Infinity Nikki é um cozy game surpreendentemente bom (e gratuito)- Review

Estava de olho neste jogo desde o seu anuncio, pois eu sou daquelas pessoas que fica interessada por conta do visual de um jogo. Infinity Nikki me parecia ter um visual bem legal, diferente, e uma gameplay que parecia ser bem divertida. E a pouco tempo, tive a oportunidade de testar o jogo em uma build pré-lançamento, então, deixarei aqui as minhas impressões depois de jogar umas boas horas de jogo.

Gravamos uma gameplay do início do jogo que você pode conferir abaixo e no nosso canal do YouTube. Como disse, testamos uma build pré-lançamento, ou seja, é possível que algumas coisas sejam diferentes e alguns dos problemas sejam corrigidos. Confira:

https://youtu.be/ABcZOA3BwkM

Evoluindo o gênero de jogo de “roupinha”

Como disse, assim que o jogo foi anunciado, logo fui atrás de mais informações, e nessa minha pesquisa, descobri que este jogo é de uma franquia de jogo de trocar roupas. Sabe aqueles jogos que temos um personagem em 2D, onde podemos criar vários looks diferentes trocando as roupas dos personagens? Essa é a franquia.

E por mais que o conceito possa parecer bobo, é totalmente claro que fez sucesso, afinal, chegamos a este jogo que é um AAA muito completo e free-to-play. E este conceito que os jogos anteriores da franquia tinham, estão totalmente integrados a gameplay deste novo jogo, de forma muito bem pensada.

Uma grande surpresa

Eu fiquei totalmente impressionado quando testei este jogo pela primeira vez, e foi uma boa primeira jogada pois literalmente não consegui parar de jogar. E fiquei impressionado por diversos motivos, mas vamos falar sobre eles aos poucos. Mas a primeira coisa que gostaria de comentar é sobre o seu visual.

Essa build estava disponível apenas para o PC, que não é minha plataforma principal, mas a experiência em geral foi muito boa. Testei o jogo em uma RTX 4070, e isso me possibilitou testar o jogo em 4K, com todas as especificações no ultra e ray-tracing ativado.

Utilizando o DLSS, tive uma experiência bem suave, com o jogo travado em 30 fps, o que pode parecer pouco para os PCistas, mas para mim é mais do que o suficiente, ainda mais quando jogo no PS5 e no Xbox os jogos no modo qualidade.  Não percebi nenhuma queda na minha jogatina, ou seja, para mim o jogo está muito bem otimizado, ainda mais levando em consideração ser uma versão de PC, que tem sido cada vez mais problemática.

Mas agora entrando de fato no visual do jogo, temos mais um daqueles exemplos de que “gráfico realista não é tudo”. Infinity Nikki tem um visual bem característico, daqueles que lembram os animes bonitinhos e outros jogos asiáticos mais voltados para o público feminino.

Deslumbrante, apenas…

O ponto principal do jogo é a Nikki, a personagem que controlamos, e ela é uma personagem muito bem modelada. Não só a personagem no seu visual padrão, como cada um dos visuais que podemos personalizar nela. O mesmo pode ser dito das diversas roupas e dos diversos looks do jogo. Realmente, é um trabalho para se aplaudir.

Falarei mais sobre a questão dos trajes na parte de gameplay, mas além de serem muito importantes neste ponto, cada um deles é bem único e característico, e estão disponíveis em uma variedade que eu diria que é quase infinita. Mas o restante do jogo acompanha toda essa qualidade que os trajes apresentam.

Um mundo bem vivo

Os NPCs são igualmente bem modelados e estão disponíveis em uma quantidade bem interessante pelo mapa. Temos áreas bem densas, com uma quantidade de NPCs bem considerável, e o que impressiona é a fato de parecerem estar vivos. Quando chegamos perto de cada um deles, estão fazendo alguma atividade ou conversando. Além dos humanos, temos diversos animais muito bonitinhos e bem modelados.

Podemos prestar atenção nas conversas, e apesar de serem textos simples, são conversas que fazem sentido de estarem acontecendo naquele ambiente. Vemos alguns detalhes que também chamam atenção, como a roupa reagindo aos climas ambientes e a iluminação. A expressão facial não impressiona muito, porém, estranhamente combina com o estilo visual do jogo, o que é no mínimo curioso.

