Far Cry 6 traz a famosa ação da franquia para Yara – Review

Far Cry 6 está disponível no Xbox Game Pass, agradecemos a XboxBR por nos enviar um código da assinatura e assim, nos permitir jogar este jogo.

De volta a 2004, a Ubisoft, em parceria com a empresa alemã Crytek Studios, deu um primeiro passo no lançamento da franquia que talvez seja a mais instável daquela que a Ubi possui. Mais especificamente em 23 de março, foi lançado o primeiro Far Cry, um jogo de tiro em primeira pessoa com alguns elementos de ficção.

O jogo se passava em uma ilha paradisíaca, com um amplo e bem-feito mundo aberto, bem acima daqueles encontrados até o momento. Os gráficos impressionavam a todos, assim como a liberdade que o jogo traz. Falando em liberdade, guarde essa palavra pois ela será muito importante no decorrer desta análise.

Em relação a enredo, pode se dizer que o jogo era bem limitado, porém, não é algo que incomodava pois apesar de um enredo curto, era bem satisfatório. Esses fatores tornaram o jogo um sucesso absoluto de críticas e vendas, chegando a vender 730 mil unidades apenas com quatro meses de lançamento. Com todo esse sucesso, era óbvio que uma continuação estaria a caminho, então chegou o Far Cry 2.



Mas as coisas foram diferentes aqui. Primeiro, a Crytek saiu do desenvolvimento do Far Cry, indo criar sua própria franquia, Crysis, em 2007, seguindo o mesmo caminho que o primeiro Far Cry, porém, elevando todos os seus elementos ao máximo. Então, a responsabilidade pelo jogo foi passada para a Ubisoft Montreal, que tinha a difícil missão de entregar um jogo ao menos no nível do anterior.

Em 21 de outubro de 2008, a Ubisoft lançava a tão esperada continuação da franquia, quatro anos após o lançamento do primeiro jogo. Nessa sequência, a Ubisoft decidiu abandonar os aspectos de ficção cientifica de seu antecessor em favor de um ambiente mais realista, inspirado na África.

Em questão de história, o jogo foi aquém do esperado, sendo bem raso, porém, esse jogo foi responsável por criar muitos dos pilares presentes até hoje na franquia. O jogo possuía aspectos climáticos altamente realistas, como por exemplo as chamas, que até hoje são referência no mundo dos jogos. Além disso, foram incluídos animais selvagens como zebras, antílopes, búfalos e gnus.

Apesar de não ser exatamente aquilo que os fãs da franquia esperavam, Far Cry 2 foi mais um sucesso. Ele ultrapassou a barreira de um milhão de cópias após apenas três semanas, o que teve uma ajuda do momento em que foi lançado, já que o mesmo lançou perto do Natal. E é claro que com um sucesso desses, uma continuação era esperada, então assim começou o desenvolvimento desse que até o momento é o Far Cry mais bem avaliado de todos.

Far Cry 3 foi lançado em 29 de novembro de 2012 na Europa e 4 de dezembro na américa e vendeu nada mais nada menos que apenas 10 milhões de cópias, esgotando rapidamente das lojas em sua mídia física, eu lançamento foi o ápice naquele momento, mas qual seria a razão de todo esse sucesso?

O jogo manteve a estrutura dos jogos anteriores sendo em primeira pessoa e em mundo aberto, ainda sendo desenvolvido pela Ubisoft Montreal. Porém, diferente do Far Cry 2, o terceiro jogo seguiu mais a linha estabelecida pelo primeiro jogo da franquia e decidiu focar na diversão em detrimento do realismo exacerbado presente no jogo anterior. Assim como o primeiro jogo, ele se passava numa ilha paradisíaca, cheia de segredos e outras razões para explorar. Dessa vez eles decidiram criar um visual mais cartoonesco, porém, quase não dá para reparar de tão bem-feito que o visual do game era.

