas, não tem como não definir ela como genial.

É possível finalizá-la em pouco mais ou pouco menos de duas horas, o que é em média o que tivemos em Annihilation Instinct, mas a diferença em termos de qualidade é absurda. Esta é uma DLC que vale a pena jogar, e ainda temos mais duas prevista, será que teremos finalmente um final para Atomic Heart?

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