Mas se tem uma coisa que eu fiquei impressionado, é o mapa do jogo. Quero citar um jogo que se assemelha bastante com o feeling que temos aqui, que é o Genshin Impact. O jogo tem um mapa muito legal, testei também no lançamento e ele tinha um mapa razoavelmente grande, que foi crescendo conforme as atualizações do jogo.

O mapa impressiona

Em Infinity Nikki, temos também um mapa razoavelmente grande, mas que o tamanho não impressiona, porém, acredito que com as futuras atualizações, novas áreas do mapa serão incluídas. Mas sendo bem direto, o tamanho do mapa não impacta em neste jogo, pois a quantidade de atividades que temos em cada pedaço dele é bem grande.

Em termos de visuais, Infinity Nikki, na minha opinião, vai além daquilo que Genshin Impact entrega em termos visuais. No Genshin, temos uma clara inspiração em Zelda, mas no novo jogo da Nikki, temos um mapa com muito mais personalidade. O jogo tem uma cara de jogo de época, com cenários com bastante verde.

Porém, a quantidade de cores que encontramos no mapa, sejam por flores diferenciadas ou construções, fazem os olhos brilharem. A distância, vemos uma leve nevoa povoando os cenários, trazendo uma sensação de grandiosidade impressionante. Sem contar a forma como o mapa reage as mudanças climáticas e ao ciclo de dia e noite. Simplesmente sensacional o mapa deste jogo.

O visual em geral me impressionou bastante. Além dos NPCs humanos, ainda temos alguns dragões, bem maiores que os personagens padrões, e ainda assim bem carismáticos. E é claro, temos os inimigos do jogo, que em geral não são humanoides, mas apesar de termos que os enfrentar, tem um visual também bem carismático.

Uma gameplay sólida

Já que citamos os inimigos do jogo, pelo menos até onde joguei (importante destacar que é um jogo de serviço gratuito, ou seja, o jogo vai ser minimamente gigante e até mesmo infinito), a única forma de derrotá-los é utilizando ataques de longa distância. Mas não senti muita ameaça ao enfrentá-los, inclusive, tive muito pouco combate nessas horas de gameplay que joguei. Mas sinceramente, isso não fez muita falta, pois não é o foco do jogo. Acredito que os inimigos aqui sejam mais um extra do que realmente uma necessidade.

Como disse mais acima, a franquia desde o princípio foi sobre trocar as “roupinhas”, e isso foi colocado de forma bem legal no jogo. Temos algumas trocas de roupas que são automáticas no jogo. Por exemplo, quando pulamos, trocamos para uma roupa que nos permite dar saltos duplos e planar no ar. Quando atacamos, trocamos para uma roupa diferente, focada nos ataques.

Variações de gameplay orgânicas

Os trajes deste jogo são chamados de Croquis, e além destes trajes que entram automaticamente, temos alguns que são “ativados” de forma manual. Por exemplo, temos um traje que nos permite escovar os animais do jogo para acumular o pelo deles, temos um traje que nos permite caçar insetos, um traje que nos permite pescar, e diversos outros trajes para funções específicas.

Temos uma árvore de habilidades bem grande no jogo, e é por meio delas que desbloqueamos a habilidade de fabricar trajes e de aprimorar aqueles já fabricados. Disse acima que alguns trajes servem para coletar itens, sejam pelos, insetos, entre outros. Cada um desses itens é utilizado na produção de novos trajes.

E é claro, temos também alguns trajes/itens que são unicamente estéticos, possibilitando infinitas combinações. Podemos personalizar cada parte da Nikki, desde as roupas, mochilas, joalherias e até mesmo na cor da pele. E tudo é muito bem produzido e bonitinho.

Um grande foco na exploração

Explorando o mapa, também encontramos diversos itens importantes para a criação de novos trajes e itens, sendo mais importante as Estrelas do Encanto e o Briluz. São itens essenciais para a criação de itens, sendo o Briluz uma forma de dinheiro do jogo.

As Estrelas do Encanto são um pouco mais difíceis de encontrar, mas o nosso parceiro de jornada, Momo, nos ajuda a encontrá-las. Entrando na visão deles, a silhueta das estrelas fica destacadas no mapa, e podemos rastreá-las de forma mais fácil.

Algumas delas são mais difíceis de serem adquiridas, necessitando resolver alguns pequenos puzzles. Por exemplo, tem uma estrela que está na forma de um animal, fazendo com que precisemos chegar de forma furtiva perto deles e acariciá-lo, e assim, conseguir pegar a estrela. Outro exemplo é quando a estrela cobre parte do mapa, e temos que localizar neste pedaço algum objeto ou imagem que remeta a uma estrela e interagir com eles. Até mesmo existem puzzles em mapas únicos.