Os eventos de Far Cry 3 se desenvolvem em uma ilha tropical, conforme dito anteriormente, localizada no cruzamento dos oceanos índico e pacífico, com uma forte inspiração na Indonésia. O jogo conta a história do americano Jason Brody, que após se perder na ilha durante suas férias, precisa salvar os seus amigos sequestrados e escapar dos piratas que habitam nela.

A primeira diferença que elevou o nível de qualidade foi a história. Em Far Cry 3, o jogador encontrou uma história que desenrolava de forma muito satisfatória, apresentando diversos personagens muito interessantes e com boas histórias de fundo, que tornavam tudo mais plausível. Além disso, existiam momentos do jogo que deixavam todos sem fôlego, com cenas de ação caóticas e incríveis. Porém, existe outro ponto que fez com que o FC3 deixasse sua marca para sempre na franquia.

Assim como o FC2 introduziu os animais na franquia, dando a eles um espaço até maior no terceiro jogo, FC3 introduziu aquele que com toda certeza é o ponto que mais chama a atenção na franquia: o vilão. Esse que foi representado por ninguém menos que Vaas Montenegro, aquele que para muitos é o maior vilão da franquia e um dos maiores do mundo dos jogos.

A partir daí, a franquia ganhou um novo ponto alto, que os jogos sequentes teriam que atingir para serem tão especiais quanto esse. Uma missão muito difícil e que, spoiler, não conseguiram fazer. Em Far Cry 4, o ambiente mudou totalmente, sendo agora inspirado no Himalaia e tendo como principal vilão o Pagan Min.

Foi um bom vilão, não entendam mal, mas não chegou ao nível do Vaas, assim como as missões não chegaram ao nível do jogo anterior. E ainda houve uma pequena queda nas vendas, alcançando 8 milhões de vendas, o que nem de longe é pouco, mas que não atingiu aquilo que eles queriam.

Então chegou o quinto jogo da franquia, Far Cry 5. Tendo como vilão o Joseph Seed, líder de uma seita religiosa que tomou conta de Hope County, uma cidade dos Estados Unidos inspirada em Montana. Apesar de não atingir o nível de qualidade do Far Cry 3, o FC5 ultrapassou facilmente as vendas de seu antecessor.

É um jogo bem competente, com uma história um pouco mais pesada, não em relação a violência, pois todos os Far Cry são bem violentos, mas em relação a sua temática. Joseph Seed também foi um vilão bem competente, mas parece que faltava alguma coisa. O jogo tinha missões divertidas, mas não tinha o mesmo peso dos anteriores, o personagem não tinha uma personalidade, algumas missões secundárias eram introduzidas como principais apenas para esticar mais o jogo.

Alguma coisa estava faltando, uma mudança que tornasse o jogo memorável ou algo que tornasse o jogo impactante de alguma forma, que não fosse apenas a violência gratuita. Apesar disso, o jogo foi um sucesso como já dito, mas será que essa fórmula seria suficiente para agradar o público num futuro jogo? Então, acredito eu a Ubisoft deu uma olhada em seu passado para rever aquilo que tinha tido de sucesso anteriormente e trazê-lo de volta no próximo jogo. Uma segunda volta as origens da franquia, chegando nesse que é o motivo dessa análise estar sendo feita.

Far Cry 6

Lançado no dia 7 de outubro de 2021, disponível para Amazon Luna, Google Stadia, PC, PlayStation 4/5 e Xbox One/Series X|S, Far Cry 6 novamente traz de volta a sua estrutura de jogo de tiro em primeira pessoa em mundo aberto, com alguns elementos de RPG e dessa vez desenvolvido pela Ubisoft Toronto.

Dessa vez, o jogo de passa em uma ilha fictícia do Caribe chamada de Yara, totalmente inspirada em Cuba e governada pelo ditador conhecido como “El Presidente” Anton Castillo. Como ocorreu com os jogos mais recentes, o vilão foi um grande foco do marketing do jogo e dessa vez ele foi interpretado pelo brilhante Giancarlo Esposito, mostrando que o objetivo era mesmo criar um grande vilão.



