The Last of Us Part II Remastered – Review

Questionável ou não, The Last of Us 2 Part 2 Remastered está entre nós, por 50 reais para aqueles que já possuem o jogo e 250 para aqueles que não possuem o jogo. Já serei bem direto neste ponto, faz sentido? Bom, para uma galera nas redes sociais, não faz, mas sabe aquela máxima de que a minoria é a que faz barulho? Bom, acho que é isso.

O jogo foi lançado em 2020 e já na época, era um primor gráfico e técnico, e mesmo quatro anos depois, poucos ou nenhum chegaram a este nível de fidelidade gráfica. E o mesmo pode ser dito de Uncharted 4, que é de 2016. E aí, chegamos na nova geração, e estes gráficos continuam lindos, mas ainda assim, sai uma versão remasterizada.

É questionável? Sim, tanto quanto vermos a diferença entre um jogo no PC com os gráficos no alto e compararmos com os gráficos no ultra. A diferença neste caso é que o PC, é possível fazer atualizações nos componentes, possibilitando melhorias gráficas com menos gastos, o que não rola no PC.

Mas alguns podem dizer que uma atualização de performance poderia ser disponibilizada de forma gratuita para os que possuem o PS5. Bom, isso tanto poderia acontecer quanto já aconteceu, então se quiser jogar com uma melhoria na performance, pode fazer isso de graça.

É para você?

O ponto é, tudo bem que você pode ter jogado o jogo no lançamento e não quer pagar novamente por melhorias, mas a questão é que esta versão não foi feita exatamente para você. A pouco foi anunciado que o PlayStation 5 atingiu 50 milhões de vendas mundialmente. Já parou para pensar que no mínimo uma pessoa destas que comprou o console não teve o da geração passada?

Só de haver uma pessoa, significa que existe um público que não consumiu este produto anteriormente. E assim como com o remake do primeiro jogo, esta pessoa terá a capacidade de jogar este jogo incrível da melhor maneira possível, fazendo jus ao alto preço pago pelo console.

Eu nem preciso citar que a pouco saiu a série baseada no jogo, que conquistou oito emmys e bateu recordes de audiência na HBO que é uma emissora muito bem consolidada. O público que consome séries não necessariamente é o mesmo que consome jogos eletrônicos.

A série fez muito sucesso, lançada em 2023 e retornará só em 2025. Mas aqueles que se interessaram pelo universo, podem adquirir o jogo (e o console) para ver o que acontece nos próximos capítulos do jogo. Mais um público a ser atingido. Isso sem falar nos entusiastas que querem sempre a melhor qualidade possível, onde este que vos fala se encaixa.

Toda essa discussão para falar que uma pequena melhoria gráfica não vale a pena quando este ponto fica totalmente camuflado por outras novidades que esta nova versão traz. Então vamos para o que realmente interessa aqui, que são os novos modos de jogo. O primeiro que quero citar é aquele que considero o principal:

Sem Volta

A pouco tempo tivemos uma grande surpresa com um modo rogue lite em God of War Ragnarok, que nos surpreendeu por sua grande qualidade e quantidade de conteúdos, mesmo que com um escopo não tão grande. O modo Sem Volta é o mesmo caso, porém, o foco na história que o Valhalla possuía é substituído por uma grande variedade de modificadores.

O modo rogue do Ragnarok também possui modificadores, não me entendam mal, mas no modo Sem Volta, estes modificadores são bem mais complexos. Um exemplo disso são inimigos que ficam invisíveis, uma “fucking” chuva de molotovs, entre outras coisas. Bem viajado, bem maneiro. Mas isso não é tudo.

A grande parte dos jogos rogue like que existem no mercado, possuem cenários gerados proceduralmente, para trazer sempre uma experiência nova. Tanto no GOW quanto no TLOU, isso não acontece, com o jogo da Santa Monica colocando a ordem das coisas de forma aleatória. Já o jogo da Naughty Dog, existe uma certa aleatoriedade, mas temos a capacidade de escolher que caminho seguir, no caso, para qual mapa avançar.

Os mapas são muitos belos, mas nada que já não tenhamos visto no jogo original. Mas sou obrigado a falar, mesmo hoje, estes gráficos ainda impressionam. Os ambientes são muito vivos, com coisas acontecendo o tempo todo, e tendo destruições que nos deixam de boca aberta. Mas ele é só um ponto, vamos aos outros elementos deste modo.

Como funciona?

Na campanha, temos a capacidade de jogar com a Ellie e com a Abby, como todos já sabem (jogamos com o Joel também em alguns momentos). Porém, este novo modo nos possibilita a jogar com uma ampla variedade de personagens que antes só nos acompanhava na nossa jornada. E os personagens não são apenas uma skin nova, todos possuem uma jogabilidade diferente, com características diferentes que fazem toda a experiência ser única.