Uma infinidade de conteúdo

Como disse mais acima, o mapa dá a impressão de ser curto, e isso não incomoda. E o que faz isso não incomodar é o fato de que cada pedacinho do mapa tem uma grande quantidade de atividades a serem feitas. E não falo apenas dos itens a serem coletados.

Temos diversas vilas no mapa do jogo, cheias de NPCs, e muitos deles nos oferecem diversas missões secundárias, muitas delas contribuindo de certa forma com a gameplay, por exemplo nos dando “projetos” de novos croquis, que também trazem novos itens de personalização e novas habilidades. Além dessas missões, temos alguns minigames que, inclusive, remetem a jogabilidade dos outros jogos da franquia.

Tem alguma história?

Novamente comparando ao Genshin Impact, o jogo tem um objetivo bem definido em termos de história, mas vamos rodando por várias pequenas histórias que em algum momento vão se encontrar com esse objetivo principal. Inifinity Nikki é divido em capítulos, que são bem grandes, inclusive.

Nosso objetivo principal é despertar os Looks Milagrosos, croquis muito raros. E para isso, precisamos investigar mais sobre eles, porém, poucos sabem sobre, ou seja, não será uma tarefa fácil. O universo do jogo é bem curioso, inclusive. Tudo ocorre em Milagros.

Nikki (tal qual Kratos) recebeu um poder imensurável, chamado Coração do Infinito, por meio da Curadora, uma espécie de deusa deste universo que se encontrava adormecida por muitos anos. Porém, ela perde todos os seus poderes. No caminho para despertar os Looks Milagrosos, despertamos também os nossos poderes perdidos.

Mais uma luta da luz contra a trevas, mas bem original apesar disso

Mas a história não é apenas sobre a personagem recuperar seus poderes, ela precisa fazer isso para conseguir salvar o mundo das forças das trevas, chamada aqui de Nanessência, gerada pela Essência das Trevas. E os nossos ataques são justamente para purificar elas.

Como disse, o universo deste jogo é bem curioso, e nele temos diversos estilistas e a criação de croquis é o que move esse mundo. E isso gera a ter diversas guildas e clãs, diversos níveis de estilistas e diversas competições entre eles. Uma ideia bem original, devo admitir.

Como é a monetização por aqui?

Genshin Impact presente mais uma vez, onde o jogo monetiza pela venda de novos personagens, o famoso gacha. Infinity Nikki vai por esse caminho, mas substituindo os novos personagens por novos trajes, além dos famosos passes de temporada. Coisas que são bem criticadas, mas aqui são totalmente aceitáveis pelo fato de ser um jogo gratuito.

Mas após algumas horas de jogo, não me senti prejudicado em nenhum momento por não gastar dinheiro no jogo. A monetização, pelo que entendi, é totalmente relacionada a personalização. É possível que os trajes pagos tragam habilidade exclusivas? É, mas não foi o que me pareceu, apesar de os trajes terem um nível de raridade. Jogar de forma gratuita me parece ser bem justa.

1 / 9

Afinal, vale a pena?

É difícil não recomendar um jogo gratuito né, mas não é novidade que muitos desses jogos acabam se tornando pay-to-win. Porém, neste caso, onde o jogo é bastante focado no modo single player, é bem fácil recomendar jogar, ainda mais pelo fato de o jogo de o jogo ter uma qualidade absurda. Fora que o jogo já está em português.

Fica impressionado com o fato de cada vez mais surgirem jogos gratuitos com esse nível de qualidade, podemos lembrar do já muito citado Genshin Impacto, Zenless Zone Zero, Hankai Star Rail, Tower of Fantasy e até mesmo The Sims. Sem falar nos jogos com elementos multiplayer como Warzone, Fortnite, The Finals, Destiny 2, Overwatch 2, entre outros.

E eu colocaria Infinity Nikki como um jogo acima da média, que é bem alta pois temos muitos bons jogos atualmente. Sem dúvidas, este é um dos jogos mais originais em termos de ideias, mesmo que em jogabilidade já tenhamos visto jogos deste tipo. Sou um felizardo por poder testar esse jogo antecipadamente e com certeza, no dia 5 de dezembro estarei jogando novamente no PS5, mas este jogo também estará disponível no iOS e Android, além do PC, que foi onde jogamos.

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