AVISO: Essa review foi realizada com um código de review cedido pela Activision Brasil
Bom, o que falar de Call of Duty: Modern Warfare 3? Todos os anos, tenho o privilégio de jogar os jogos da franquia, quase que na data de seu lançamento, e sem custo, afinal, nós temos o privilégio de recebê-los. Desta vez não foi diferente, e aqui fica o nosso agradecimento a Activision pelo envio da key para esta análise.
E para mim, o final do ano sempre é especial pois é quase certeza de que um novo jogo da franquia iria chegar, trazendo sempre uma diversão única. Os jogos não trazem inovações absurdas que mudam o mundo dos jogos, mas sempre trazem aquilo que o entretenimento interativo precisa: diversão. E afinal, é isso que define a franquia desde sempre, seja jogando a campanha, seja jogando o multiplayer.
Mais ou menos no final do ano, após o lançamento de Modern Warfare 2, que inclusive é um jogo que elevou muito a franquia tecnologicamente, surgiu um rumor de que em 2023 não teríamos um Call of Duty. Faz muito tempo que um ano passa em branco com a franquia, e para dizer a real, eu era um dos entusiastas em relação a esta ideia. Acho que faria bem a franquia, ainda mais levando em consideração um jogo tão grande quanto o anterior.
No fim, não foi isso que rolou, e hoje temos o Modern Warfare 3, que originalmente seria uma DLC do 2, mas que acabou sendo lançado como um jogo completo, inclusive com o valor de um. Na minha opinião, um erro absurdo, e explicarei o porquê, mas desde já, quero deixar claro que não acho que valha a pena investir nele neste momento.
https://youtu.be/mHDEDDrGYvo
Mas por quê?
Como citei, para mim, o que define e sempre definiu a franquia, era o fator diversão. E isso é o que fez a franquia ser o que é, em termos de escopo e sucesso. Se analisarmos o mercado, o maior concorrente da franquia atualmente é o Battlefield, e se fizermos uma viagem no tempo, era maio óbvio que a franquia da EA era muito superior em termos tecnológicos.
Por muito anos os Call of Duty ficaram presos a uma engine ultrapassada, que em termos de comparação com a Frostybite da DICE, era muito inferior. Nos BFs tínhamos gráficos mais realistas, melhores expressões faciais, cenários quase que totalmente destrutivos e muito maiores, uma quantidade de players em partida muito maior, a possibilidade de pilotarmos veículos, entre outros.
Mas ainda assim, Call of Duty nunca ficou atrás do Battlefield, e não existe outra explicação para isso que não seja a diversão. E esta diversão constante ao longo dos anos, fez a franquia se tornar praticamente imbatível e monopolizar o cenário dos jogos do gênero. Hoje, a situação é o contrário, COD se manteu em alta e ainda evoluiu grandiosamente em termos tecnológicos.
Porém, esta entrada da franquia de 2023 se mostrou um total retrocesso em relação àquilo que a franquia tinha. Os jogos da linha Modern Warfare eram desenvolvidos pela Infinity Ward, o estúdio a Activision que mais elevava a franquia em termos tecnológicos. Os dois primeiros jogos deste reboot foram coisas grandiosas. E aí, tendo um terceiro jogo, era esperado que ele elevasse ainda mais a franquia. E não foi o que aconteceu.
Modern Warfare 3 se define pela reutilização de alguns pouco elementos apresentados nos jogos anteriores e no Warzone, não existe nada de realmente original aqui. O que é uma pena. Acredito que se colocassem o jogo como apenas uma DLC, a situação seria totalmente diferente, afinal, o jogo é uma DLC sem sombras de dúvidas, apesar de não se definir como tal.
Uma tradição que sempre segui com os Call of Duty era sempre jogar as fases no nível mais difícil. Isto porque eram liberados troféus individuais para cada fase superada neste nível, e isso vem desde muitos anos atrás. Mas não é algo que está presente aqui, nem mesmo um troféu de platina existe aqui, o que mostra que de fato é uma DLC e que não tem como negar. Fora que, para instalar o jogo, é necessário instalar também o jogo anterior, deixando ainda mais óbvio a reutilização dos assets dos jogos anteriores.
E o fator diversão?
É bem difícil o jogo não ser divertido, pois a jogabilidade que a franquia consolidou é uma das melhores no gênero de jogos FPS, com um tiroteio rápido e satisfatório. Mesmo assim, o jogo não foi suficiente para me prender como os jogos anteriores faziam. Eu tive que fazer um esforço para terminar o modo campanha, coisa que em anos anteriores era impensável, afinal, para mim, o lançamento de um COD era quase um evento para mim pois era diversão garantida.
E é muito triste que não tivemos esta diversão costumeira, mais triste ainda o fato de desperdiçarem parcialmente um dos maiores vilões de toda a franquia. Jogando as missões da história, me senti jogando o modo Warzone, pois em termos de jogabilidade, é praticamente a mesma coisa. Aqui, toda aquela coisa cinematográfica que tínhamos no modo campanha dos jogos anteriores, foi quase totalmente perdida.
Temos um ou outro momento legal em termos de história, o próprio Makarov continua um excelente vilão, mas em meio a isso, temos algumas missões em ambientes abertos que são literalmente vazias e que só servem para, praticamente, encher linguiça. E ainda assim, enche bem pouco, pois este é o jogo mais curto de todos os jogos da franquia. E não me entendam mal, um jogo ser curto não é sinônimo de ruim.
O Call of Duty: Modern Warfare de 2019 é bem curto, mas para mim, é a melhor campanha da franquia. O problema é ser curto e ao mesmo tempo ser vazio, o que é uma missão bem difícil. Então quero deixar aqui meus parabéns pela realização desta façanha.
Veredito
Agora vamos a parte que realmente interessa, após jogar este jogo, valeu a pena o tempo e o dinheiro investido? É bom deixar claro que se quiser jogar, é necessário pagar o valor cheio de um jogo AAA, mesmo que não tenhamos um jogo completo. E levando este ponto em consideração, a resposta óbvia é que não vale a pena investir nele.
Se você, assim como eu, é fã de Call of Duty, é difícil não ir atrás deste jogo, pois ele vai ser importante para a continuidade da franquia. Mas o jogo que recebemos este ano é bem decepcionante. Era preferível seguir aquela ideia de ser um ano sem COD, ou então lançá-lo como uma DLC e não um jogo completo. Mas nestes momentos, infelizmente o dinheiro fala mais alto. Estamos diante do pior Call of Duty dos últimos anos, mas se tem um lado bom nisso, é que pelo menos, dificilmente teremos algo pior que isto.
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