The Wizards – Dark Times: Brotherhood nos coloca na pele de de um mago, como o próprio nome diz, e isso foi mais interessante do que eu imaginei que seria, devo admitir. Mas a primeira impressão não foi das melhores, e nem foi tanto por conta do jogo.
Caso acompanhe nosso site, dá para ver que temos feito bastante análises de jogos em realidade virtual. E surpreendentemente, a grande maioria deles estava localizado em português do Brasil e, infelizmente, The Wizards não é um destes casos. E o mais triste deste caso é que o jogo aparenta possuir uma história bem desenvolvida. Assim como falei bem de todos os outros jogos analisados, devo começar dizendo que neste ponto, o jogo é um pouco decepcionante.
Mas olhando para o lado positivo, este é um dos poucos pontos negativos que encontrei no jogo. Como é de costume em jogos em realidade virtual, tomamos o controle do nosso personagem na perspectiva de primeira pessoa, o que aumenta bastante a imersão neste tipo de jogo. E de cara, me senti jogando The Elders Scrolls, não em termos de universo, mas o feeling é bem parecido.
Inclusive, por curiosidade, existe uma versão de Skyrim em VR, porém, infelizmente esta está presa no console da geração passada, o que é triste pois possivelmente poderíamos ter uma versão ainda mais aprimorada nesta geração. Mas voltando ao jogo, assim como em Skyrim, podemos utilizar cada uma das mãos para determinadas coisas. Para explicar isso, vamos entrar na…
Gameplay
Antes de solicitar este jogo, dei uma olhada num trailer do jogo, olhada rápida, nem cheguei a terminar o trailer, pois, como sempre digo, gosto de preservar minhas experiências o máximo que posso. O nome não poderia ser mais claro, se trata de um jogo de fantasia com um grande fogo em magias e seres fantásticos.
E em termos de gameplay, fiquei bem surpreendido pois o jogo apresentava bem mais do que eu poderia imaginar. Imaginei que o foco do jogo seria apenas o combate, mas a travessia do jogo é bem interessante também. Mas primeiro, vamos falar sobre o combate, pois ele também tem influência nesta travessia citada.
The Wizards – Dark Times: Brotherhood tem boas mecânicas de combate, tanto para enfrentamentos de curta distância, quanto para combates a longa distância. O ataque mais simples vem na forma de uma bola de fogo, e ela é muito útil tanto em combate quanto fora dele. Por meio dela podemos queimar alguns elementos que impedem a nossa travessia pelo cenário.
Todas as armas podem ser acessadas pressionando os gatilhos ao mesmo tempo que realizamos determinados gestos. Além da bola de fogo, podemos “invocar” escudos, arco e flecha elementais, assim como espadas também. Além disso, podemos dar um tipo de golpe sônico, que também auxilia a liberar o caminho. Mas em geral, todas as armas podem ser úteis fora de combate.
As armas ou magias podem ser utilizadas individualmente em cada mão, ou seja, se quiser, você pode pegar uma bola de fogo em uma mão e um escudo na outra, ou ficar com escudo nas duas mãos ou até mesmo as magias. Mas itens mais complexos, como o arco, utilizam as duas mãos de uma vez.
Temos uma quantidade de inimigos em uma variedade bem razoável, que nos atacam tanto de longe como com ataques mais corpo a corpo. Além dos inimigos comuns, temos também algumas batalhas com chefe bem frenéticas.
O combate numa primeira olhada pode parecer bem complexo, mas com o tempo, as coisas vão se tornando mais “entendíveis”, tudo começa a ficar mais natural. E nas travessias dos cenários, podemos ainda interagir com diversos objetos, escalar paredes, subir por cordas e várias outras coisas que tornam a travessia bem legal.
Também existem alguns puzzles nos cenários, como pequenas missões para liberar recompensas em baús, entre outras coisas. Ah, e se você tiver mais um amigo que possua um óculos de realidade virtual, é possível jogar as partidas em coop, o que sempre deixa a experiência muito mais divertida.
Visuais
The Wizards – Dark Times: Brotherhood não é dos mais belos que já vi em jogos de realidade virtual, mas a realidade é que são raros os jogos que possuem um visual mais refinado. Dito isso, o jogo possui um visual bem maneiro, com gráficos razoáveis nos cenários e nos inimigos. A resolução das texturas não é grande coisas, mas a modelagem dos cenários até que é interessante.
Mas o ponto forte no jogo são as magias e a forma que elas interagem com os cenários. Tanto as magias como as armas disponíveis no jogo, são praticamente todas magias, sempre iluminadas, e essa iluminação irradia pelos cenários, principalmente em cenário mais escuros.
Os inimigos mais básicos possuem uma modelagem igualmente básica, bem simples, que chega a ser um pouco destoante em alguns casos. Mas os inimigos mais fortes, assim como os chefes, possuem um visual mais refinado e condizente com aquele universo, e utilizam golpes igualmente mágicos e diferentes.
Valeu a pena?
Jogamos The Wizards – Dark Times: Brotherhood por meio do PlayStation VR2, que se trata de uma versão remasterizada do jogo, com melhorias nos visuais e na renderização. Não joguei a versão anterior, mas esta versão possivelmente é a melhor maneira de jogar este jogo.
Em termos de história, exploramos o reino de Meliora, indo desde florestas pestilentas, pântanos venenosos até as ruínas de Necropolis. Na história, uma praga misteriosa se espalhou pelo reino, contaminando os habitantes, restando a nós apenas enfrentar este apocalipse.
Uma história simples, mas que serve bem de pano de fundo para as aproximadas quatro horas de jogo que The Wizards possui, levando em consideração apenas o modo para um jogador. A jogabilidade é variada, com onze diferentes feitiços que tornam a experiência sempre única, sem contar o modo coop que inclui até mesmo novos inimigos.
No geral, é um jogo bem competente e que atendeu bem as minhas expectativas, um jogo bem divertido. Mas não posso deixar de reiterar que infelizmente o jogo está apenas em inglês, tem outras línguas mas a nossa não está inclusa, e isso é um ponto bem negativo levando em consideração o fato de o jogo possuir muitos diálogos.
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