Enredo

Lembra quando falamos que a palavra liberdade seria muito importante, é porque ela é uma parte muito importante desse jogo. Como já dito, o jogo retrata uma Yara sofrendo com uma ditadura militar que afeta muitas pessoas do país, trazendo muitas mortes e violência, sendo essa a motivação principal por traz da(o) protagonista Dani Rojas.

Inicialmente nos encontramos tentando escapar de Yara e indo em direção aos Estados Unidos, e é aí que somos introduzidos devidamente ao personagem do Ruancarlo e ao filho dele, Diego Castillo, interpretado por Anthony Gonzalez. Nesse momento, e na própria introdução do jogo, nossos amigos morrem, o que não é um spoiler já que isso está presente nos trailers.

Pela capacidade de interpretação do ator, era esperado que uma boa atuação seja desempenhada pelo mesmo, mas ele vai além disso. O vilão aparece bem mais do que os outros jogos da franquia, até mesmo do que ocorre com o Far Cry 3. E ele não é apenas um vilão mal que é mal por ser mal, ele tem boas motivações e demonstra sentimentos de diversas formas no jogo, principalmente em relação ao seu filho.

Uma evolução em relação ao jogo anterior é que a personagem possui uma personalidade, assim como ocorria com o Far Cry 3. A(o) Dani tem suas próprias opiniões e faz as suas próprias escolhas, além disso, nós agora vemos a personagem e suas feições, trazendo uma proximidade maior com a personagem.

Em geral, a história é tão boa ou talvez melhor que a história do Far Cry 3. Aqueles momentos de ação desenfreada presente no jogo antigo estão de volta, e com as evoluções tecnológicas que a geração mais recente proporciona. O jogo anterior da franquia tinha alguns sub-chefes que eram legais mas pouco interessantes. Nesse jogo, também existe os sub-chefes mas aqui estão muito melhor representados, assim como os personagens coadjuvantes.



Audiovisual

O jogo se passa em uma ilha com inspiração em Cuba, e isso reflete no visual do jogo, que aqui não tem aquele filtro amarelo característico nos filmes americanos quando se trata do povo latino nos filmes norte-americanos. Tudo segue as “cores” reais que provavelmente se tem no lugar, assim como a arquitetura que encontramos lá.

Visualmente, é tudo muito bonito. Os gráficos são os melhores encontrados até agora na franquia, com cenários com muitos detalhes e bem modelados. Apesar de se passar em um país, existe uma ampla variedade de cenários de acordo com determinadas regiões. Nesse jogo encontramos talvez o cenário mais urbanizado entre todos os jogos da franquia e apesar disso, não deixa de ter aquela sensação de um Far Cry.

O clima no jogo é dinâmico, com ciclo de dia e noite além de mudanças climáticas que ocorrem aparentemente de forma aleatória, exceto em alguns momentos que chovem para dar um impacto maior para o momento. Porém, em alguns momentos isso é utilizado de maneira um pouco exagerada, o que acaba tirando um pouco o peso que o momento teria, pois, a mesma mudança ocorreu em alguns outros momentos.

Em relação aos efeitos visuais, como já citado anteriormente, o fogo presente no Far Cry 2 é até hoje referência quando se fala na forma que ele age, como transforma o ambiente e reage ao vento, por exemplo. Porém, isso acabou no Far Cry 3 onde foi simplificado, assim como outras coisas, mas existem alguns diferenciais que ainda são referência na franquia.

A água da franquia é uma das mais realistas que se encontra hoje em dia, e isso não vem desse jogo em específico, desde jogos anteriores ela já é impressionante, e nesse jogo ela só fica melhor. É claro que ela não afeta em nada na jogabilidade, porém, em relação ao visual, é muito importante. Ela reage a praticamente tudo, de forma bem realista e isso não é algo simples de se fazer, por isso, tem que ser parabenizado.