Falando em skin, cada um deles possue uma ampla variedade de skins, que em grande parte dos personagens, não são muitas (apesar de fazerem grande diferença no visual), mas que no caso das duas protagonistas, estão disponíveis em uma variedade muito grande. Algumas skins são mais elaboradas, outras mais simples, mas todas elas únicas.

Começamos sempre em uma espécie de hub, no qual podemos comprar itens, armas etc., assim como podemos aprimorar as armas e o personagem. O interessante aqui é que cada personagem possui uma hub único, isso quer dizer, um cenário distinto para cada um dos personagens.

Com as recompensas adquiridas e os personagens preparados, finalmente podemos ir para a seleção de fases. As fases são mais as seleções de cenários, pois a gameplay costuma ser basicamente a mesma: entrar em embates com inimigos, seja para derrotar certa quantidade de inimigos, sobreviver por uma quantidade de tempo determinada ou derrotar um chefe.

Variedade é a definição

Mas apesar de o objetivo ser tecnicamente o mesmo, na prática, as experiências são bem diferentes. Isto pois, ao entrar numa fase, possivelmente enfrentaremos inimigos bem diferentes. O modo possui todas as facções apresentadas no jogo original, sendo elas: WLF, Infectados, Serafitas e Cascavéis. Cada uma das facções possui diferentes tipos de inimigos que se comportam de maneiras únicas também.

O mesmo pode ser dito dos chefes finais, que também mudam. Os cenários mudam, e cada um deles possui um design único que torna os embates igualmente diferenciados. Isso sem falar nos modificadores, que, novamente, tornam a experiência única e diferenciada.

Progressão muito boa

E uma coisa que não tem como reclamar neste modo é a sua progressão, que funciona de uma forma muito prática e divertida. Primeiro falando dos personagens, inicialmente só podemos jogar com a Ellie e com a Abby. A partir delas, sobrevivendo a uma certa quantidade de confrontos, liberamos outros personagens.

Para que todos os personagens sejam liberados, vai ser necessário gastar um tempo com cada um deles, o que é divertido, afinal, cada personagem é único, e cada experiência também será. Mas a progressão não se limita apenas a liberar personagens.

Conforme sobrevivemos aos confrontos, ganhamos alguns itens consumíveis, e por meio deles, podemos fazer diversas coisas que complementam nossa jogatina. Podemos comprar armas, entre outros acessórios que facilitam nos confrontos. Com as armas compradas, podemos aprimorá-las e personalizá-las. E assim como aprimoramos as armas, podemos aprimorar também os próprios personagens.

Tudo isso, juntando ao fato de possuir uma jogabilidade invejável, faz com que a experiência seja incrivelmente divertida. E não para por aí, pois ainda podemos criar sessões personalizadas, tentar superar desafios durantes os confrontos, utilizar diversos modificadores, realizar apostas, entre outras coisas. Ou seja, conteúdo não falta.

Fases Perdidas

As fases perdidas são um outro modo presente na versão remasterizada do TLOU, mas este modo é bem mais simples, sendo mais uma experiência para te aprofundar mais no processo de desenvolvimento do jogo. Mas do que se trata este modo? Bom, as fases perdidas são basicamente aquelas que foram retiradas do jogo final.

Temos aqui três diferentes fases, em diferentes níveis de completude, retiradas do jogo basicamente para manter um ritmo ideal. Apesar de termos três fases, existiram muitas outras que foram cortadas, sendo estas três as melhores de acordo com o diretor do jogo.

Essa informação e outras podem ser acessadas por meio de comentários dos desenvolvedores no início e durante as fases. Apesar de terem sido excluídas, as fases têm uma forte capacidade de tornar ainda mais profunda a experiência do jogo, o que é muito bom. É um modo bem rápido, mas é bem legal.

 

Vale a pena, afinal?

Além destes dois modos, ainda temos uma novidade que é o modo onde podemos tocar o violão livremente. No jogo original, o violão foi uma mecânica muito aclamada, e desta vez podemos tocá-lo por quanto tempo quisermos. Além disso, podemos escolher o personagem a tocá-lo, inclusive podendo selecionar o compositor do jogo. E podemos também tocar diferentes tipos de instrumentos.

Temos também a implementação de um modo speedrun, para aqueles que gostam de se desafiar a concluir jogos na maior velocidade possível. E claro, não podemos esquecer de tudo aquilo que o console de nova geração da Sony proporciona como os recursos do DualSense, a velocidade do carregamento aprimorada, as melhorias de performance (maior taxa de quadros e resolução) etc. Essa é definitivamente a melhor forma de jogar TLOU, seja para novos jogadores e para aqueles que queiram ter a experiência de jogá-lo novamente.

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