Outra coisa muito interessante que está presente no jogo são as amplas opções de acessibilidade que aqui são amplas de verdade. É possível destacar objetos que podemos interagir, destacar inimigos, entre outros. Não apenas tem um modo daltonismo como também é possível personalizar as cores da interface e até mesmo cores in-game, como por exemplo a cor dos lasers utilizados nas miras.

Partindo para questões relacionadas ao áudio do jogo, também são apenas elogios. Os sons das armas são bem condizentes com os tipos e modelos, além disso, existem armas criadas para o jogo (bem-feitas a propósito) e cada uma delas tem seu som específico, e novamente, muito condizente com a arma e até mesmo muito criativo em relação a algumas delas.

A trilha sonora é muito presente e é bem agradável sempre que está em cena. E bem variada, tendo uma boa variedade de músicas para as diferentes situações que ocorrem no jogo. Além disso, existem as músicas licenciadas, e em uma quantidade muito grande por sinal, algumas delas bastante conhecidas.

Como ocorre a muito tempo, as músicas são aquelas presentes na região da qual o jogo se inspira, e aqui não é diferente. São todas músicas latinas, de diversos gêneros e tipos e uma nova feature presente no jogo chama muita atenção. Quando algumas músicas tocam, a Dani canta junto com a rádio, algo que até o momento, nunca tinha visto acontecer em um jogo. É um pequeno detalhe, simples, mas que traz todas uma sensação e essa foi uma ótima sacada do estúdio.



Jogabilidade

Falando da jogabilidade, não tem nenhum segredo em relação àquilo já visto nos jogos anteriores, mas houve sim algumas adições bem-vindas a franquia. O jogo, assim como sempre foi, é baseado na perspectiva de primeira pessoa, mas pela primeira vez na franquia, houve alguns momentos em que víamos a(o) protagonista em terceira pessoa. Não são momentos muito significativos, mas sempre que presente, foram interessantes, uma ideia boa.

No jogo podemos correr pular, se agachar, mirar, atirar, além de pilotar veículos, helicópteros e aviões, mas até aí, nada de novo na franquia. O último Far Cry antes do 6 foi o New Dawn, que é uma expansão standalone, como ocorreu com outros jogos da franquia. Nesse jogo foram introduzidos muitos elementos de RPG, que nunca apareceram antes na franquia, e agora nesse novo jogo, alguns deles estão de volta. É importante frisar que ao início do jogo podemos escolher entre um personagem masculino e um feminino.

Os inimigos possuem um nível, não é visível no personagem, mas no mapa é possível ver o nível recomendado para aquela região. Por conta disso, dependendo do nível da região ou da arma que utilizamos, o inimigo não vai morrer com um tiro na cabeça, mas uma boa quantidade de energia vai sair da barrinha dele. Os inimigos são identificados por cores. Quando brancos, eles estão no mesmo “nível” da nossa personagem, vermelhos, estão acima, e quando tem uma caveira na identificação, são bem mais fortes que o nosso personagem. Mas mesmo muito acima do nosso nível, é possível derrotá-los com algumas estratégias.

Uma coisa que foi de fato introduzida nesse jogo são os supremos, que são basicamente os golpes ultras presentes em alguns RPGs, ou especiais. São alguns disponíveis e podemos comprá-los adquirindo um dos tipos de itens coletáveis e cada um deles tem uma função que afeta diretamente o gameplay.

Falando em itens coletáveis, existem uma grande quantidade deles, e cada um deles possuem diferentes funções. Alguns deles são utilizados para criar armas diferenciadas, aqui chamadas de gambiarras, outros utilizados para criar partes de armas etc. Existem também os pesos yarenses, que são o dinheiro do jogo, que são utilizados para comprar armas, itens e suborno.

O mapa do jogo possui diversas atividades a serem realizadas, além de diversos locais para se explorar. Esse que é o maior mapa que a franquia já viu, ou pelo menos essa é a sensação que ele passa e coisa para se fazer nele é o que não falta. Após realizar todas as missões da história, ainda haverá muitos locais para se explorar e missões extras para se realizar.

As missões da história funcionam de forma muito semelhante a o que acontece no jogo Assassin’s Creed Valhalla, da qual vamos para algumas regiões e ajudamos as pessoas de lá para formarmos alianças que nos serão úteis no futuro. Mas diferentemente do que ocorre em AC, em Far Cry 6 não se tem missões em excesso, sendo possível terminar todas as missões principais em pelo menos 18 horas. Realizando as secundárias, esse tempo cresce bastante.

Existem diversos tipos de missões secundarias, citarei algumas para a melhor visualização. Existe um tipo de missão que é bem presente nos jogos mais recentes da franquia, que são as missões onde recrutamos aliados para nos ajudarem nas missões, e nesse jogo são todos animais, por exemplo, o Chorizo que é aquele cãozinho super fofo com rodinhas nas patas. Apenas uma dessas missões estão presentes na história principal, então cabe ao jogador fazê-las ou não.

Existem também as missões de exploração, onde fazemos caça aos tesouros, invadimos algumas áreas tomadas pelos inimigos, dominamos postos de controle, ajudamos aliados em emboscadas, entre outros. Uma coisa que já não está presente desde o jogo anterior e continua aqui são as missões para abrir o mapa por meio das torres, mas não é algo que faça falta sinceramente.

Em relação a gun play, é tudo muito agradável e satisfatório como de costume. Cada arma possui uma jogabilidade diferente, funcionando de forma específica. Os inimigos receberam uma simplificada, não em relação as suas habilidades, mas no modo de derrotá-los. Cada tipo de inimigo tem suas particularidades, mas o modo de matá-los sempre se mantém o mesmo. Apesar disso, percebi que ouve uma pequena melhora na sua inteligência artificial.

Até o momento, o jogo só possui duas dificuldades, e mesmo na maior delas, a dificuldade não é muito elevada, então dificilmente se vai ter um grande desafio nele, apesar de alguns momentos ser realmente desafiador, principalmente se não evoluir o personagem ao nível indicado na região da missão. Mas se quiser rushar o jogo, é possível.

É possível terminar o jogo tanto de maneira single player com de modo cooperativo, mas ainda não pude testar o modo. Assim que tivermos uma experiência suficientemente adequada, falaremos mais sobre o modo. Uma coisa que tem sido diminuída são os usos do itens adquiridos por meio da caça. Variedade de animais é o que mais tem aqui, mas sua utilização ficou muito resumida.



 

Conclusão

Far Cry é uma das franquias mais estáveis da Ubisoft, onde é quase certeza que encontramos qualidade. É claro que alguns jogos são melhores que outros na franquia, mas em todos eles, é possível encontrar um bom jogo, e o mesmo pode ser dito para os vilões da franquia.

Far Cry 6 é um ótimo jogo, que te entregará tudo aquilo que ele promete e talvez ainda um pouco mais. É um dos melhores da franquia se não for o melhor, possui uma ótima história, personagens muito interessantes e cativantes e o mesmo pode ser dito para a protagonista que agora é uma pessoa de verdade e não apenas a “recruta”. Você terá uma experiência boa, não importa se você seja a Dani ou o Dani. Se busca um Far Cry, nesse jogo você encontrará um genuíno Far Cry. O jogo pode ser acessado com uma assinatura no Xbox e PC via Game Pass.

Veja também:

Atomic Heart: Trapped in Limbo é basicamente um Mario de tiro – Review

ForeVR Bowl é mais um acerto da ForeVR Games Inc, trazendo a pura definição de diversão – Review

Paralives irá lançar para consoles?

 

Sair da versão mobile